Sexual Healing

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Skyler Payne P.O.V

De volta ao hotel, me despedi de Thomas ainda na garagem e após estacionar meu carro, pude notar uma silhueta familiar se aproximando.

Levantar o vidro não era uma opção quando se tinha a capota baixada.

— Diga Styles, seu dono te mandou aqui para verificar se eu não perdi meu celular durante o trajeto e por isso não o respondi? — bati minhas mãos no volante enquanto revirava meus olhos.

— Você era mais carinhosa.

— Antes de eu perceber seu plano ridículo de ficar comigo e me convencer o suficiente para acabar em um ménage? Sim eu era.

— Skyler...

— Não, não venha com esse tom compreensivo. Eu não suporto mais essa palhaçada, nunca quis nada mais do que um relacionamento normal e nenhum de vocês vai me dar isso, ou me dar espaço para conseguir manter um — tirei os óculos que repousavam sobre minha cabeça e o joguei no banco do carona — Vocês conseguem encontrar alguém melhor do que eu e que esteja disposta à essas loucuras. Me deixem em paz.

Ao terminar minha última frase, saí do carro e bati a porta com força, andando o mais rápido possível em meus saltos para que ele ao menos tivesse a decência em notar meu esforço em evitar ficar perto dele.

Apertei o botão do elevador que logo se abriu e vendo de canto de olho o homem que me observava apoiado na traseira de meu carro, adentrei o mesmo, sentindo um enorme peso ser retirado de minhas costas após a porta fechar.

Digitei o código que permitia o elevador chegar até o andar das suítes principais, onde eu sabia que ninguém apareceria para me ver da maneira que eu estava nesse momento, segurando o choro, extremamente confusa e vulnerável.

Após entrar na suíte que tinha como "minha" sempre que ia ao hotel, fechei a porta com as costas, me deslizando pela mesma enquanto encarava de volta o cômodo impessoal e gigantesco à minha frente, ficando sentada no carpete deixei que as lágrimas começassem a correr livremente por meu rosto.

Talvez seja um castigo, eu ser tão rica de bens materiais e tão pobre de sentimentos. Eu daria tudo para que fosse ao contrário.

Não queria mais continuar nesse jogo de xadrez de Zayn, no qual ele colocava e retirava peões, criando as próprias regras, então procurei meu celular em minha bolsa, começando a escrever uma mensagem para o mesmo.

"Estou fora. Não quero continuar, não quero saber de jogos, ou toda aquela história de Malika, não tenho o mínimo psicológico para isso"

Após a mensagem ser enviada, um toque de celular ecoou distante, o que me fez levantar do chão no mesmo instante, e vindo do corredor escuro, iluminado apenas pelas luzes de Vegas que invadiam o quarto pelas enormes janelas de vidro, pude ver Zayn vindo em minha direção.

Ele tinha os cabelos agora mais curtos, em um topete, vestia uma camisa de algodão preta de mangas longas e gola alta, usava calças jeans do mesmo tom da blusa, e em seus pés estavam um par de tênis, também pretos.

— Como... Como entrou aqui? Pelo amor de tudo o quê é mais sagrado, vá embora — tentei me recompor, tendo em mente que isso não seria possível.

— Eu não ligo mais para nada daquilo que te apresentei Skyler.

— Não acredito em você.

Falei e logo a luz foi acendida por ele, que me encarou por alguns segundos, tendo o dedo ainda sobre o interruptor presente na parede no lado oposto da sala.

— Preciso que você me ouça — ele falou calmamente.

Zayn avaliava mentalmente se deveria aproximar-se de mim, era como se eu fosse um animal perigoso que podia enfiar os dentes em sua jugular a qualquer momento.

— Preciso que você vá embora — respondi e engoli em seco, recompondo minha postura.

— O que te deixou assim? Thomas fez algo com você? — seu semblante por um segundo aparentou preocupação.

— Não, não fez.

— Tem certeza?

— Tenho, Malik.

— Tenho dois dias com você, concordou com isso, se lembra?

— Eu já disse que não quero mais participar disso — andei até o bar, onde peguei uma garrafa de água na frigobar.

— Aceito sua decisão, mas antes precisa ouvir o quê eu tenho a dizer — ele deu de ombros — Precisa tomar cuidado com seu irmão.

Soltei um riso amargo.

— Hoje você está nas alturas, hum? Sabe quem é homem para mim, quem não é, com quem eu devo tomar cuidado — neguei com a cabeça — Qual é sua justificativa para que eu tome "cuidado" com a única pessoa que eu sou próxima da minha família inteira?

— Se lembra dos boatos que ouvia sobre mim? Todos ouvem o mesmo de seu irmão, ele só impede isso de chegar até você.

— Meu irmão não tem um museu de cortes em casa, muito menos tempo para machucar alguém.

Zayn ajeitou a gola da blusa no pescoço.

— Não quero ser eu a te dar as más notícias, mas estou tentando te preparar para o que virá, cabe a você aceitar.

Fiquei encarando o homem em minha frente, tentando entender toda a confusão que ocorria dentro de mim.

Era como se ele fosse um imã extremamente poderoso que atraía meu corpo, e eu estava nesse mesmo momento usando de todas as minhas forças para não me deixar levar.

— Porque eu? Não deveria se importar comigo, sou apenas mais uma de todas as suas Malikas, não?

— Não é, nunca foi. Você quem veio até mim, tecnicamente eu quem estou submisso à você, apenas não percebeu isso — ele começou a se aproximar — Esqueça tudo o que já aconteceu entre nós, me deixe te dar um recomeço.

Como se eu estivesse ficado em transe, não percebi o momento em que deixei ele chegar tão perto a ponto de aproximar sua mão de meu rosto, segurando-o carinhosamente enquanto acariciava minha bochecha com o polegar.

— Sem facas, sem terceiros e se é assim, sou eu quem mando agora, quero um sexo digno, não me venha com apenas um oral — tirei a mão dele de meu rosto.

Eu estava indo contra todos os meus próprios conceitos, porém minha vontade de ficar a sós com Zayn sem nenhuma interrupção e em um lugar que eu me sentia mais confortável e segura, estava sendo bem maior nesse momento.

— Como você mesma disse, você é quem dá as regras agora — ele falou enquanto segurava em meu queixo, fazendo-me o olhar nos olhos.

Entertainer • Zayn MalikOnde as histórias ganham vida. Descobre agora