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Rebeca 🎀

Beca: Para de rir você é idiota? A gente quase morreu.- Falei tremendo e tentando terminar de tomar a minha água enquanto uma mulher cuidava dele.

Lobão: Tá de parabéns doutora, não deu crise e nem chorou em momento nenhum, eu gosto de trabalhar com gente assim.

Beca: No meu antigo trabalho isso era a prioridade...- Murmurei encarando o copo e o Magrinho entrou.- tudo bem?

Magrinho: Eu que pergunto pra tu esse bagulho.

Beca: Você é meu anjinho, poderia ter chegado antes que me pouparia de tanto desespero, mas mesmo assim valeu e muito, obrigada aliado.

Magrinho: Que isso pô, fiz o certo. Mas foi tu que salvou o casca grossa ali?

Beca: Eu prefiro que ele responda.

Lobão: Sei de nada.- Desviou o olhar.- fez nada demais e agora quer ficar se achando.

Beca: Não, claro que não.- Ele sorriu de lado e a moça saiu.

Lobão: Ala, é verdade mermo, a doida ai me ajudou mas não foi muita coisa não, só o básico.

Beca: Se você considera passar quase uma hora correndo o risco de morrer ao seu lado, foi só o básico mesmo. Eu preciso saber da minha mãe, do meu irmão, de todo mundo.- Levantei olhando o Bruno arrancar tudo que se prendia nele.- você não pode tirar isso, esqueceu?

Lobão: Tá doido se acha mermo que eu vou ficar aqui, o pior já passou e tá tudo certo, aí parceiro tem como me deixar sozinho com a salva vidas aqui? - Magrinho riu saindo e eu encarei ele.- não tenho o melhor jeito de te retribuir mas tu me ajudou duas vezes, máximo respeito pra tu.

Beca: Olha que eu vou começar a cobrar ein, tá dando um trabalho danado.

Lobão: Só agradecimento por isso aí beleza, qualquer fita é só acionar. Não vou fazer corpo mole pra te ajudar em alguma parada depois disso tudo, firmeza?

Eu sorri fraco balançando a cabeça e ele pegou minha mão que estava apoiada ali perto beijando, eu sorri mais ainda, confusa sem entender qual é a dele de verdade e virei rindo ainda comigo mesma, esse homem é muito bipolar não tem nem condições de tentar compreender, só ficar quieta mesmo.

Do lado de fora eu encontrei o Alisson e ele me acompanhou pra saber notícias de quem eu queria, enquanto me contava as aventuras de hoje mais cedo na maior suavidade e rindo, arrancando isso de mim também mas só por agora, por que eu não quero sentir a mesma sensação nunca mais.

Ele chegou exatamente na hora certa com os outros homens, e eu não sei nem explicar o tamanho da minha alegria, nunca pensei que fosse ficar tão feliz pela morte de alguém, mas nesse caso era eles ou a gente, nenhum dos lados estava ali pra brincadeira.

Encontramos a Eduarda e minha mãe, as duas pareciam estar normal mesmo juntas, estranhei mas resolvi perguntar sobre só depois, já que o momento foi só da gente conversando sobre tudo.

Magrinho se despediu avisando que tinha que resolver umas coisas e saber da filha que tava com a vizinha quando tudo começou, puxei as mulheres pra dentro da loja que tava intacta, mas não tinha clima e muito menos momento pra mais nada, as ruas estavam sem ninguém todo mundo em casa mesmo, só o postinho que tinha muita gente esperando.

Assim que fechamos tudo certinho a Duda seguiu o caminho dela sozinha e nós seguimos pra casa, a todo momento encontrávamos pessoas conhecidas atrás dos filhos que trabalhavam na boca ou até crianças que brincavam na rua, e isso me partia o coração demais.

Beca: Mas enfim, você voltou a falar normalmente com a Eduarda?

Ana: Eu só conversei com ela normal, acho que não tem necessidade de tratar mal.- Confirmei com a cabeça.

Assim que entrei no quarto que estava sendo meu no momento fui direto pro banho, meu corpo tava dolorido real e só de lembrar da confusão que foi o dia de hoje minha cabeça já rodava doendo.

Atração PerigosaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora