Capitulo 19

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O quarto de Feyre era enorme, depois  que ela o vasculhou por inteiro em busca de qualquer sinal de perigo e depois de encontrar cada saída e cada esconderijo, parou no centro dele para contemplar onde ela dormiria durante a próxima semana.

As janelas estavam abertas, mostravam uma vista privilegiada do mundo além
delas, cortinas tinham um tom de ametista e oscilavam pela brisa suave que se esgueirava pelas janelas. A grande cama era de uma mistura de branco e marfim, com travesseiros e cobertas e mantas para vários dias. O armário e a penteadeira ocupavam uma parede, emoldurada pelas janelas sem vidro. Do outro lado do quarto, um banheiro, com uma pia de porcelana e um vaso sanitário estava atrás de uma
porta de madeira. A banheira ocupava a outra metade do quarto, ela era, na verdade, uma piscina que pendia da própria montanha. A beirada parecia desaparecer no nada, a água fluía silenciosamente pela lateral e para a noite além. Um parapeito estreito na parede adjacente estava coberto com velas.

Era aberto, arejado, aconchegante e calmo.

Aquele quarto era digno de uma imperatriz, ou, de uma parceira.

Feyre me pediu ontem a noite para que eu dormisse junto a ela, eu assenti, ela passou a noite chorando, estava apavorada com a ideia de Tamlin ter percebido que ela estava prestes a dizer não, ele viu ela exitar, toda a corte viu e ela se afundava na ansiedade em saber como ela explicaria aquilo a todos.

As tais gêmeas Nuala e Cerridwen vieram até aqui dizer que o café da manhã seria servido em trinta minutos e que Feyre deveria se banhar e se vestir, nenhuma de nós precisou perguntar para qie saber que foi Rhysand quem deu as ultimas ordens.

As gêmeas deixaram roupas a Feyre e a mim, um conjunto de calças de seda e uma blusa até a altura do umbigo.

– Pode ir na frente, eu encontrarei o caminho. -disse a Feyre

Minha irmã já estava pronta e eu ainda nem tinha entrado no banho, havia feito isso de propósito, deixar ela sozinha com Rhysand para que tentassem ter uma conversa mais civilizada que a de ontem quando os ânimos estavam a flor da pele, agora mais calmos eu esperava que tivessem uma conversa normal, como dois seres um pouco mais evoluidos que primatas.

Entrei na banheira cheia com água quente, ferdendo, o calor não machucava meu corpo apenas o relaxava, fiquei ali por cerca de dez minutos até que alguem batesse na porta e me arrancasse de meus pensamentos.

–Estou pelada, se não for Rhysand, pode entrar -digo da banheira mesmo, meus braços estavam apoiados na borda da banheira e minha cabeça pendia para trás, apoiada na pedra.

–É a Mor -a loira entra no quarto e vem até mim, seu cheiro doce tomou conta do cômodo. –Não se incomoda que eu a veja num momento tão... intimo?

– Você só está parada ai me vendo submersa até o pescoço, não vejo nada intimo demais -dou de ombros.

– Eu não senti seu cheiro quando passei em frente a onde eles estão tomando café... -ela mexe os pés inquieta. –Vim ver se queria companhia.

– Eu ja estava indo me encontrar com eles mas pode me esperar para irmos juntas.

Me levantei da banheira fazendo a água se agitar formando pequenas ondas, quando virei para Morrigan a garota estava paralisada no lugar, com as sobrancelhas erguidas.

– Pode pegar a toalha pra mim? -aponto  para a cama onde a ela estava dobrada.

– Uhum. -ela responde mas não sai do lugar enquanto olhava em minha direção sem ao menos piscar.

– Morrigan? -passo a mão em frente ao seu rosto e ela pisca repetidas vezes como se saisse de um transe. – A toalha.

A garota murmura algo como "ah, sim, claro, é claro, vou pegar" e pega a toalha me entregando de forma esquisita.

Corte de chamas e pesadelosWhere stories live. Discover now