Capítulo 53: Conhecendo o jogo

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— Me desculpe Leo, você tem razão – se consertou – mas é que eu to responsável por ele aqui, acabo me preocupando muito. Mas se você diz que está tudo bem, eu acredito. Até porque, vocês não são crianças...

— Tá tudo bem Clau. Ah, a proposito, o West quer convidar você e o Lucca para um almoço ou jantar, lá na casa dele – riu – legal né? Quero muito que você vá, pra acabar as picuinhas.

Picuinhas? Mas eu não tenho picuinha com... humm... Qual o problema que o West tem comigo, afinal?

— Muito bem! Vamos marcar assim que eu voltar de Los Angeles.

***

Ela já estava piscando de sono, passava há muito das duas da manhã.

Se não fosse por uma questão de exame para aprovação dele, Cláudia já o tinha mandado à merda.

— Desculpa Titi, já tô acabando – se justificava, dando alguns reparos no modelito, marcando.

— Essa é a primeira e última vez, Lu. Vamos arrumar um daqueles manequins de pano pra você fazer isso.

— oba, meu sonho – falou sem muita empolgação, mais pela concentração e sono do que pela falta de vontade de ter um material adequado para o trabalho.

Din Dom.

Os dois levantaram os olhos cansados. Teria sido a campainha que escutaram?

Din Dom.

Sim, era a campainha. Cláudia fez sinal para que Lucca pegasse um tipo de telefone que estava em uma mesa. Era seu contato com Jimmy. Assim que ouviu o que o guarda costas falou, levantou as sobrancelhas surpresa e concordou que ele abrisse e pedisse pra entrar.

Em menos de um minuto, Seth Cunnings entrava na sala de Cláudia, com o andar pesado e menos alinhado que o de costume, não denotando isso na roupa, mas na expressão.

Ao entrar imaginava que a encontraria em trajes de dormir, e já preparava uma forma de se desculpar pelo horário. Qual não foi sua surpresa ao vê-la em pé no meio da sala, com um jovem basicamente ajoelhado em sua frente, mexendo na roupa que ela vestia, que alias era bem extravagante.

Por um momento ele encarou a cena se perguntando se estava imaginando, sonhando ou entrou no apartamento errado onde por acaso morava uma sósia da sua contadora.

Seth estava sendo observado por Lucca e Cláudia. E todos ficaram assim, se olhando por alguns segundos, como se nenhum dos cérebros presentes estivesse de fato querendo trabalhar efetivamente às três da manhã.

Quem é esse cara?

Seth se perguntou mentalmente.

O rapaz se levantou e foi cumprimenta-lo sorrindo. Estendeu-lhe uma das mãos a qual balançou e com a outra deu dois tapinhas amigáveis no ombro.

— Prazer, amigo, eu sou o Lucca.

Seth o encarava ainda confuso e com uma expressão mais séria que a usual.

— Ele é meu chefe, Lucca. Senhor Cunnings.

— Uh, desculpe – fez uma careta de surpresa e sorriu em seguida – prazer senhor Cunnings – disse mais comedido.

Seth arregalou os olhos, agora compreendera que se tratava do sobrinho de Cláudia, pelo nome que reconhecia tardiamente, afinal ele esperava um rapaz com traços italianos misturados como os de Cláudia, mas não imaginava que o rapaz tivesse na verdade, cara de japonês. Melhorou a expressão e pegou a mão de Lucca entre as suas, sendo mais receptivo.

Scrupulo - Vale Quanto Pesa [COMPLETO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora