Escolhas

By sidneymiills

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Dez anos morando em Manhattan, Regina Mills, uma fotógrafa de renome, numa noite divertida com seus amigos, c... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51

Capítulo 34

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By sidneymiills


Fazia aproximadamente cinco minutos que Emma estava sentada confortavelmente e pacientemente esperando a pessoa que Mary disse que estava, sair da sala de sua morena para poder entrar e arrastá-la para algum lugar para se divertirem o resto da noite. Queria compensar a noite passada que foi perdida.

Enquanto esperava resolveu ver uma revista. Escolheu a edição mais nova com uma pontinha de esperança de se ver em uma das páginas. Contudo, não passou nem quatro folhas e sua atenção foi tomada pela última pessoa, ou nem a última, que esperava ver saindo da sala de sua namorada. Se Emma soubesse que era Robin, com certeza não estaria ali, sentada vendo revista enquanto ele estava lá dentro com Mills.

Quando Lancaster sumiu pelo corredor e entrou no elevador, Regina, após receber a mensagem de Mary, apareceu rapidamente em sua porta e viu Emma, com uma expressão irritada, olhando em direção a saída. Seu coração disparou ainda mais do que quando leu a mensagem.

― Emma... — Murmurou nervosa, conseguindo a atenção da modelo que rapidamente se levantou e foi até ela. Do seu lugar, atrás do balcão, Mary tentava focar na tela do seu computador em vez de prestar atenção nas duas mulheres. — Não sabia que você estava aqui... ― Fala hesitante, abrindo um sorriso sem graça.

― É, eu queria fazer uma surpresa. Vim para te tirar do trabalho um pouco mais cedo e te levar para algum lugar legal e passar a noite com você, se divertindo. ― Seu tom frio entristece a morena. ― Mas, perdi a vontade... ― Diz baixinho, abaixando a cabeça, respirando fundo e fechando os olhos. Quando volta a abri-los, eles estão marejados.

― Emma, você... — Regina interrompe sua fala quando a modelo balança a cabeça negativamente e começa a andar para longe dela, seguindo para a saída.

― O carro está na sua vaga na garagem. — Avisa, jogando a chave na bancada de Mary, que prontamente a agarra, apesar do susto que tomou. — Estou indo de táxi... — Entra no elevador, que por acaso estava aberto no andar, e fecha as portas de metal com pressa, quebrando o contato com a namorada.

Regina volta para a sua sala e quando fecha a porta, encosta-se nela, repassando tudo que acabou de acontecer. Quando sua mente processa tudo e a ficha cai de que brigaram mais uma vez, Mills joga-se no sofá em que há pouco Robin estava sentado, cobre seu rosto com uma almofada e as lágrimas começam a rolar descontroladamente por seu rosto.

Após alguns minutos chorando sem parar, Regina consegue se acalmar um pouco e se levanta, decidida a ir atrás de Emma e conversar com ela. Queria se resolver logo com a amada. Não aguentaria esperar até a hora de ir embora para poder ir atrás dela. Nesse momento, a fotógrafa agradece mentalmente por ser a própria chefe e ter a liberdade de ir e vir quando quiser.

Mills foi até o banheiro do escritório para ver como sua aparência estava e tomou um susto ao ver rastros de lágrimas pretas em sua bochecha e o batom todo borrado. Estava algo assustador. Contudo, se o motivo pelo qual ficou dessa forma não tivesse sido trágico, riria de si e tiraria uma foto para dar boas gargalhadas depois.

Após lavar o rosto, sem muita dedicação, Regina repassou o batom e o lápis e arrumou o cabelo. Em seguida, voltou para a sala, arrumou sua mesa e sua bolsa e correu para fechar as janelas. Quando já estava na última, seu celular começou a tocar. Com o coração a mil, acreditando que era Emma, correu até sua mesa para pega-lo dentro da bolsa e se decepcionou quando viu no visor o nome da última pessoa que deveria ser.

Regina, desculpa te incomodar, mas você esqueceu uma coisa. — Robin fala divertido. — Você me deu o número e não me disse de quem é.

— Droga! Foi mal. — Força um sorriso, tentando esconder a voz de choro. — Esse é um amigo meu que tem bastante contato com as pessoas que você quer falar. O nome dele é Joel. Quando for falar com ele é só dizer que é meu amigo e que eu o indiquei.

Joel... — O homem murmura. — Tudo bem! Obrigado mais uma vez. Agora sim, eu posso ligar. ― Fala bem-humorado e Regina força um sorriso mais uma vez. ― Até mais, Regina.

Sem responder de volta, Regina encerra a ligação e joga o celular dentro da bolsa. Irritada, começa a bater com força em sua mesa para descarregar a raiva que estava sentindo por Robin. Mesmo sem fazer nada, ele estava fazendo tudo e estava estragando sua vida mais uma vez, como se já não bastasse ter estragado dez anos atrás. Regina questionava-se o que tinha feito de tão errado para estar merecendo isso.

De tanto bater na mesa, ainda bem que era de madeira e tinha um apoio muito forte no chão, acabou machucando a mão e foi obrigada a parar com o acesso de raiva. Então, respira fundo algumas vezes, buscando calma, e se levanta para ir ao banheiro novamente, porém, dois passos depois, desiquilibra-se e vai ao chão, caindo por cima da mão já machucada.

— Ai, ai, ai... — Grita de dor, apertando o braço machucado e rolando no chão.

Mary Margareth, que tinha ido até a sala de Mills para avisar que estava indo embora, quando viu a chefe caída ao chão, correu para ajudá-la.

— Regina, o que aconteceu? — Pergunta preocupada, levantando a mulher e sentando-a na cadeira.

— Eu me desiquilibrei e caí por cima do meu braço. — Sussurra, encostando a cabeça na cadeira e fechando os olhos. Estavam se segurando para não gemer de dor. — Por favor, fecha tudo e me leva ao hospital.

Atendendo ao seu pedido, Mary a leva para fora do escritório, fecha a porta, pega sua bolsa atrás do balcão, fecha todo o andar, só havia as duas trabalhando ainda, todos os outros do andar já tinham ido embora, e segue com a morena para o elevador. Quando pegam um táxi alguns minutos depois, a morena de cabelos mais curtos envia uma mensagem para Emma, avisando sobre o acontecido com Regina.

•§•

Regina já estava sendo atendia quando Emma chegou no Mount Sinai toda afobada.

— Onde está Regina? — Pergunta agoniada, ofegante pela corrida que fez desde o carro até encontrar Mary.

— Calma, Emma, ela já está sendo atendida. — Responde calmamente, tentando tranquilizar a mulher.

— E o que aconteceu? ― Senta-se ao seu lado.

— Quando eu cheguei na sala ela já estava no chão. Disse que tinha se desiquilibrado e caído. — Emma acha estranho, mas assente. Em seguida, volta a ficar de pé. — Para onde você vai? ― A morena pergunta, confusa.

— Vou vê-la. — Responde, já se afastando dela, porém, lembra-se de algo e volta para perto de Mary. ― Parabéns! Felicidades! ― Deseja sinceramente, referindo-se ao namoro da mulher com o seu amigo. Então, sem esperar por resposta, a modelo segue pelo corredor, olhando de porta em porta, procurando pela amada. Contudo, sua busca não dura por muito tempo, pois logo esbarra com um enfermeiro e, após descrever as características de Regina, ele informa que a paciente estava na sala de raios-X. A contragosto, Emma volta para perto de Mary Margareth.

Após quase uma hora de espera, um médico aparece na sala de espera procurando por Mary Margareth e logo leva as duas mulheres até a paciente.

A morena de cabelos curtos conversa rapidamente com a chefe e vai embora, deixando as duas sozinhas.

— Quando você chegou aqui? — Regina pergunta, quebrando o silêncio estabelecido desde que ficaram sozinhas.

— Acho que assim que você chegou. Mary me avisou que você estava aqui. — Mills assente. — Agora, pode me dizer o que aconteceu? — Aponta para o braço imobilizado e a mão enfaixada da namorada.

— Não foi nada demais. — Responde simplesmente, não querendo dizer que teve um acesso de raiva. Estava envergonhada. Há muito isso não lhe acontecia. Ao desviar o olhar do de Emma, percebe sua mão machucada também. — O que aconteceu com a sua mão?

— Não foi nada. — Esconde a mão atrás do corpo e se aproxima da cama. — Regina, não fuja da minha pergunta. Está bem claro que isso aqui não foi nada. — Toca delicadamente a mão enfaixada e depois o braço imobilizado.

— Como eu disse para Mary, eu me desiquilibrei e caí por cima do braço. — Conta, preferindo esconder o que aconteceu com a mão. Embora tenha ciência de que Regina não está lhe contando tudo, Emma assente, desistindo de insistir no assunto. — Sua vez. — Pede, tocando delicadamente na mão machucada da namorada, torcendo para que não tenha sido o mesmo motivo que o seu.

― Quando eu fui pegar um táxi, tinha uma passageira dentro, mas ela já estava para sair. Após pagar o motorista, eu entrei no veículo e ela, toda solícita, foi fechar a porta para mim e bem... ― Interrompe a história e faz uma careta. Entendendo o que tinha acontecido, Regina lhe imita.

— Emma, nós precisamos conversar... ― A fotógrafa fala, em um tom extremamente sério.

— Em casa nós conversamos sobre qualquer coisa. ― Beija a testa da namorada. ― Agora eu vou atrás do médico para te liberar.

Emma sai do quarto para ir atrás do médico e o encontra assim que sai no corredor. Ele conversa um pouco com as duas, medica Regina e assina sua alta.

•§•

Devido ao remédio para dor que Regina tomou no hospital, acabou pegando no sono no meio do caminho e teve que ser carregada por Emma até o apartamento. Porém, antes que chegasse ao quarto, a morena acabou acordando.

Enquanto Emma preparava algo para comerem, Mills foi tomar um banho. Ou melhor, tentar tomar. O braço que machucou foi justamente o direito e ela estava tendo muita dificuldade para usar o esquerdo. Cogitou a possibilidade de chamar Swan para lhe ajudar, mas como o clima não estava muito legal entre as duas, acabou desistindo da ideia.

Depois de incríveis 40 minutos, Regina conseguiu finalizar seu banho e sair do banheiro, colocou uma roupa leve e foi para a sala, ao encontro de Emma.

— Você demorou tanto que o café esfriou. — Oferece a xícara à morena assim que ela se senta ao seu lado.

— Estava com problemas. — Diz sem graça, levantando o braço imobilizado.

— Deveria ter me chamado para ajudar.

― Na próxima eu chamo. ― Dá um sorrisinho.

E então ficam em silêncio. Regina dá um grande gole em seu café, mesmo este estando frio, ela amava demais a bebida para desperdiça-la porque esfriou e remexe-se em seu lugar, buscando conforto, mas também preparação para iniciar o assunto.

— Robin foi até mim para me pedir uma ajuda profissional. — Começa em um tom baixo, sem olhar para a namorada, que também não lhe olhava. ― Como você sabe, ele está iniciando nessa vida de modelo e bem, eu conheço muitas pessoas que podem ajuda-lo e ele sabe disso. Por isso, foi até mim para pedir contanto com alguém. ― Toma o último gole do café e se senta de lado. — Emma... — Toca o queixo de Swan com a mão boa e o vira delicadamente em sua direção. — Independente do que Robin queira com essa aproximação, eu não quero nada com ele. — Fala extremamente séria, olhando fundo nos verdes. — Você acha mesmo que eu trocaria você, que só me faz bem, me faz feliz e me ama, por um homem que me fez sofrer tanto no passado? Um homem que estava flertando comigo e foi para cama com outra, quebrando todas as esperanças de um possível retorno entre nós? Que viveu mentindo para mim? Que me fez ficar mal? Que me fez ficar doente? Que me magoou mais do que amou, do que me fez feliz? — Mesmo que as perguntas tenham sido retóricas, a loira balança a cabeça negativamente. Os castanhos marejados fazem seus verdes ficarem também. — Eu sei o que você está sentindo, entendo sua insegurança. Infelizmente, eu já passei por isso. ― Diz com pesar. ― Mas tem uma diferença... Com Robin eu tinha muitos motivos para ficar assim como você está agora, ele me dava esses motivos... Mas conosco é diferente. Eu não dou motivos para você ficar assim, dou?

— Não! — Rebate rapidamente, sem pensar duas vezes. Definitivamente, Regina não lhe dava motivos para ficar com medo, para se sentir insegura. Tudo que estava sentindo desde o dia da boate, sentia apenas por causa da presença tão próxima do homem. — Mas, mesmo assim, é inevitável. Eu sinto muito. ― Murmura em um tom envergonhado, abaixando a cabeça.

— Não precisa ter medo de nada. Você não vai me perder... ― A fotógrafa garante, usando um tom firme. ― Se Robin quer algo a mais com essa aproximação, ele não vai ter. Eu não quero. E se eu não quero, nada vai acontecer. ― Arrasta-se para mais perto da namorada e puxa a cabeça de Emma em sua direção para que ela a encoste em seu pescoço. — Vamos nos acertar e ficar de bem? Eu não quero mais brigar com você por causa disso... Por favor? — Pede com carinho, acariciando como pode, o rosto da namorada.

— Perdão por tudo isso. ― Pede toda sem jeito. ― Eu também quero ficar de bem com você, quero esquecer essa briga, quero esquecer Robin, quero esquecer tudo e ficar apenas de bem com você.

― Tem mais uma coisa que eu preciso falar antes de finalizarmos esse assunto de vez. ― A morena anuncia, fazendo a modelo se afastar para lhe olhar. ― Antes de ele ir embora, eu pedi para que parasse de me procurar seja na empresa ou no telefone, exceto por motivos profissionais.

― Então...

― Sim! ― A fotógrafa confirma antes que a loira possa completar a pergunta. ― Sem mais Robin atrapalhando o nosso relacionamento, tirando nossa paz, causando intrigas... Sem mais Robin! ― Fala com animação. ― Assunto resolvido? ― Emma assente. ― Ótimo! Odeio brigar com você e não quero que isso aconteça mais, principalmente por esse motivo. ― Suspira pesadamente e balança a cabeça negativamente. ― Agora... ― Sussurra sensualmente, sentando-se no colo da namorada. ― Vamos esquecer medo, briga, Robin... E recuperar o tempo que você ficou em Paris. ― Sussurra no ouvido da loira, fazendo-a se arrepiar.

— Adorei a ideia. ― Sussurra de volta. ― Mas e o seu braço? ― Questiona preocupada.

― Não se preocupe! ― Retruca, beijando seu pescoço lentamente. ― Ainda tenho um braço e o corpo inteiro em perfeito estado. ― Fala com malícia, afastando-se um pouco e dando uma piscadela. Sorrindo, Emma a puxa para si e beija seus lábios com vontade, enfiando a mão em sua nuca e conduzindo o beijo. — Vamos para o quarto. ― Pede entre o beijo e logo Emma se levanta com a mulher no colo, que logo a agarra com as pernas, e segue para o quarto.

Entre carinhos, promessas e declarações de amor, as mulheres matam a saudade de se amarem até seus corpos não aguentarem mais e ambas pegarem no sono uma abraçada a outra. 



E não foi dessa vez que o abençoado acabou com o relacionamento do nosso casal e graças a Deus tudo se resolveu com uma conversa e ainda terminou da melhor forma possível, hum?

Espero que tenham curtido mais um capítulo e até o próximo! :)

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