Me arrastei para fora do quarto de Lucien ao amanhecer, não tínhamos dormido por mais de meia hora e minhas pernas doiam e minha cabeça também, me afoguei em vinho por três dias seguidos a ressaca e o cansaço agora me engoliam.
Cai na minha cama implorando ao caldeirão, a mãe, aos deuses ou ao oque fosse, por algumas horas de sono mas não minhas preces não foram atendidas, quando tinha acabado de pegar no sono alguem se esgueirou porta adentro.– Cai fora. -digo sem me dar ao trabalho de virar, ja sabia que era lucy apenas pelo cheiro adocicado de seu perfume.
–Tem uma nova aprendiz entre as criadas, a trouxe comigo hoje. -ouço Lucy se proximar.
Estava deitada de bruços, com o vestido da festa, o coloquei para não sair pelada do quarto de Lucien e não tive coragem o suficiente para tira-lo antes de cair na minha cama. Viro a cabeça para elas.
– Caiam fora as duas.
– Lucien não deixou você dormir? -rosno para ela enfiando a cara no travesseiro outra vez. –Ora não finja que eu disse alguma mentira, todos na propriedade ouviram vocês dois durante toda a madrugada.
– A corte inteira ouviu. -a aprendiz baixo
Estiquei a mão para baixo alcançando meu sapato no chão.
– Então caiam fora as duas. -jogo o sapato nelas que desviam o fazendo se chocar contra a parede com um barulho alto.
– Ela é sempre assim? -a aprendiz sussurrou para Lucy.
– Apenas quando trepa noite toda com o filho de um grão-senhor -reviro os olhos no travesseiro. –Essa é a primeira vez.
Jogo o outro sapato nelas.
–A culpa não é nossa se treparam a madrugada toda como cães no cio. -Lucy provocou. –Eu trouxe iogurte, sente-se para toma-lo e pare de tentar nos agredir.
Bufo com irritação mas faço oque ela diz, me sentando na cama e ela me entrega uma tigela com o iogurte.
– Francamente Kendra, está fedendo a sexo.
– Vou jogar o iogurte dessa vez. -ameaço
– Jogue que eu quero ver. -Lucy cruza os braços na minha frente e bate um dos pés repetidas vezes no chão, apenas tomo o iogurte. –Como eu imaginei
Eu não tinha reparado o quanto estava faminta até que aquela tigela estivesse minhas mãos, eu não a desperdiçaria apenas para joga-la em Lucy.
– Tome isso também. -ela me entrega um potinho e se senta na minha cama.
– Oque é isso? -pergunto olhando o liquido com aparência nada convidativa e ele fedia.
– Mistura contraceptiva, aprendi com minha familia. -ela explica. –Feéricos e grão-feéricos tem dificuldade para conceber crianças mas humanos não e não temos como saber o quanto sua metade humana pode influenciar nisso.
Quando ela termina eu simplesmente tomo todo o liquido num único gole, fazendo uma careta com o gosto amargo do líquido e controlo a ansia de vômito.
– Metade humana? -a aprendiz pergunta curiosa.
– Tenho uma mãe humana e um pai grão-feérico. -explico e ela parece ficar mais confusa. –Não o conheço, ele deixou minha mãe, não teve coragem de matar sua parceira então foi embora.
– Parceira? -os olhos da aprendiz se arregalaram, apenas confirmei com a cabeça.
– Ok, kendra é legal apesar da carranca... -Lucy diz para a aprendiz me fazendo rir baixo – Mas nunca faça perguntas a nenhum outro grão-feérico, muitos menos perguntas pessoais como essas, qualquer um nessa corte, além de Kendra e Feyre, a noiva de Tamlin, cortariam sua lingua por isso.
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Corte de chamas e pesadelos
FantasyE se Feyre tivesse outra irmã mais velha que ela acreditava ter fugido pouco tempo após sua familia perder a fortuna? E se na verdade esse tempo todo a irmã que "a abandonou" estivesse na mão dos Assassinos das terras mortais abaixo de Prythian? Ess...