Capitulo 107

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O solsticio de verão será amanhã mas a festa começa na madrugada de hoje, pelo oque Helion me explicou, em sua corte as festividades do solsticio começam de madrugada para que todos possam ver em tempo real o alvorecer do dia mais longo do ano e a festa se estende por mais duas noites de celebração e bebedeira para saldar o inicio dos dias de verão, quando o sol brilha mais forte que no restante do ano, é uma enorme celebração na Corte Diurna.

A caixa com um bilhete assinado por Helion chegou hoje de manhã, meu presente de aniversário, junto da grande caixa que imagino conter um vestido, vieram mais duas, não tive coragem de abrir nenhuma ainda.

– Da última vez que soube, a celebração de solsticio na corte diurna começava à meia noite -disse Amren esparramada em minha cama. – se não quiser se atrasar sugiro que se apronte ao invés de ficar encarando a caixa.

– Eu não estou encarando a caixa -respondi, encarando a caixa.

– Se você diz -ela deu de ombros

Bufei me sentando nada cama.

Eu tinha acabado de sair do banho e vestia apenas um robe de seda mas por algum motivo não conseguia reunir coragem o suficiente para abrir a caixa e ver oque tinha ganhado.

Nunca tinha feito isso, aberto um presente de aniversário, nunca tinha ganhado um como este, nada além de um bolo que Nestha levava escondido para mim ou flores do jardim de Elain ou uma pulseira de miçangas que Feyre aprendeu a fazer aos sete anos, obviamente aqueles eram presentes importantes mas eu nunca tinha recebido algo de valor material e apenas pela caixa daqueles presentes, eu sabia que não tinham sido nada baratos.

– Está ansiosa -disse Amren me observando, mais que isso, seu olhar parecia analisar cada respiração minha.

– Não estou -essa havia sido em disparado a pior mentira que ja contei na vida.

Era claro que eu estava ansiosa, minhas mãos estavam suadas, meus batimentos acelerados e eu balançava um dos pés de maneira incessante, Amren deveria estar irritada vendo aquilo, eu com certeza estaria se visse alguem tão nervosa para abrir uma simples caixa.

Amren ficou quieta pelos dois minutos que se seguiram em que eu apenas encarei as caixas mas quando eles passaram, eu estendi as mãos até a caixa maior e desfiz o laço de cetim que a fechava, tirando a tampa da mesma em seguida.

O vestido era inteiramente dourado, dourado de verdade, como se o tecido tivesse sido feito de folhas de ouro. Na segunda caixa, havia um sapato igualmente dourado com tiras finas que cruzavam duas vezes o tornozelo. Na terceira, havia uma tiara igualmente dourada com cristais presos em sua extensão, pelo peso, era de fato feita de ouro.

Quando terminei de me vestir não pude deixar de me admirar em frente ao espelho, o decote do vestido mostrava o meio dos meus seios, mas não era nada exagerado, uma fenda se estendia da bainha do vestido até o meio da minha coxa esquerda, também não mostrava mais que isso, como se o vestido inteiro tivesse sido feito sob uma linha tênue entre mostrar partes pontuais mas não mais que elas.

– Tenho que admitir -Amren também me admirava pelo espelho – o cara tem um tremendo bom gosto.

– Para mulher ou para roupas? -perguntei em tom descontraido

– Definitivamente para os dois. -ela respondeu me fazendo rir.

A tiara pesava em minha cabeça, mas não era um incômodo, meu cabelo foi preso num coque um pouco acima da nuca, para que a tiara ficasse presa e estável em minha cabeça e notei que me parecia com Nestha quando usava o cabelo preso dessa forma, bem, não que ja não fossemos parecidas no dia a dia, os olhos de nossa mãe não nos permitia negar qualquer parentesco.

Corte de chamas e pesadelosWo Geschichten leben. Entdecke jetzt