Entertainer • Zayn Malik

Scary Love

Zayn Malik P.O.V

Se alguém me dissesse em 2014 que em sete anos eu estaria em Aspen, preocupado com a minha ex-noiva sociopata e completamente apaixonado por Skyler Payne, eu com certeza daria risada e diria que o portador da informação enlouqueceu.

Mas os sete anos se passaram e realmente tudo era verdade.

Skyler estava dentro da piscina aquecida, de costas para onde eu estava e debruçada sobre a borda, encarando a neve cair do lado de fora através da enorme janela, completamente alheia à minha presença.

— Pode me dizer como eu devo interpretar o seu silêncio constante? — perguntei ao descer os degraus da escada e me aproximar dela, entregando a taça de vinho para a mesma.

— Eu não venho aqui desde os meus sete anos, eu acho — ela riu ao se virar e apoiar as costas na borda da piscina, pegando um leve impulso para passar as pernas ao redor de minha cintura — Não me lembro de quase nada, mas fico com uma sensação de nostalgia.

Quando contei para Liam que traria Skyler para Aspen, surpreendentemente no lugar de uma reclamação, ele ofereceu que ficássemos na casa de férias que herdaram de Audrey.

— Ao menos é uma sensação boa? — perguntei ao bater minha taça na dela.

— É sim — respondeu ao olhar nosso redor.

Bebi um pequeno gole do vinho e deixei a taça de lado, podendo segurar Skyler com as duas mãos, mesmo que não houvesse necessidade.

A morena deslizava o dedo pelas tatuagens espalhadas em meu peito distraidamente, contornando algumas.

— O quê está escrito aqui?

— O nome do meu avô — respondi sem precisar ver qual tatuagem ela apontava.

Skyler sorriu e continuou a estudar os desenhos em meu corpo, lendo atentamente todo o poema de Kahlil Gibran em meu antebraço até que perder o interesse e voltar a encarar meu rosto.

— Qual você mais gosta?

— Essa — ela respondeu após alguns minutos em silêncio, deslizando a ponta dos dedos pela asa que subia por meu pescoço e contornava minha orelha direita.

Sorri ao observar os olhos verdes dela, levando uma mão até o rosto da garota, acariciando o queixo de Skyler enquanto tentava decidir se a beijava, ou se continuava a fitar o rosto dela até me convencer de que tudo era real.

Em alguns momentos sentia que não merecia ela, Skyler havia me perdoado mais vezes do que deveria, mas obviamente eu era grato a isso, pois por ela ser compreensiva com meus erros, eu tinha a chance de reparar tudo e poder assumi-la da maneira certa.

— O quê foi? — ela arqueou a sobrancelha.

Grande parte da razão de eu ter demorado tanto para a chamar de namorada, é que eu não tinha a menor intenção de passar por essa fase.

Queria ir direto ao momento em que eu pediria a mão dela. Skyler era definitivamente a mulher que eu queria ao meu lado para o resto da vida, então porquê perder tempo chamando-a de namorada, se ela poderia ser minha esposa?

Sentia que apresentá-la como noiva era algo muito mais digno e imponente, não somos mais adolescentes e com certeza não temos uma rotina que se associe a um namoro, mas não queria que ela se sentisse pressionada.