O encontro (parte 1)

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           Alex respirou fundo, coçando o queixo, pensativo. Sair às escondidas era muito mais difícil do que ele imaginava. Sinceramente, se soubesse, teria sugerido à irmã para simplesmente cancelar o encontro e pronto. Zero pane. Mas, não. Tinha de inventar. Por Deus! Desejou verdadeiramente que valesse a pena.

          Entrou em cena novamente.

          Irrompendo na cozinha, fez uso de seu melhor sorriso e caminhou na direção das duas. Na mãe, depositou um casto beijo na testa; na mais nova, bagunçou seus cabelos negros, antes de se sentar num dos bancos da mesa para observá-las.

— Vocês precisam de ajuda? — ele quis saber, se colocando à disposição. Com elas de costas ainda, fez um sinal discreto com as mãos para que April segurasse um pouco até que a atenção das duas estivesse voltada para ele.

— Ah, sim, querido, por favor. — Krista disse. — Pode pegar a manteiga na geladeira? — pediu, enquanto mexia a substância na panela com a colher de pau. — Ayla, assume aqui o meu lugar por um instante? Vou ler a receita mais uma vez.

            E com cada uma fazendo uma função, distraídas demais para se preocuparem com outra coisa, April deitou no chão e foi se rastejando até a saída. Iria passar pela abertura dos cachorros, aquele pequeno vão, e torcia para que não ficasse entalada. Teria de ser dessa maneira para que não chamasse atenção ao abrir naturalmente a porta.

           Tudo estava dando certo conforme ela se movia, silenciosa e habilidosamente. Porém os seus cachorros, Brand e Pax, começaram a latir fervorosamente, animados, porque acharam que ela estava brincando de esconde-esconde com eles. April quase desmaiou com o susto e travou no lugar, não sabendo se deveria continuar ou não. Alex arregalou os olhos, tenso.

— Ei, bonitões, o que houve, hã? — foi Ayla quem começou uma conversa com eles, a voz mais aguda e dengosa. — Pera aí que já, já eu dou atenção a vocês.

              De onde ela estava, não conseguia enxergar April, sua visão era limitada, mas se fosse inteligente e se inclinasse sobre a bancada um pouco mais, seria capaz de ver perfeitamente a silhueta da irmã jogada no chão como uma cobra.

               Alex agiu depressa.

— Ei, vem cá. Vem cá comigo. — ele trouxe a atenção dos cachorros para si ao chacoalhar um dos brinquedos espalhados à frente do focinho deles.

               Os cães voltaram a latir animados, os olhos presos ao objeto, e o rabo balançando de um lado a outro incessantemente. Alex deu um chute de leve na perna da irmã, como se avisasse para ela ir logo, antes de lançar o brinquedo para longe para que os Brand e Pax fossem buscar. Estava chovendo ainda do lado de fora, então não tinha como levá-los para lá. Se pudesse, seria um excelente adianto para o lado dela.

              Diante disso, April recuperou sua alma, que tinha saído de seu corpo, e rapidamente agiu: passou finalmente pela abertura na porta e caiu na varanda do lado de fora. Dali para frente, tomando todo o cuidado possível, precisou apenas desviar dos pontos chaves para não ser pega pelas câmeras. Alex tinha avisado detalhadamente a ela antes por quais caminhos deveria seguir sem problema, e assim o fez. Ora estava andando agachada, ora tivera que se esconder atrás dos arbustos e dos troncos de árvores de seu quintal; ora precisou desviar dos brinquedos barulhentos de seus cachorros, ora teve de se jogar no chão outra vez e rastejar pela grama molhada, umedecendo um pouco a sua roupa, para que não fosse vista por uma das câmeras. Mas conseguiu sair. Conseguiu passar pelo campo minado. Puta merda!!!!!

              Correu alguns metros pela rua para alcançar o carro de Luke, que já esperava por ela alguns metros antes de chegar à mansão Stevens, como fora orientado, mesmo que ele não tenha entendido ao certo o porquê. Não perguntou também, ainda bem. Sensato. Deixou como estava.

Teenage Bounty Hunters 2 (Stepril)حيث تعيش القصص. اكتشف الآن