Capitulo 69

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Depois de ter jantado com Iran, atravessei até a cidade escavada, eu precisava ter uma "conversa" com Keir, lembra-lo de quem estava no comando, do jeito que Mor pediu.

Assim que coloquei os pés na cidade ordenei, para ninguem em específico, que fosse chama-lo, cerca de dez minutos depois, ele apareceu com a mesma cara birrenta de sempre.

– Eu não sou convocado por ninguém -ele disse se aproximando, irritado e batendo os batendo os pés

– É convocado por mim, quando, como e onde eu quiser que seja e sabe que é verdade, tanto que está aqui, bem de pé a minha frente -respondi calmamente, num claro ar de superioridade

– Acha que manda em alguma coisa? -ele franziu a testa em ar de desafio.

Eu sabia, era questão de tempo até que Keir se "rebelasse" contra mim, questão de tempo até querer passar por cima de mim por eu ser "nova" nessas coisas. Ele não sabia oque eu era antes, para Keir eu era apenas uma grã-feérica amiga de Rhys que ele colocou para fazer o trabalho sujo da cidade escavada, então sua rebelião veio, com a seguinte frase:

– Está, é a minha cidade, você não manda em nada aqui.

Então, com uma unica frase, Keir tinha assinado minha autorização para lhe dar uma surra muito bem dada sem ser questionada por isso depois.

Como num passe de mágica meu soco cortou o ar encontrando seu rosto meio segundo depois, mesmo comigo tendo controlado a força do movimento, Keir cambaleou para trás com o golpe surpresa.

– Sua vadia, quem você pensa que é para tocar em mim?

Keir avançou em minha direção, atravessei para trás dele e lhe dei um chute nas costas, o fazendo cair para frente.

Uma plateia nos assistia, alguns, a maioria, adorando o entretenimento de ve-lo apanhando, outros, me olhavam queimando em raiva.

Deslizei minhas garras pela mente de Keir o impedindo de reagir a briga, de usar seus dons e com apenas meio pensamento, tinha quebrado três ossos dele, um em um braço dois de sua perna direita, os estalos ecoaram pelas paredes da cidade.

Keir caiu no chão, o estrondo do grito misturado com o de seus ossos se partindo, fiz o favor de espalhar chutes por sua barriga e seu braço, o peso que ele apoiava sobre a perna no momento em que a quebrei fez com que o osso rasgasse a pele e despontasse para fora de sua perna, fiz o favor de chuta-lo também, com tanta força que o fiz voltar para o lugar.

Me abaixei ao lado do grão-feérico e disse com a voz baixa, cruel e  mortalmente fria:

– Está cidade, é de seu grão-senhor, basta uma palavra dele e você está morto. Você, Keir, não passa do administrador da cidade, não é nada para nenhum de nós, tão descartável quanto qualquer um dos vermes que rastejava por sob esta montanha, lembre-se disso da próxima vez que quiser desafiar minha autoridade.

Me levantei e desviei o olhar do grão-feérico largado no chão aos meus pés para os que se reuniam a nossa volta.

– Mais alguém quer brincar de ser dono da cidade? -perguntei a ninguém em específico.

Passei os olhos por todos os que nos observavam e eles, um a um, desviaram o olhar para o chão, evitando encarar a mim.

– Ótimo, me poupa de distribuir surras.

Voltei minha atenção para Keir outra vez que grunhia de dor largado no chão.

– Está proibido de ver um curandeiro, se desobedecer isto, não vai ser apenas sua perna que vou quebrar, escutou?

Corte de chamas e pesadelosOnde histórias criam vida. Descubra agora