Capitulo 66

3.1K 505 227
                                    

Quatro dias se passaram desde que Rhys, Feyre e Amren tinham ido "visitar" a corte estival, me sinto mal por Tarquin, é apenas um grão-senhor inexperiente que ainda não aprendeu a jogar o jogo de interesses que governantes e nobres custumam jogar, não apenas os feéricos, os humanos com um pouco mais de dinheiro também fazem, principalmente os senhores e senhoras.

Eu gosto da visão de mundo de Tarquin, quando conversamos ele me contou sobre seu desejo em unir feéricos inferiores e Grão-Feéricos, acabando com o preconceito ridiculo com os feéricos inferiores que são rebaixados e humilhados por Grão-Feéricos desde o dia em que nascem, fiquei encantada quando ele me contou e por alguns minutos enquanto aquela conversa acontecia, eu não pude manter máscara  cruel e fria, eu sabia que contemplação e admiração voltadas ao macho brilhavam em meu rosto e não me importei em esconde-las, Tarquin seria um lider justo, bondoso, cativante, um lider facil de se seguir, de se respeitar.

Eu tinha ignorado completamente o episódio do Rita's na noite em que voltei da corte diurna, no dia seguinte eu tinha acordado com uma dor de cabeça terrível mas nem Mor ou Iran tocaram naquele assunto depois.

Contei para elas que me senti uma traidora por ter beijado Helion no dia em que deveria honrar minha esposa mas não contei que ele era meu parceiro, sempre uma verdade, uma mentira, eu ja fazia isso sem ao menos entender o motivo, era como se fosse automático.

Mor tinha ficado responsável pela segurança e assuntos de Velaris no geral, eu fiquei sozinha com a cidade escavada, Azriel ainda estava indo todos os dias para as terras humanas a fim de conseguir informações ou seja la oque procurava e Cassian continou com seus afazeres de general, que eu não fazia idéia do que era mas provavelmente envolvia espancar illyrianos que tentam se rebelar, supervisionar os acampamentos de guerra e coisas do tipo.

– Mor? -chamei adentrando a sala de estar da casa do vento

– Está la em cima -respodeu Cassian jogado no sofá com os braços no encosto atras dele – Sente aqui enquanto espera

– Ao contrário de você eu trabalho, não posso ficar jogada no sofá o dia todo -disparei em tom áspero.

– Ei, não desconte sua raiva mim -respondeu Cassian, mais num pedido que qualquer outra coisa – e ficar de pé como um poste não vai fazer Mor descer mais rápido.

Suspirei irritada e resmunguei praguejando Mor por não estar aqui enquanto me sentava ao lado do illyriano empurrando suas pernas para o lado ja que aquele brutamontes  sozinho ocupava um sofá de dois lugares quase inteiro.

– Dia ruim? -ele perguntou com cautela

– Dia péssimo -disparei em tom seco –Keir é um filho da puta tão irritante quanto mosquitos do verão zumbindo em seu ouvido enquanto tenta dormir, não sei como ninguem ainda não cortou sua garganta com um estilete -reclamei cruzando os braços.

Continuei reclamando nos ouvidos de Cassian, sobre Keir, sobre os malditos da cidade escavada, sobre a própria cidade escavada e o calor infernal dentro dela, sobre as malditas celas que tinham um fedor podre e decomposto tão grande que queimava e impregnava em minhas narinas por horas.

Tagarelei tantas reclamações que se fosse eu ouvindo no lugar de Cassian ja teria me dado um soco e me mandado ir pastar em outro mato.

– Se sente melhor agora? -o illyriano perguntou me olhando com algum tipo de compreensão estampada em seu rosto

– Eu sinto ódio -resmungei o fazendo rir, o lancei um olhar mortal que o fez parar no mesmo minuto

– Um ser tão pequeno guarda tanto ódio no coraçãozinho, tome cuidado para não acabar explodindo -ele provocou.

Corte de chamas e pesadelosحيث تعيش القصص. اكتشف الآن