Eu não tenho palavras pra descrever o que Diego tem sido pra mim.

Alguém que veio do nada e se tornou tudo.

Parece que eu estou vivendo um sonho lindo.

Tentamos muitas vezes, até que em uma noite aconteceu.

E foi lindo. Choramos tanto.

E confesso que foi uma das melhores noites que eu já tive na minha vida.

Eu finalmente me senti preenchida, amada. Satisfeita.

Sem a necessidade de buscar em outros homens uma maneira de saciar o desejo insano que havia dentro de mim.

Eu não quero estar com mais ninguém agora.

—– Meu amor, ainda não está vestida - Questionou, entrando no quarto — Os convidados já vão chegar.

Olhei pra ele comovida e fui correndo em sua direção, e o abracei.

Ele estava muito lindo.

—– Ei, que foi? —  Perguntou ao me ver chorando

—– Obrigado! — Agradeci aos plantos - Obrigado por tudo, por ter sido muito paciente comigo.

Ele agarrou o meu rosto com as duas mãos e me encarou profundamente.

Não precisou de palavras, seus olhos brilhando já diziam tudo.

Ele estava feliz por ter finalmente ajudado alguém, e isso pode parecer normal pra outra pessoa, mas eu sei que pra ele, foi extremamente importante ouvir isso.

Abracei ele de novo e colei nossos lábios.

—– Te amo — Suspirou, emocionado.

—– Também te amo.

Depois que eu já estava pronta, desci a escada e me deparei com a minha mãe na cozinha, quase enloquecendo com as panelas.

—– Está tudo bem aí, mãe? — Falei contendo o sorriso.

—– Não — Protestou em meio a fumaça —  Acho que eu ando meio enferrujada, não lido mais com as panelas como antes.

—– Talvez tenha desaprendido, depois que botou o Richard pra fazer tudo —  Provoquei.

Ela tossiu e sacudiu com as mãos a fumaça que saia enfurecida das panelas.

—– Sim, mas depois que reatamos, várias coisas mudaram, inclusive o meu tratamento com ele, estou tentando ser mais gentil, sabe.

—– Nossa, isso é ótimo, e onde ele está neste momento? —  Perguntei, pegando uma maçã.

—– No mercado, mas já deve tá chegando.

Como minha mãe havia previsto, Richard apareceu cheio de sacolas. Fui até lá pra ajuda-lo.

—– Eu te ajudo.

Ele sorriu tímido e me entregou algumas sacolas.

—– Vrum, Vrum — Zyan murmurou passando como um vulto pela gente.

Como ele cresceu nesses últimos tempos.

Ajoelhei diante dele e o fitei.

—– Oi, que carro bonito.

Ele olhou pra mim, e sorriu tímido.

—– Papai comprou pra mim.

Sorri diante de tanta inocência.

O vizinho Where stories live. Discover now