Capitulo 51

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O sol ja estava se pondo quando voltei do mercado e me encotnrei outra vez com Iran, nos afastamos um pouco da cidade antes que eu atravessase com ela para a aldeia onde minhas irmãs e o pai delas moravam.

Me lembro até hoje da primeira vez que atravessei, fiquei com medo quando não pude sentir mais o chão sob meus pés e senti uma tontura e algo como um empurrão que me fez cambalear para frente quando cheguei no lugar que desejava, mesmo que fosse poucos metros a frente de onde eu estava. O mesmo aconteceu com Iran quando atravessei junto com ela e a égua para a rua de onde minhas irmãs moravam.

Preferi me aproximar da casa montada no cavalo, para deixar marcas de na lama que cobria a rua e não levantar suspeitas na mente de qualquer criado, ou de minhas irmãs.

– Não se assuste, meus amigos tem asas... -avisei a Iran enquanto descia da égua – De morcego

– Ah porque se fossem de pássaro ia fazer muita diferença -ela ironizou

– Acho que você passou tempo demais comigo -resmunguei me dirigindo até a porta

– Oque eu faço se não gostar deles? -ela sussurrou para mim

Antes que eu se quer batesse na porta,
Azriel a abriu e ficou nos encarou por alguns segundos.

– Demorou -foi a unica coisa que ele disse

– Também senti sua falta Azriel, é bom te ver inteiro. -ironizei enquanto entrava na casa – Essa é minha amiga Iran.

Indiquei a garota com a mão e Azriel pareceu segurar o riso, quando me virei, Iran parecia ter congelado no lugar, com os olhos arregalados e a boca numa linha fina.

– Relaxe, eles não mordem -penso por um segundo – Pelo menos não se não for de sua vontade.

Tive que empurrar Iran para dentro da casa quando Az nos deu passagem. Encontramos todos juntos a mesa do jantar, as caras nada boas como o esperado, Feyre parecia prestes a vomitar toda a comida e Cassian se sentava com os ombros curvados tentando encaixar suas asas na cadeira feita para humanos.

– Fique tranquila, é impossivel não gostar de nós -Cassian disse a Iran enquanto abria um sorriso de orelha a orelha quando entramos na sala.

As bochechas brancas da garota agora estavam rosas como as flores do jardim de Elain

– Pelo visto eu não posso ficar fora por dois dias que toda a educação de vocês vai por água abaixo. -me aproximei da mesa com Iran. –Rhysand não sabe mais como segurar suas coleiras?

– Se me lembro bem, passei esse trabalho para você -Rhys respondeu em tom leve, ou pelo menos tentando.

Elain rapidamente de levantou e correu em direção a garota ao meu lado a abraçando com um sorriso e sussurrou que havia sentido sua falta, ignorei o ato, da mesma forma que minha irmã havia me ignorado.

– Pensamos que estivesse morta -disse Nestha olhando para mim, ela estava sentada a cabeceira da mesa, uma anfitriã nata.

– Ela é resistente feito uma barata -respondeu Iran, dando de ombros e ainda abraçada a Elain.

– Ficamos felizes que... -diz Elain procurando as palavras –que esteja viva e bem

Me virei para observa-la por alguns segundos mas meu olhar desceu até o anel em seu dedo, um anel de noivado.

– Quem? -perguntei a ela

– Ahm, Graysen, ele é filho de um senhor -explicou Elain

– Você conheceu o irmão dele. -completou Nestha, seu corpo ainda mais rigido que antes, concordei com a cabeça.

Corte de chamas e pesadelosOnde histórias criam vida. Descubra agora