Capítulo 25: Depois do atentado.

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Sentada no sofá da sala, rodeada pelo barulho da cidade que atravessava a janela, Claudia pensava em tudo isso que lhe acontecera. Pensou em ligar para Rebecca. Pegou o telefone e discou, mas a amiga não atendeu. Naturalmente, afinal estava ainda no expediente. A amiga sequer teria notado a ausência dela, já que se estivesse trabalhando, possivelmente estaria na reunião.

Foi quando a campainha tocou. Ela se levantou e abriu a porta.

— Ah, Claudia - Maguire a abraçou antes mesmo de entrar.

Ficaram abraçados alguns minutos assim. Quando ele se afastou, foi para olhar no rosto dela.

— Minha rainha, você precisa me contar com detalhes o que aconteceu, e depois devemos ir à delegacia!

— Hum... eu... não quero sair hoje.

— Sim, tudo bem... Vamos entrar. Eu trouxe umas coisas pra você...

Maguire levantou uma sacola onde parecem ter algumas coisas de padaria. Pães e bolos. Ela agradeceu e sorriu com o melhor ânimo que conseguia. Pegou as coisas e foi para a cozinha. Ele se ofereceu para preparar algo para ela, mas Claudia preferia ela mesma fazer o café. Dizia que a acalmava observar o processo da água quente passando pelo filtro, o aroma subindo e o barulho do café caindo na garrafa.

***

Ficou balançado quando a moça, em um momento de desamparo, lhe perguntou se ele não iria com ela. Mas ele não devia, precisava apurar os fatos o mais rápido possível. Devido aos últimos acontecimentos, ele sabia que estava sob ataque de seu inimigo. Seth Cunnings orientou que a deixassem em casa, enquanto ele iria checar pessoalmente com a equipe de segurança do prédio.

Na sala de segurança da empresa Seth se encontra com Silva e Christus, que já foram informados sobre o que iriam fazer. Os dois responsáveis se apressaram em adiantar o ocorrido, enquanto mostravam as imagens no tecnológico monitor da sala da chefia de segurança interna.

— Carro barato, arma barata, tiro mal dado. Rapaz, Isso foi feito quase à esmo – Silva parecia tranquilo.

— É, Seth... isso não tem nada a ver com qualquer coisa influenciada por algum inimigo seu. Sabemos bem que se quisessem te assustar, fariam outra coisa. – completou Christus.

— Queriam acertar ela? – Seth parecia confuso.

— Pois é... é o que parece. Ou dar um susto.

Se olharam brevemente, como se conversassem sem palavras. Todos pareciam não ter muitas ideias sobre os motivos disso.

— Hum. Cá entre nós Seth, você tá tendo alguma coisa com essa menina? – Silva questionou.

— Por que a pergunta?

— Ah, você sabe, é comum os inimigos mirarem nos nas pessoas ao redor, amigos, familiares.

— Ora, que besteira Tony! Se fosse assim já teriam tentado matar metade das chefes de departamento da empresa. Vira-e-mexe alguém me acompanha em almoços, jantares, festas... não... não tem nada a ver comigo ou com a relação que eu teria com ela...

— Verdade. É com ela mesma. E outra, se fosse pra atingir alguém próximo de você, ainda assim, o método teria sido outro. Não tão amador. — concordou Christus diante a observação de Seth. Silva também concordou.

— Mas então o que tem de errado com a diaba? – Silva perguntou, intrigado.

— Pois é... Seth, tem certeza que ela não é cana? É que... as vezes os caras trabalham disfarçados, mas são reconhecidos pelos malandros das ruas e acontecem coisas assim... isso ai foi um drogado qualquer que atirou, ou qualquer coisa assim...

Scrupulo - Vale Quanto Pesa [COMPLETO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora