Capitulo 87

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Quando voltamos para o salão do trono, Rhys e Feyre ainda estavam sentados naquele altar, Mor estava junto de Cassian aos pés do mesmo, ambos com taças de vinho a mão, todos esperando que dessemos o sinal de que ja tinhamos a esfera e poderiamos ir embora.

Os olhos de Cassian e Mor pousaram em nós assim que pisamos no salão, com um aceno de cabeça sutil e imperceptível para restante das pessoas ali, Azriel confirmou a Rhys que tudo tinha dado certo.

"Conseguimos a Veritas. Está com Amren em casa. Vamos embora desse lugar." murmurei a mente de Rhys.

Mor deslizou direto para nós e percorreu com as mãos o ombro de Azriel, o peito, conforme ela dava a volta para se posicionar de um lado de Azriel enquanto eu pairava do outro. Ele segurava em minha cintura com uma das mãos e a outra envolveu a cintura exposta de Mor, a apertando uma vez. A confirmação de que ela precisava. Mor ofereceu um breve sorriso a nós que sem dúvida iniciaria boatos e saiu andando para a multidão de novo. Estonteante, mais uma distração.

Azriel e eu apenas encaramos Mor enquanto ela saia, exibindo mascaras distantes e entediadas em nossos rostos. Rhys flexionou o dedo para Keir, o qual, fazendo uma careta na direção da filha, se aproximou aos tropeços com uma taça de vinho para Feyre. Ele mal tinha alcançado o altar quando o poder de Rhys tomou o vinho do administrador, fazendo a taça flutuar até eles.

Rhys apoiou a taça no chão, ao lado do trono, aquela havia sido uma tarefa idiota que dera a Keir para lembrar o administrador do quanto ele era impotente, de que aquele trono não era dele, de que ele não era nada nem ninguém ali ou em qualquer lugar.

Por causa da musica, não consegui ouvir oque Rhys disse a ele mas pela expressão de Keir, ele devia ter sido uma provocação ou algo para deixa-lo com medo, talvez os dois.

Rhys tinha a expressão desnorteada de desejo no rosto perfeito, a mesma que Feyre exibia, mas os olhos... haviam sombras que nem mesmo eu conseguia decifrar.

Mais uma distração, a conversa que ele tinha com Keir. Feyre tomou isso como uma deixa para caminhar até Cassian, que estava grunhindo ao lado de uma pilastra para qualquer um que se aproximasse dele.

Os olhos da corte deslizaram para minha irmã, alguns fareijaram delicadamente o que estava tão obviamente estampado em seu corpo, talvez tivessem fareijado até mais que a excitação vinda dela.

Mas, quando passou por Keir, mesmo com o Grão-Senhor as suas costas, ele sibilou algo para ela e então...

Noite explodiu no salão.

Pessoas gritaram.

E, quando a escuridão se dissipou, Keir estava de joelhos. Rhys ainda estava sentado no trono, o rosto era uma máscara de ódio congelado.

A música parou.

Mor surgiu à frente da multidão, a expressão estampava uma satisfação arrogante. Nos aproximos dela, a mão de Azriel ainda em minha cintura, enquanto paravamos perto de Mor, perto demais para ser casual, um indicativo claro a todos de que morreriam se chegassem perto demais.

– Peça desculpas -disse Rhys exalando puro comando e ira primitiva.

Os músculos do pescoço de Keir se contraíram e suor escorreu por seu lábio.

– Eu disse ‐entoou Rhys, com uma calma tão terrível – peça desculpas.

O administrador gemeu. E quando outro segundo se passou...

Osso estalou. Keir gritou.

Observei, adorando quando seu braço foi fraturado em quatro partes diferentes, a pele ficando esticada e frouxa em todos os lugares errados...

Corte de chamas e pesadelosWhere stories live. Discover now