— Até lá.
***
Na saída do escritório, parecia cansada, e esse desânimo não passou despercebido por Rebecca, que a seguiu apertando o passo a fim de alcança-la e pegarem o elevador juntas.
Claudia só percebeu Rebecca quando ficaram lado a lado no elevador. Sorriram uma para a outra. O elevador estava cheio.
— Como foi sua "uma semana e meia" de folga?
— Foi bem.
— Que bom.
— uhum.
— hum... – comprimia a boca ensaiando um sorriso.
— É... – concordou, balançando o a cabeça e quase o corpo inteiro junto.
— ...
— Pff... – suspirou.
Quando finalmente chegara ao térreo e todos saíram:
— Que tal encher a cara até cair?
— Sim!
Aliviadas pelo encontro de vontades, saíram juntas rumo ainda não sabem bem qual bar. Não foram muito longe, ficara em um pub perto da empresa.
***
Sentaram-se no bar enquanto aguardavam uma mesa.
— Aqui, veja duas dessas daqui de frutas vermelhas e vodka!
— Ah, Claudia, como sabe que ia querer essa das frutinhas?
— Não sabia das frutinhas, mas vodka é uma das melhores amigas de uma mulher, e hoje é o que precisamos! – levantou o copo que foi servido rapidamente às duas.
Brindaram.
— Declaro abertos os trabalhos dessa sexta feira! – Claudia disse cerimonialmente.
— Ah, hein? O que isso significa?
— Que vamos enfiar o pé na jaca!
— Oh, sim! Há há – Rebecca brindou junto.
— Ah, olha só, tem essas asinhas de frango fritas e essas cebolas e tem também batatas, tudo oleoso e gorduroso. Pedimos os três ou começamos como mocinhas comportadas?
— Ah, não eu não posso comer isso! É contra os meus princípios.
— Espera, que judeu não come porco eu sei, mas não tem nada aqui assim...
— Não, gordura mesmo. Não posso. Engordo fácil como uma vaca, eu era imensa quando era adolescente!
— Nunca imaginaria! – Claudia olha a amiga magra e de curvas suaves espantada – mas hoje é dia que extravagâncias! Moço! Trás esse aqui e mais esse e meia porção desse outro!
— Você não me ouviu né?
— Meu bem, o que eu quero mais fazer hoje é te ouvir, mas me dei a liberdade de ignorar sua dieta mesmo. Se você não comer eu como e não terei vergonha. Agora me diz aí, como tá a vida? – fez uma expressão tão sorridente que chegava a ser trágica.
Rebecca ao olhar Claudia com aquela cara desatou a rir. Logo as duas riam histericamente, servidas pela segunda dose do drink.
***
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Scrupulo - Vale Quanto Pesa [COMPLETO]
General FictionROMANCE + THRILLER DE CONSPIRAÇÃO Claudia Cazarotto é uma contadora brasileira que decide esquecer o turbulento passado em São Paulo e busca em Nova Iorque uma nova chance de recomeçar sua vida. Depois de dois anos sem um bom emprego, ela é...
Capítulo 36: Vamos sair daqui e ir para o "Smiths"
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