CAPÍTULO 47

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RYAN VENOZA ( CONTINUAÇÃO):



— Yuna! — gritou ele para chamar sua atenção — Saia! — Ela se virou assustada e então avistou o cavalo que já estava muito perto. Yuna colocou os braços na frente, mas seria pisoteada do mesmo jeito se não corresse, mas era tarde demais. No entanto, felizmente seu irmão segurou a rédeas do bicho com força de forma que Ryan e todos ali puderam ouvir o barulho das cordas atritando-se com o palmo das mãos do rapaz. O animal parou, mas se levantou enquanto relinchava e atingiu Yuna com uma de suas patas. Ela caiu para trás desacordada. Ryan correu em sua direção.

— Yuna! — ele gritou e logo as pessoas perceberam a gravidade do acontecido.

Yuna estava desacordada, seus cotovelos estavam sangrando assim como sua cabeça. Ryan não acreditou quando viu aquele sangue.

— Mari! — Ren gritou vindo em sua direção empurrando Ryan o fazendo cair sentado. — Mari! — repetia esse nome na qual Ryan não fazia ideia do porquê. — Mari, acorda! Pelo amor de Deus! — Ele a mexia em desespero, melando seu vestido com o sangue que escorria de suas mãos feridas por conta do atrito com a corda. Ryan arregalou ainda mais os olhos, foi tudo tão rápido, como os dois irmãos podiam ter se machucado desta forma? Logo uma multidão começou a se aproximar.

— Ela está morta? — perguntou a sua tia cobrindo a boca. Ryan a olhou nos olhos, ela não parecia estar em desespero, não como Ren, esta mulher não tinha sentimentos?

— Pare de mexer nela desta forma! — Ryan brigou com Ren o empurrando, dessa vez foi ele ao cair sentado — Deixe-me vê-la.

E ele segurou seu pulso trêmulo, estava tão nervoso. Não queria que ela estivesse morta, orava por isso. Ele precisava dela por perto, não por que dependia dela, mas por que nunca tinha se sentindo tão vivo perto de alguém antes. O olhar de Yuna era livre de julgamentos, era compreensível e ela era doce, amável e tinha um sorriso que ele gostava de ver, além de uma gargalhada gostosa que o deixava mais tranquilo. Então ela não podia estar morta, não podia. Como Núbia ficaria?

Felizmente o pulso dela estava firme.

— E então? — Ren perguntou trêmulo e com os olhos cheio de lágrimas. Nem sequer havia percebido seu próprio ferimento, ou notaria que já estava melando sua roupa e a roupa dela com seu sangue.

— Ela está viva — respondeu Ryan percebendo que não tinha forças nas pernas para se levantar, tamanho foi o susto que levou.

— Sou médico, saiam da minha frente! Deem espaço para a senhorita respirar! — O médico Lowis reclamava, ao passar pela multidão.

Ryan se afastou assim como Ren para que ele pudesse levá-la dali. Um lugar mais tranquilo seria melhor para lhe fazer um curativo, então decidiram voltar a mansão Venoza. Ren se encarregou de carregá-la, mesmo ferido, afinal era sua família e Ryan não podia lhe tirar esse direito, mas queria estar por perto quando ela acordasse, queria lhe passar a sensação de que estava segura. Suspirou.

— Não se preocupe — Beatriz falou enquanto voltavam para a mansão em uma carruagem a parte. — Era irá ficar bem, Yuna é muito forte.

Ele olhou a empregada e teve a ideia de lhe perguntar a respeito da menina.

— Você sabe por que ela tem andando tão estranha ultimamente? — perguntou à empregada e ela piscou prensando os lábios. Naquela carruagem estavam apenas ele, Núbia e Beatriz. Núbia olhava a janela apreensiva enquanto roía parte de sua unha, claramente preocupada.

O CONDE QUE EU AMAVAWhere stories live. Discover now