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Acordei de manhã, ao som das ondas do mar. Sentindo uma brisa leve soprar em meu rosto.

Levantei da cama e fui até uma grande Janela, envolta por cortinas brancas,  que me conduziu até uma linda varanda com a vista para o mar.

Contemplei aquele paraíso ao meu redor. Como era lindo. E o dia estava ensolarado, perfeito para um mergulho.

Mas logo vislumbrei um homem vagando sozinho pela praia. Descalço, com uma camisa branca e aberta, revelando o seu peitoral musculoso. Sua calça também era branca e a barra dela estava suja por conta do contato com a areia molhada.

Ele se virou na direção do mar, parou e depois se virou pra mim.

De longe eu pude perceber os seus olhos brilhando como duas safiras azuis.

Caleb.

Minha respiração acelerou.

Ele voltou para o mar e começou a andar em direção a ele.

Não.

Dei de ombros e fui imediatamente até a porta.

Em seguida sai correndo atrás dele, que estava com a água passando dos joelhos.

Entrei na água e meu corpo logo enrijeceu. Como era fria. Eu estava andando até começar nadar desesperada. Eu não sabia nadar, então  balancei os braços de maneira frenética sem localizar Caleb em lugar algum.

Caleb.

Até que me afundei.

O ar aos poucos foi se esvaindo do meus pulmões. E sem perceber eu estava me afogando.

Então abri os olhos em um profundo  suspiro. E olhei em volta, ofegante, vendo que já era de manhã.

Tudo não passou de um terrível pesadelo.

Apalpei a cama ao meu lado, e notei que Caleb não estava nela. Foi o suficiente para o meu coração voltar a  disparar.

Caleb.

Sussurrei.

Levantei rapidamente, e corri os olhos pelo quarto a sua procura. E nada.

—– Bom dia amor — Sua voz ecoou atrás de mim, fazendo meu corpo afundar na cama com uma sensação de alívio.

Me virei em sua direção e reparei que ele estava vestido com um terno azul impecável, com uma mão no bolso, e  a outra segurando uma xícara de café.

Suspirei ao me deparar com essa visão dos deuses.

—– Você não deveria ir trabalhar, ainda não se recuperou direito — Falei escorando na cabeceira da cama.

Ele tomou um gole do café, em seguida colocou a xícara na mesa de cabeceira. Umedeceu os lábios, o que me deixou desconcertada.

—– Como assim? Eu me sinto ótimo — Sorriu radiante.

—– Eu não estou tão convencida disso, volte já pra cama — Ordenei

—– Não posso, tenho um compromisso importante às oito — Comentou olhando para o relógio e depois pra mim.

—– Caleb, você ainda está com os pontos, e a qualquer momento eles podem se romper e ...

—– E se — Me interrompeu — Eu te disser que na verdade eu sou o Wolverine, e que eu posso me regenerar...

O vizinho Where stories live. Discover now