Escolhas

By sidneymiills

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Dez anos morando em Manhattan, Regina Mills, uma fotógrafa de renome, numa noite divertida com seus amigos, c... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 51

Capítulo 50

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By sidneymiills

olá, mores, voltei com mais um capítulo, dessa vez mais rápido 🙏 e que só não foi ainda mais porque eu quebrei meu notebook 😔 enfim, boa leitura! 🤪


Três dias depois...

— Bom dia... — Um homem todo de branco, saúda-a de forma cautelosa, que está deitada de costas para ele, encarando a parede branca a sua frente. — Emma...? — Chama-a com cuidado, dando passos curtos e silenciosos. Parecia estar pisando em um chão coberto por ovos que não poderiam ser quebrados.

— Se veio aqui para me dar mais uma dose desses medicamentos ruins que me trazem sensações ruins, pode dar meia volta e ir embora. Estou muito bem e não preciso mais tomá-los. Já faz quatro dias que eu estou aqui e não estou usando nada. Estou limpa, já. Não há necessidade de tomar mais alguma coisa... — Murmura mal-humorada, ainda sem se virar para o homem.

— Aí é que você se engana, minha querida, você...

— E também não precisa ser gentil comigo. — Acrescenta, interrompendo o homem que sorri e balança a cabeça negativamente.

— Você teve uma crise ontem... — O homem continua em tom plácido. — Seu corpo está sentido falta da substância e seu organismo ainda precisa de uma limpeza profunda. Uma limpeza que só aquele remédio ruim que você tomou, pode ajudar a fazer... — Devagar, aproxima-se mais um pouco e para de frente para a cama. — Se você quer ficar logo bem, se quer logo voltar para casa, para sua família e amigos, você precisa sim, mesmo sentindo-se bem... — Agacha-se na altura da modelo e toca seu braço. — Mesmo no momento não sentindo falta das substâncias... Porque uma hora o seu corpo vai sentir e você sabe o que acontece quando esse momento chega. — Finaliza de forma sussurrada. — Eu já estive no seu lugar, porém por causa da bebida. — Revela, apesar de não poder, pegando tanto Emma, quanto a enfermeira que acompanhava tudo, de surpresa. — Esse momento não é fácil... — Suspira pesadamente. — Nunca é e nunca será... Mas você vai conseguir... — Seu tom é esperançoso. — Só precisa aceitar a ajuda que eu quero te dar. — Volta a ficar de pé e se afasta da modelo. — Eu vou lhe dá um tempo para pensar e depois eu volto aqui. — A enfermeira que o acompanha abre a boca para protestar contra sua postura, mas ele levanta a mão e dá uma piscadela acompanhada de um sorriso, então ela balança a cabeça e se vira para sair do quarto, ele o acompanha logo em seguida.

Quando os ouvidos de Swan capitam o barulho da porta sendo fechada, ela finalmente se vira. Seus olhos estão marejados, o nariz está vermelho, sua pele está toda suada e arrepiada e o corpo está se tremendo. Seu corpo está sentindo falta da droga. Ela está, mais uma vez, em abstinência.

Emma sabia que o médico estava certo, sabia que seu organismo ainda precisava de uma limpeza, mas não queria ter que tomar o remédio ruim novamente.

Tremendo de frio, a modelo se levanta e puxa os lençóis do colchão para se cobrir.

— Eu consigo sozinha, eu consigo sozinha, eu consigo sozinha. — Fala baixinho, agarrando-se mais ao pano que cobre o seu corpo. — Eu consigo sozinha, eu consigo sozinha, eu consigo sozinha. — Repete com dificuldade por causa do frio que está sentindo.

De repente, a porta é aberta novamente e o médico e a enfermeira voltam. Pela rapidez que voltaram, era provável que nem foram embora realmente. Sem dizer uma só palavra, ele se aproxima da loira e lhe estende a mão.

Emma observa a mão estendida em sua direção, alterna o olhar entre ela e o seu dono, olha para si rapidamente e decide se render. Não tinha um jeito melhor de passar pelo que estava passando. Se queria ficar bem logo, tinha que passar pelo tratamento ruim com o remédio. Então, ela solta o lençol, coloca sua mão para fora e com firmeza segura a do médico.

— Ótima escolha, Emma... — O médico diz e abre um sorriso, sentindo orgulho de sua paciente. — Ótima escolha...

•§•

Quatro dias depois

— Você está bem? — Humbert pergunta para Mills, parando de caminhar e tocando em seu braço, chamando sua atenção para si.

Regina olha para a construção onde Emma se encontra e respira fundo.

— Sim... — Balança a cabeça várias vezes, como se isso a ajudasse a acreditar na resposta que deu. — Eu estou pronta... — Olha para ele, mas não para os seus olhos exatamente. — Aliás, não aguento mais esperar por esse momento. — Dá um sorriso nervoso. — Essa semana pareceu uma eternidade.

— Você está nervosa, meu amor... Você sabe que se entregou com esse sorriso e por não ter me olhado diretamente, não é? — Ela faz uma careta e balança a cabeça afirmativamente. Assim como ela sempre sabia quando o amigo estava mentindo, Graham também sabia quando ela estava. Ela mesmo o tinha ensinado alguns truques que aprendeu quando namorava Robin. — Não acha melhor esperar um pouco e entrar depois? Não seria bom que ela visse você assim. — Toca em seu ombro e aperta um pouco, tentando passar confiança e tranquilidade. — Você sabe... Ela não pode se estressar, nem ficar nervosa também. Não seria bom...

— Com licença... Boa tarde. — Um homem se aproxima, interrompendo a conversa dos dois. — Regina Mills e... — Olha em um tablete rapidamente. — Graham Humbert, certo? — Ambos balançam a cabeça, confirmando. — Verificamos no sistema que vocês são autorizados a visitar a paciente. Então já podem me acompanhar. — Aponta para frente e começa andar. Regina e Graham se olham rapidamente e movem-se para acompanhar o rapaz. — Peço apenas, por favor, que antes de tudo, leiam as regras de visita. — Vira-se para trás e entrega dois folhetos para eles.

— Você vai ler tudo? — Humbert pergunta em tom sussurrado para que o rapaz não lhe escute, após observar o tamanho da lista que eles teriam que ler antes de poder se encontrar com Emma.

— Seria bom, não? — Olha para o folheto em mãos.

— Nós não vimos com nada. Só queremos saber como ela está... — Argumenta, tentando convencê-la a não ler tudo. Também estava ansioso para ver Emma e não queria perder tempo, além disso, estava com preguiça de ler todos os itens da extensa lista.

— Mas e se falarmos sobre algum assunto que seja proibido? — Questiona temerosa. A última coisa, ou nem a última, que poderia acontecer era ser proibida de visitar Emma porque fez algo que poderia ter sido evitado se tivesse lido a lista de regras que lhe foi dada.

— Você acha que teria algo desse tipo, aqui?

— É melhor não arriscar, Graham. — Volta a olhar para o papel para iniciar a leitura, mas antes que comece, o rapaz se aproxima deles dois.

— Eu só queria avisar que as medidas aqui adotadas são única e exclusivamente para a segurança dos pacientes, visando um ambiente agradável durante todo o momento da visita. Caso as regras sejam de alguma forma infringidas, a visita pode ser imediatamente interrompida. — Informa com educação, como se tivesse escutado a discussão deles, e se afasta novamente. Rapidamente a fotógrafa olha para o amigo e arqueia a sobrancelha.

— Já começou a ler, Rê? — Humbert indaga em um falso tom sério, levantando o seu folheto e balançando-o no ar, e em seguida, começa a ler. Sorrindo, Regina estapeia levemente o seu ombro e começa a ler também.

Vários minutos depois, após ler todas as regras, onde algumas delas falava sobre portar drogas ou ser usuário, estar sob efeito de medicamentos ou álcool, usar aparelho celular ou qualquer outro objeto eletrônico e vestimentas, eles chamam o rapaz novamente e lhe de devolve os folhetos. Estavam totalmente aptos para a visita.

— Você acha que minha blusa está muito decotada? — Pergunta com preocupação, olhando para as próprias roupas. Lentamente, Humbert sobe o olhar pelo corpo da amiga e para em seus seios. — Sem malícia! — Dá-lhe uma tapa no braço esquerdo e ele começa a rir. — Ariel saberá disso. — Ameaça em um falso tom sério e ele finge ficar com medo, arregalando os olhos brevemente.

— Eu só estava analisando antes de ter de responder, meu amor. — Defende-se, fingindo um tom sério e Regina lhe mostra o dedo do meio, em seguida, olha temerosa para os lados, verificando se alguém tinha visto. Para sua sorte, ninguém parecia estar prestando atenção nos dois, nem mesmo o rapaz que estava os acompanhando. Ele estava conversando com outra pessoa, uma mulher. — Não se preocupe, está comportada. — Finalmente lhe responde, ainda sorrindo.

O rapaz que está acompanhando os dois termina a conversa com a mulher e se vira para eles.

— Já podemos ir... — Anuncia com simpatia e caminha em direção a entrada.

— Finalmente! — A fotógrafa murmura, levantando as mãos para o céu e seguindo o rapaz com o amigo.

Os três caminham por um longo e silencioso corredor, passam por um portal e chegam ao jardim da clínica.

— Lá está ela... — O homem aponta para a loira, que estava agachada, com as mãos enfiadas na terra. Parecia muito concentra na atividade que exercia. — Fiquem à vontade! Esse rapaz irá acompanhar vocês durante a visita. — Outro rapaz se aproxima e se apresenta aos dois. Com o cenho franzido, Regina se vira rapidamente para questionar a presença dele. — É procedimento padrão... — Esclarece-lhe, entendendo a sua expressão. — Mas para que fiquem mais confortáveis, ele ficará há alguns metros de distância.

— Ok, irmão... — Humbert lhe responde, mostrando seu dedo positivo para ele.

— Tenham uma boa tarde! Volto em uma hora. — Avisa, afastando-se e deixando-os a sós. O outro rapaz também se afasta e passa a observá-los de longe.

— Preparada? — Graham pergunta para amiga, segurando sua mão e sentindo o quanto ela estava fria. Estava claro que a resposta era não.

— De verdade? — Ela pergunta com a voz falha e ele assente. Mills abre a boca para responder, mas não consegue. O nível de nervosismo estava tão alto que ela não tinha forças para dizer um "a". Tentando passar calma para a amiga, Graham lhe abraça forte, e ao sentir os braços do amigo ao seu redor, seus olhos transbordam e as lágrimas caem sem freio pelo rosto. Lágrimas de emoção e também de medo. Medo de Emma estar com raiva e não querer lhe ver.

Os dois ficam alguns minutos abraçados, até que Regina se acalma um pouco e se afasta. Swan ainda não tinha percebido a presença deles.

— Vamos... — Humbert lhe encara, questionando-a se estava mesmo pronta e ela balança a cabeça afirmativamente. Então, vira-se na direção em que Swan estava, respira fundo e com passos lentos caminha até onde a modelo estava. Quando interrompe seus passos há poucos metros da loira, Graham para ao seu lado e aperta sua mão.

— Emma... — Ela pronuncia como um sussurro ao vento.

Ao escutar o sussurro, Swan para imediatamente o que fazia, limpa suas mãos no pano, levanta-se devagar e vira na mesma velocidade, temendo que a voz que escutou não passasse de um delírio. Ainda estava tendo vários, e muitos deles envolviam a mulher que ama.

— Regina... — Seu coração se acelera, assim como o da morena, seus olhos se enchem de lágrimas e os lábios se movem em um grande e emocionado sorriso. — Você veio... — Sussurra em um tom surpreso por ela realmente estar ali, e aliviado por a morena não ter lhe deixado.

— Eu nunca deixaria de vir. — As lágrimas escorrem livremente pelo seu rosto, os lábios também se movem em um grande sorriso e seus pés lhe levam com rapidez para perto da amada, que também vai em sua direção. Quando se encontram, o abraço apertado é inevitável. Graham, que permanecia em seu lugar, tentava, em vão, segurar as lágrimas que insistiam em se libertar. — Eu disse que iria estar com você... — Sussurra, apertando-a mais em seus braços.

— Obrigada! — A loira murmura emocionada.

— Estou feliz e aliviada que não esteja com raiva de mim. — Mills confessa, afastando-se só um pouco de Emma.

— Eu jamais ficaria com raiva de você, Regina. — Aliviada e feliz pelo que escuta, a fotógrafa olha rapidamente para o amigo e ele lhe lança um olhar que diz "eu te disse". Ela sorri para ele e volta sua atenção para a sua modelo preferida. — Embora eu não quisesse vir para esse lugar, sei que era o melhor para mim. — Acrescenta, deixando a morena ainda mais tranquila. Com os verdes conectados aos castanhos, elas sorriem e se abraçam mais uma vez.

•§•

Três dias depois

Sentada em uma cadeira de plástico posicionada ao lado de outras, que juntas formavam um círculo, Emma se mexia inquieta, sem prestar atenção no que as pessoas ao seu redor falavam. Era o seu primeiro dia no grupo de apoio na clínica e ela não se sentia pronta para contar sua história, embora soubesse que não era obrigada. Contar o que lhe aconteceu para aquelas pessoas estranhas não era o mesmo que contar para Regina e um dia foi para Jamie.

Enquanto seus pés se mexiam inquietos, sua mente tratava uma luta para decidir se compartilharia ou não, a sua história, e caso fosse compartilhar, como começaria.

— Ei! — A mulher que lidera o grupo chama sua atenção, trazendo-a para a realidade. — Você gostaria de compartilhar sua história? — A loira a olha assustada e ela entende sua resposta. — Tudo bem! Quando você estiver pronta. — Sorri gentilmente e direciona sua atenção para o grupo novamente, enquanto a modelo volta a atenção para a sua mente.

Uma última pessoa conta sua história, um rapaz sentado depois de Swan, era a sua primeira vez também, e a líder do grupo fala algumas palavras para encerrar a sessão.

— Na próxima semana, no mesmo dia, estaremos aqui e eu espero que todos vocês venham de novo.

Quando as pessoas se levantam para começar a ir embora, hesitante, Swan levanta sua mão.

— Eu posso... — Fala baixinho, mas todos lhe escutam e direcionam sua atenção para ela.

— Vocês podem se sentar novamente, por favor? — A mulher pede gentilmente aos demais e eles rapidamente atendem ao seu pedido. — Obrigada! — Então direciona sua atenção para a loira. — Quando quiser.

Então, tremendo de nervosismo, Emma respira fundo e se levanta. Ela ainda não se sentia preparada para falar sobre o que lhe aconteceu, mas ela sentia que nunca iria estar preparada. Mas mesmo sem estar, ela queria falar, ela queria desabafar, ela sabia que lhe faria bem depois.

— Meu nome é Emma Swan e hoje eu vou contar a minha história. — Fala de uma vez, esforçando-se para manter a voz firme.

— Oi, Emma! — Todos respondem em coro.

Então, ela fecha os olhos, engole em seco e quando volta a abri-los, inicia sua história.

espero que tenham curtido mais um capítulo e até o próximo, mores 💚

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