Capitulo 135

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Somente Helion e meus amigos não pareceram surpresos com oque eu tinha acabado de fazer, com como Azriel e Cassian me seguravam de verdade me levando de volta para a cadeira, mas dessa vez me colocando sentada na cadeira que Azriel antes ocupava, me deixando entre ele e Rhys. "Para evitar outros acidentes" foi oque disseram.

Os olhos de Tamlin eram como chama verde, luz dourada tremeluzia a sua volta conforme sua magia e a de Thesan trabalhavam para cura-lo.

- Se querem provas de que não estamos tramando com Hybern - disse Rhysand, diretamente, para todos. -Considerem o fato de que seria muito menos trabalhoso invadir suas mentes, ou pedir para que minha bela cunhada muito menos piedosa e sutil que eu para fazer tal coisa e obrigá-los a fazer minha vontade.

Mesmo Beron não foi burro o bastante para dar risada. Eris apenas virou o corpo na cadeira, bloqueando o caminho até a mãe.

- E, no entanto, aqui estou -continuou Rhys - Aqui estamos todos nós.

Silêncio absoluto. Então, Tarquin, calado e vigilante, pigarreou.

Me preparei para o golpe que possivelmente nos condenaria. Mesmo que Tarquin e eu fossemos amigos, eu não tinha direito de sequer sugerir que ele estendesse essa amizade a corte noturna.

Mas Tarquin disse para Rhysand:

-Apesar do aviso não autorizado de Varian...-um olhar de irritação para o primo, que sequer parecia arrependido. - Vocês foram os únicos que vieram ajudar. Os únicos. E não pediram nada em troca. Por quê?

A voz de Rhys saiu um pouco rouca quando ele perguntou:

- Não é isso que fazem os amigos?

Uma sugestão sutil, silenciosa. Tarquin o olhou de cima a baixo. Depois, para cada um de nós, parou em mim por um único segundo, como se pensasse no que eu diria a ele.

- Revogo os rubis de sangue. Que não restem dívidas entre nós.

- Não espere que Amren devolva o dela -murmurou Cassian. - Ficou bastante apegada.

Um pequeno e rapido sorriso repuxou os lábios de Varian que eu sabia ter alguma coisa com minha amiga. Bem, eu sequer sabia se ela ainda era minha amiga, se ainda queria ser, depois do que fiz.

Rhys encarou Tamlin. Tinha termiado de ser curado, provavelmente a cabeça doerá um pouco nas próximas horas, pelo oque ouvi Thesan dizer, e a boca permanecia sabiamente calada. Os olhos ainda estavam lívidos.

- Acredito em você. Que lutará por Prythian. -disse Rhys a ele

Kallias não pareceu tão convencido. Nem Helion. Tão pouco eu.

- A guerra chegou - declarou Rhysand. -Não tenho interesse em desperdiçar energia discutindo entre nós

O controle, a escolha de palavras... Tudo era um retrato cuidadoso da razão e do poder. Mas Rhysand fora sincero no que dissera. Mesmo que Tamlin tivesse participação no assassinato de sua família, mesmo com o papel que teve em Hybern... Por Prythian, ele passaria por cima daquilo. Um sacrifício que não feriria ninguém, apenas a alma de Rhys. Mas Beron falou:

- Você pode estar disposto a acreditar nele, Rhysand, mas como alguém que compartilha a fronteira com a corte de Tamlin, não me convenço tão facilmente. ‐um olhar sarcástico. - Talvez meu filho errante possa esclarecer. Ora, onde ele está?

Até mesmo Tamlin olhou em nossa direção.

- Ajudando a vigiar nossa cidade. -foi tudo o que Feyre disse.

Filho errante. Lucien era o filho errante. O único que não fora corrompido pela maldade do pai. O único que não se deixara levar pela influência da coroa. Deveria ser uma honra ser o filho errante de Beron Vanserra.

Corte de chamas e pesadelosNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ