EPÍLOGO

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2 MESES DEPOIS

REN WAMURA :

Ele deveria ficar nervoso? Certamente, mas Yuna estava ainda mais nervosa que ele.

— Você já ajeitou meu colarinho 5 vezes em vinte minutos — reclamou ele.

— Me deixe, Ren — retrucou ela ansiosa. — Por que ela está demorando tanto?

— Mari vai chegar logo, acalme-se — ele falou controlando as batidas do seu coração com a respiração. Precisava se acalmar.

Ele falou isso, mas tudo se foi quando a viu com aquele vestido branco. Ele arregalou os olhos e ficou estático. Yuna sorriu a olhando. Ao lado de Mari, estava o Duque Johnson, ele a conduziria até o altar representando o homem mais próximo de sua família. Mari estava magnifica, Ren não tinha nem palavras para descrever como ela estava linda.

Não foi a primeira vez que ele ficou sem palavras, Mari já tinha lhe causado essa sensação diversas vezes desde que entrou em sua vida. A primeira foi no aniversário de 8 anos de Yuna. Ren lembra muito bem de Mari vir vestida com um vestido emprestado de sua irmã, um belíssimo vestido branco rodado. Foi inevitável não se imaginar casando-se com ela. No dia, ficou tão nervoso na presença dela que não conseguia sequer formular uma frase que fizesse sentido, depois se achou o garoto mais idiota do mundo por isso, e hoje ele não estava diferente.

Ele tremia quando aceitou seu braço no altar. O reverendo sorriu discretamente ao olhar a expressão nervosa de ambos.

Ren se assemelhava mais a uma estátua e Mari riu uma vez ou outra de sua expressão. Os Venoza apareceram na festa, assim como os Lowis, não tinham por que guardar mágoas uns dos outros, além de que aquilo acabaria com os comentários maldosos das pessoas. E claro que aquele evento entraria para o jornal de Hikari: o dia em que a empregada do tal escândalo casou-se com um Conde, o conde Wamura. Quem diria, não é mesmo?

Será que isso abriria esperança para outras senhoritas na mesma situação de Mari? Quem sabe...

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2 ANO DEPOIS

MARI WAMURA:

— Beatriz, onde está Ren? — perguntei depois de dar uma volta na casa inteira. Geralmente ele gostava de ficar na sala de música ou na biblioteca, raramente passava horas no escritório, então estava mais acostumada a tê-lo ao meu lado do que não o ver por horas.

— Ele está no jardim com Benjamin, Mari. — Beatriz respondeu. — Ah, me diga o que acha? Acredito que vermelho combine bastante com o Bem. — Mostrou-me o conjunto de sapatinhos que fez para meu filho. Sorri me aproximando.

— Que lindo, Beatriz! — Sorri pegando os sapatinhos. — Você sempre me surpreendendo com seus feitos.

— Espere só, estou confeccionando um que vais adorar — contou e eu a olhei com gratidão. Então fui atrás de meu marido e meu filho.

Nós decidimos por voltar a Hikari, para a mansão onde eu cresci juntamente com ele. Aquela que tinha a cerejeira. Vez ou outra ia em meu antigo quarto apenas para relembrar quando eu não passava de uma empregada, e me sentia nostálgica, passei por muitas coisas e me vejo uma pessoa completamente diferente agora, certamente um pouquinho mais madura do que antes.

Passei pela porta e vi Ren levantando Benjamin para que ele pegasse uma flor da cerejeira. Sorri. Tudo o que Ren fazia, Benjamin estava junto, eram quase grudados e praticamente melhores amigos, além de pai e filho.

O CONDE QUE EU AMAVAWhere stories live. Discover now