Capitulo 99 2/4

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Eu encarava Tamlin, o ódio que nutria por ele crescendo tão intensamente que, se não fosse pro Azriel, eu teria o matado naquele instante.

Rhysand ficou imóvel como a morte. Cassian grunhiu. Entre eles, Azriel tentou, mas fracassou, erguer a cabeça.

Ele parou a bons 20 metros de nós.

Tamlin usava o boldrié... com facas de caça illyrianas, o ódio cresceu em meu corpo.

Ele não era um guerreiro e mesmo que eu odiasse machos illyrianos por seus "costumes", Tamlin não merecia, nem de longe, empunhar armas como aquelas.

Parecia mais magro que da ultima vez que o vi, aquele cabelo loiro seboso que me dava asco também estava mais curto.

Ele olhava para Feyre com os olhos arregalados, provavelmente por ver como ela estava melhor agora, como sua postura não era nem perto do que a que tinha com ele, como ela se portava como uma senhora e uma guerreira entre nós.

– Não - Feyre sussurrou, decepcionada com ele mesmo depois de tudo.

Tamlin ousou dar mais um passo para perto, a encarando como se fosse um fantasma.

Lucien, com o olho de metal agitado, o impediu com a mão no ombro, eu queria ter arrancado fora o outro olho de seu rosto.

– Não - repetiu, dessa vez mais alto.

– Qual foi o custo -disse Rhysand, baixinho, ao nosso lado.

Tamlin ignorou Rhys, olhando, por fim, para o rei.

– Tem minha palavra.

O rei sorriu.

Feyre deu um passo na direção de Tamlin. Estendi uma mão a sua frente a contendo.

– O que você fez? -perguntou a ele.

O rei de Hybern disse, do trono:

– Fizemos um acordo. Eu entrego você, e ele concorda em deixar que minhas forças entrem em Prythian pelo próprio território. Então, eu o uso como base enquanto removemos aquela muralha ridícula.

Lucien se recusou a encarar o olhar de súplica que minha irmã mandou em sua direção.

Eu odiava aquele punho de magia que mantinha meu poder adormecido, é claro, que eu poderia matar, pelo menos Tamlin e Lucien, sem poder algum, mas tinha Azriel, com aquele dardo eu seu peito. O rei, bom, esse seria um problema matar sem poder, mas com a ajuda de qualquer um dos meus amigos, não seria impossível.

– Você é louco - sibilou Cassian.

Tamlin estendeu a mão.

– Feyre. - Uma ordem, com se ela não passasse de um cão convocado.

Meu sangue ferveu.

Feyre não fez qualquer movimento.

– Você - disse o rei, apontando um dedo para feyre - é uma fêmea muito difícil de capturar. É claro, também concordamos que vai trabalhar para mim depois que for devolvida para casa, para seu marido, mas... É futuro marido ou marido? Não me lembro.

– Nenhum, não passa um narcista obcecado e psicótico -respondi por impulso, ódio estava explicto em minha voz.

Lucien me olhou como sem suplicasse para que eu não repetisse aquilo, já o Rei, por incrível que pareça, deu risada.

– Não é todo dia que recebo um ser tão raro e poderoso quanto você a minha casa, temo que simpatize um pouco com sua pessoa, seriamos ótimos aliados, imagine, oque poderiamos fazer juntos.

Corte de chamas e pesadelosWo Geschichten leben. Entdecke jetzt