Escolhas

By sidneymiills

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Dez anos morando em Manhattan, Regina Mills, uma fotógrafa de renome, numa noite divertida com seus amigos, c... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51

Capítulo 32

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By sidneymiills


Faltavam dez minutos para a meia-noite. Regina ainda não tinha parado o trabalho para ir descansar.

Estava entretida com uma planilha de patrimônio quando seu celular começou a tocar. Antes de ver quem era, sorriu. Já sabia que era sua Emma. Naquele horário, só podia ser ela.

— Oi, meu amor. — Atende animada. Nem parecia que estava cansada.

— Ei, infelizmente eu não poderei demorar muito, então só estou ligando para ouvir tua voz, dar boa noite e dizer que te amo. — Avisa com pesar e a animação de Regina morre no mesmo instante.

— Não acredito que a minha hora mais desejada do dia acabará em menos de dez minutos. — Diz, visivelmente chateada.

— Sinto muito, meu amor. — Um bipe soa do celular de Regina e a loira escuta. — Alguém está te ligando? — Quis saber, curiosa. Regina afasta o celular da orelha e confirma que estava recebendo uma ligação, porém de um número desconhecido.

— Sim, mas eu não sei quem é. — Dá de ombros, pouco se importando. — Amor, o David veio aqui para me convidar para uma festa na casa dele, no final de semana, tudo bem para você se eu for?

— Regina! ― Exclama em tom repreensivo e a morena fica confusa. ― É claro que você pode ir, meu amor. — Responde em tom de obviedade e Regina sorri, entendendo então o motivo da repreensão. — Eu sou sua namorada, não sua dona. Jamais vou te impedir de fazer qualquer coisa que queria ou de ir em qualquer lugar só porque eu não estou com você. Não acredito que você pensa que eu sou desse tipo. ― Fala em tom brincalhão e as duas sorriem. ― Além do mais, eu confio em você e sei que não faria nada que pudesse prejudicar nossa relação. — Acrescenta com sinceridade em um tom mais sério, deixando a namorada feliz. — Amor, agora eu vou precisar desligar. — Avisa tristemente e o sorriso da fotógrafa murcha no mesmo instante. — E você também precisa, já que a pessoa que te ligou ainda não desistiu. — Comenta, referindo-se ao bipe que voltou a soar no celular da morena.

— Tudo bem, meu amor. Bom trabalho.

— Para você também! Até amanhã! — As mulheres encerram a ligação ao mesmo tempo e quando Regina afasta o aparelho da orelha, fica encarando a tela. Não estava mais tocando, porém tinha duas chamadas perdias de um número que ela não conhecia. Espera por alguns segundos para ver se irá retornar e quando não acontece, deixa o celular em cima da mesa, porém antes que voltasse para o notebook, o celular vibra.

— Quem é? — Pergunta assim que atende, bastante curiosa para saber quem era o insistente.

— Ei, Regina. — Uma voz bastante grossa saúda com animação e Regina franze o cenho, não identificando o dono. — É o Robin. — Identifica-se, clareando a mente da morena.

― Ah! Oi Robin!

— Não conhece mais minha voz por telefone? — Indaga em um falso tom de decepção.

— Eu sei que naquela época sua voz já era bastante grossa e tudo mais, mas ainda assim, parece que ainda tinha o que mudar, não é? — Defende-se. A voz do homem estava muito diferente da última vez que a ouviu.

— É verdade. — Ele concorda sorrindo.

— Você e sua mania de ligar tarde da noite. — Finge irritação. — Espero que ao menos na parte da manhã o hábito de me tirar da cama tenha mudado. — Fala bem-humorada, causando risos no homem. Tanto na época em que namoravam, quanto quando eram apenas amigos, Robin tinha mania de ligar antes de oito da manhã, sempre lhe tirando de um sono gostoso.

Quanto a isso, não precisa se preocupar. Estou acordando depois das nove.Aliás... Só te liguei para que salvasse meu número mesmo, já está tarde e eu não quero te atrapalhar. Sem falar que também estou com sono.

Regina estranha seu motivo para a ligação, já que tinha pedido que ele deixasse seu número com Mary Margareth, mas não pensa em contestar.

— Pode deixar que farei isso.

Certo! Então, boa noite! — Regina escuta o seu bocejo e automaticamente boceja também. — Até mais, Regina.

— Até, Robin. — Despede-se e a ligação é encerrada. — Acho que vou dormir também. — Diz pensativa, deixando o celular de lado. Então olha pensativa para o notebook e decide realmente encerrar seu trabalho. Desliga o aparelho, levanta-se da cadeira e segue direto para o banheiro, toma um banho rápido, escova os dentes, veste um robe e se joga no sofá-cama para dormir.

•§•

Na sexta-feira, Regina confirmou sua presença na festa particular que David daria do sábado para o domingo, e no dia, saiu praticamente arrastada do escritório por Ruby e Tinker, pois só queria ir embora quando tudo estivesse feito, porém se isso fosse acontecer, ela não sairia de lá nem tão cedo.

Quando Mills chegou em casa, foi praticamente jogada dentro do banheiro, enquanto as meninas escolhiam uma roupa para ela usar. Quarenta minutos depois, Regina ficou pronta e as três finalmente saíram e seguiram para a mansão dos Nolan, onde os outros já as esperavam.

A festa, assim como da outra vez, durou até o amanhecer, com milhões de bebidas, comidas, música, danças, strip-tease, vômitos e até choros.

No começo, Regina se manteve tímida. Ao lado de Mary Margareth, secou duas garrafas de vinho. Contudo, no meio da madrugada, Regina não resistiu a Tequila e se juntou à Tinker e David para tomar uns shots. Quando já estava bastante alta, recebeu uma ligação de Robin. Sob protestos dos amigos e com a condição de atender no alto-falante, ela atendeu. Lancaster, que estava nitidamente com voz de sono, disse que foi um engano e pediu desculpas. Claro que não perdeu a oportunidade de querer conversar, porém perguntou apenas como ela estava e se tinha novidades e logo encerraram a ligação. Os amigos de Mills, ao notarem que ele realmente não fez nada demais e realmente falou sério quando disse que foi um engano, relaxaram um pouco e esqueceram o acontecido e a raiva que sentiram por Regina o ter atendido.

No dia seguinte, encerraram tudo e foram embora na parte da tarde, logo após o almoço, porém à noite, marcaram um encontro em um restaurante que um amigo de Nolan trabalha.

Na segunda-feira, o voo de Emma estava previsto para chegar em Nova Iorque apenas à noite, então Regina se organizou para adiantar o máximo que podia do seu trabalho, para que quando desse o horário, estivesse livre para ir buscar a namorada e aproveitarem a noite toda.

•§•

Regina tinha acabado de chegar na área de desembarque quando avista Emma, já vindo em sua direção. Ela tinha se atrasado um pouquinho para chegar por causa do trânsito.

Com passos rápidos, ela alcança a modelo e a abraça apertado. Emma solta suas malas no chão de qualquer jeito e a corresponde.

— Meu amor! Que saudade... — Sussurra com a voz embargada. — Se eu pudesse não te soltava mais. — Acrescenta brincalhona, mas no fundo, estava dizendo a verdade.

— Eu também, meu amor. Eu também. — Emma sussurra de volta, beijando-lhe a cabeça.

Quando elas se afastam do contato, as lágrimas de saudade rolam pelo rosto de ambas. Swan se apressa em passar o polegar delicadamente para enxugar as de Regina e a morena faz o mesmo.

— Isso tudo porque foram duas semanas. Imagina quando tiver que ser mais? — Emma relembra, já sentindo o peso no peito.

— Não me lembre desta possibilidade. — Puxa-a para perto e beija seus lábios carinhosamente, enquanto seus dedos acariciam suas bochechas. ― Como foi a viagem?

— No restaurante a gente conversa sobre todos os detalhes. Eu estou morrendo de fome. ― Regina assente sorrindo e se abaixa para pegar uma das malas da loira.

Em seguida, elas saem às pressas do aeroporto em rumo ao Del Posto na Rua 85.

•§•

O momento no restaurante foi extremamente agradável. Não pararam um segundo de falar. Swan contou detalhes de seus dias, mostrou fotos que tirou dos lugares que foi não só por causa do trabalho, mas a passeio, mostrou as lembranças que trouxe para os amigos, presenteou Regina com um lindo vestido de uma coleção que ela desfilou e contou o quanto ainda era complicado andar pela capital francesa e falar o idioma, mesmo já tendo ido diversas vezes.

Após terminarem a sobremesa que foi por conta da casa e tinha sido oferecida pelo chefe, elas pagaram a conta e foram embora. O próximo destino era o apartamento de Regina.

— A próxima vez que eu precisar ir, você vai comigo nem que seja amarrada. — Swan diz entre risadas. Ainda estavam no carro de Mills.

— Amor, você sabe que eu não posso sair assim. — Rebate manhosa, tirando uma mão do volante e levando até a coxa da loira, que se arrepiou com o toque.

— Claro que pode. — Rebate em um falso tom de indignação, cruzando os braços na altura dos seios. — Regina, você é a dona daquele lugar. Manda e desmanda lá dentro e pode faltar quando quiser. ― Argumenta, querendo provar o seu ponto.

— Eu sei, meu amor, mas eu tenho que dar exemplo, você sabe disso. — Emma revira os olhos, fingindo ter ficado irritada e segura-se para não rir. Embora falasse essas coisas, ela tinha ciência de que Regina estava certa. Esse era um dos maiores motivos que a fazia admirar ainda mais profissionalmente. — Não faz essa cara, amor. — Mills pede, fazendo biquinho. — Você fica fofa. — Ela sobe a mão até a bochecha direita da loira e a aperta.

Entre conversas e altas gargalhadas, as duas chegaram ao destino. Quando entraram no apartamento, Regina nem espero Emma soltar as malas no chão. Assim que ela fechou a porta, jogou-se em seus braços e a beijou com vontade, querendo matar toda a saudade que tinha.

— Hmm. — Regina geme, descendo os lábios pelo pescoço de Emma. — Como eu estava com saudade disso também. — Sussurra em seu ouvido e dá uma mordidinha na cartilagem, fazendo a loira estremecer dos pés à cabeça.

De repente, o celular de Regina começa a tocar e interrompe o gostoso momento entre as duas. A contragosto, ela se solta da namorada e pega o aparelho para atender.

Era Ruby e Killian querendo saber se Emma tinha chegado bem de viagem. Após falar rapidamente com eles, passou o telefone para Swan e seguiu para o banheiro, para ir tomar um banho enquanto eles conversavam.

― Emma, conversa com a Regina sobre o ex dela. — O sangue da loira gela e seu coração bate acelerado ao ouvir o pedido de Ruby.

― Por que, Ruby? — Questiona hesitante, com medo de ouvir a resposta.

― Ele tem cercando muito ela, mesmo dizendo que é só amizade. Não acho que você deveria confiar nele ficando tão perto da Regina. — Sua voz demonstrava toda a preocupação que estava sentindo.

― O que ele tem feito em minha ausência? — Sua voz sai tremida por causa do nervosismo.

― Primeiro ele foi na Mills. — Killian quem responde. — E quando estávamos lá na festa do David, de madrugada, ele ligou para ela. — Sua voz demonstrava o quanto achava um absurdo Regina ter recebido uma ligação do homem no meio da madrugada. — Ele disse que foi engano, mas, sei lá, mesmo que tenha sido, não importa.

― Eu vou conversar com a Regina sobre isso, pode deixar. — Levanta-se do sofá e segue até o quarto de Regina. Não ouvindo mais o barulho do chuveiro, resolveu encerrar a conversa. — Pessoal... Obrigada por terem ligado para saber como eu estava e por me falar sobre isso.

Só queremos o bem e a felicidade do nosso casal favorito. — Ruby responde, fazendo a loira abrir um sorriso.

― Fico feliz em ouvir isso. Bem, agora eu preciso desligar... Até mais. — Assim que os dois se despedem também, ela encerra a ligação e se senta na cama, esperando a morena sair do banheiro. Segundos depois, ela abre a porta. ― Então quer dizer que você me pergunta se pode ir numa festa, mas não me diz nada que recebeu seu ex em seu escritório e anda recebendo ligações dele? — É direta. Na porta do banheiro Regina estava, na porta do banheiro Regina ficou. — Ah, e de madrugada. — Acrescenta com sarcasmo. — Eu nem sabia que ele tinha seu número... Quando foi que essa troca ocorreu? — Regina caminha até a cama, mas Emma se levanta e se senta na poltrona.

― Primeiro... Como você sabe disso? — Pergunta por perguntar, porque já tinha uma ideia de como. Ao ver Emma levantar o aparelho celular em mãos, ela confirma o que já sabia. ― Robin apareceu apenas uma vez no escritório e nesse dia ele pegou meu número, a meu pedido, com Mary. — Começa explicar calmamente. — No mesmo dia ele me ligou para que eu salvasse o dele, apesar de eu ter pedido para que deixasse com Mary também, e no sábado, na festa do David, ele me ligou enganado. Até coloquei no alto-falante para que todos ouvissem o que foi dito.

Emma fecha os olhos e se esforça para não chorar.

Por que essa merda tem que existir? Questiona-se, referindo-se a insegurança.

Só serve para tirar a paz da pessoa...

Por que esse homem tinha que aparecer? O que ele estava pensando, quando achou que depois de 10 anos ainda iria conseguir algo com alguém que fez tão mal?

Pensando que o assunto tinha acabado, Regina se levanta da cama e se senta no colo da namorada, que no mesmo segundo abre os olhos.

― Você não iria me contar? — Swan pergunta em um tom claramente decepcionado.

― Eu estava tão feliz com a sua chegada que nem estava lembrada disso. ― É sincera. Sua mente esteve tão ocupada com trabalho e com a informação de que logo Emma estaria em solo americano de novo, que nem sequer lembrava de Robin. ― Sinto muito ter esquecido e deixado você saber por terceiros. ― Tenta acariciar o rosto da namorada, mas delicadamente ela desvia de seu toque.

― Por que ele foi atrás de você? O que ele queria? ― Pergunta em um tom baixo.

― Além de querer saber como eu estava, foi me dá a notícia de que vai começar a trabalhar como modelo fotográfico. Além disso, também fez um convite a mim e...

― O que? — Interrompe-a, incrédula com o que ouvia. — Não acredito que ele teve essa audácia.

― Ele convidou a mim e a você para comemorarmos seu novo trabalho. ― Regina completa.

― É claro que ele me convidou também. Não seria besta de não fazer... ― Comenta em um tom amargo.

Querendo acabar com aquela pequena discussão que estava acabando com a noite delas, que deveria ser apenas para matar a saudade por terem passado tantos dias longe, Regina abraça a namorada.

― Vamos esquecer isso, esquecer Robin... ― Sussurra, beijando a bochecha da loira.

― Perdão por estragar nossa noite... — Fala bem baixinho. Regina só ouviu porque estava perto o bastante.

― Tudo bem, meu amor. ― Ela se afasta um pouco e olha para a modelo. ― Você não estragou a noite toda... Só uma parte dela. — Levanta-se de seu colo e a puxa pelo braço para que se levante também. — Mas ainda dá tempo de recuperar o tempo perdido na discussão. — Dá uma piscadela e tenta beija-la, porém, delicadamente, Emma vira o rosto, fazendo-a beijar sua bochecha.

― Desculpa, eu perdi o clima para qualquer coisa. — Afasta-se da namorada e segue para a saída do quarto. — Vou tomar um banho e descansar.

― Tudo bem! — Sorri forçadamente. Quando a modelo sai do quarto, Regina se joga na cama. — Droga! — Sussurra. Então lágrimas começam a descer por suas bochechas.

Segundos depois, silenciosamente, Emma reaparece na porta. Com os olhos marejados, ela observa sua amada deitada de costas para si. Sabia perfeitamente bem, por causa da movimentação do corpo, que ela estava chorando. 



E o nosso casal tem a primeira briga, de muitas ainda :(

Deixa eu só explicar para vocês que o problema da Emma com essa aproximação do Robin não é por não confiar na Regina e acreditar que ela possa trai-la. Deixo bem claro que a Emma confia na Regina. Já até foi dito em outros capítulos. O problema da Emma é medo. Medo de que Regina volte a se interessar pelo antigo amor, que como todos sabem, apesar de tudo que Robin fez, a Regina o amou muito. É medo da Regina querer terminar com ela para voltar a ficar com Robin.

É isto!

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