Escolhas

By sidneymiills

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Dez anos morando em Manhattan, Regina Mills, uma fotógrafa de renome, numa noite divertida com seus amigos, c... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51

Capítulo 28

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By sidneymiills


Desde que Emma e Regina voltaram para a mesa com os amigos, as coisas não têm sido as mesmas. Não para a modelo que não conseguia tirar da cabeça a informação de que o ex namorado da sua namorada apareceu e que os dois estavam conversando tranquilamente, como se fossem velhos amigos, e isso tirou toda a sua animação para continuar ali. Sempre que podia, a loira olhava ao redor para ver se via o homem por ali, perto delas.

O maior questionamento que se passava em sua cabeça era o que eles conversavam.

Mesmo que a morena tenha dito sem hesitar que ela não devia se preocupar com ele, Swan não conseguia se agarrar a isso, não conseguia ficar tranquila, afastar a preocupação e o medo, ainda mais porque ela não sabia como a história dos dois tinha acabado e para quem teve uma grande decepção amorosa, Regina estava muito bem na frente de quem lhe causou isso.

Para evitar um novo encontro entre Regina e o tal do Robin, Emma não deixou que a morena fosse mais ao bar para pegar bebidas nas vezes seguinte, apressando-se em jogar a vez de ir ao bar para cima de Ruby, Tinker e Killian, alegando que as duas já tinham ido e era a vez deles porque também precisavam ir.

As bebidas acabaram mais uma vez, mas dessa vez não tinha Tinker, Killian ou Ruby para jogar a vez de ir no bar. Já fazia algum tempo que eles tinham ido dá mais uma volta pela boate e não tinham voltado ainda. Uma das duas precisava ir se quisesse continuar bebendo e Emma nem pensou duas vezes em se levantar e se oferecer para ir.

Assim que a modelo chegou ao bar, procurou ser o mais breve possível e não perder muito tempo. Não queria deixar sua morena sozinha por tanto tempo. Não tinha encontrado o seu ex-namorado pelo bar e nem pelo caminho e temia que ele quisesse aproveitar que ela estava sozinha na mesa para ir até lá.

Talvez ele tenha ido embora. Afinal de contas, já faz um tempo que eles conversaram. Foi o que pensou por não ter visto-o por ali.

Ou não. Sua mente alertou novamente.

Obviamente ela preferia ficar com a primeira opção.

Após seis minutos contados, Emma foi atendida, pediu mais cinco garrafas de Bud light, esperou cerca de trintas segundos até o barman trazer e rapidamente tomou seu caminho de volta.

Com passos apressados, Emma atravessou a multidão dançante na pista que cobriu completamente a passagem e a visão do bar até a mesa em que estava e então enxergou algo que só fez sua insegurança aumentar ainda mais, como se a quantidade que estava sentindo já não fosse o suficiente ao menos para a noite.

Robin estava sentado exatamente em seu lugar, conversando com Regina. Os dois sorriam um para o outro e ele apertava a mão dela.

Swan tratou de apressar os passos para chegar mais rápido e acabar logo com aquilo, porém antes que conseguisse alcança-los, o homem se levantou, despediu-se de Mills, com apenas um aceno de cabeça, para a sua satisfação, e foi embora logo em seguida.

A modelo chegou à mesa com o coração acelerado e uma vontade enorme de colocar sua insegurança para fora em forma de lágrimas. Queria comentar que viu os dois juntos e perguntar o que conversavam, mas não queria parecer tão insegura, ciumenta ou quem sabe até possessiva, algo que ela não era, e também não queria que Regina pensasse que ela não confia nela.

Emma confiava em Regina. Confiava de olhos fechados, até. Ela não confiava era no sujeito que apareceu de repente, depois de tanto tempo e não sabia quais os seus interesses, embora suspeitasse.

― Ei, você voltou rápido. — A fotógrafa comenta assim que a namorada se senta ao seu lado e coloca as cervejas em cima da mesa. — Não tinha muita gente?

Abalada pelo que viu há pouco, Emma não conseguiu verbalizar uma resposta. Se fizesse isso, era certo que começaria a chorar, e se tinha uma coisa que não estava em seus planos, era chorar ali, na frente de qualquer um, apenas por ter visto sua namorada falar com o ex namorado. Para não deixar sua morena no vácuo, ela apenas balançou a cabeça afirmativamente.

E mais uma vez Regina percebe a insegurança da namorada. Desde que voltaram para junto dos amigos na mesa, após o seu breve encontro com Robin, que Mills percebeu que Emma estava diferente. Estava mais calada, interagindo pouco, mais quieta e mais pensativa. A princípio, pensou até que fosse por causa de cansaço, só depois se tocou que tinha a ver com sua conversa com Robin. Dessa vez, imagina que a modelo deva ter visto sua breve conversa com Lancaster e, provavelmente, algumas besteiras devem ter passado por sua cabeça, das quais Regina gostaria muito de saber.

Pensando em distrai-la para ver se ela afastava o que quer que fosse de sua mente, resolve chama-la para dançar. Quando chegassem em casa, teriam uma conversa sobre o assunto e tentaria acalmá-la.

― Vem! — A fotógrafa chama, já se levantando e estendendo a mão. — Vamos dançar. — Sem pensar duas vezes, Emma pega em sua mão e aceita o pedido.

As duas tomam um grande gole em suas cervejas e seguem para a pista de dança, tão amontoada de gente. Afoita e animada com a música que tocava, Regina puxa Emma bem para o meio, onde era quase impossível transitar. Ela não queria ficar um centímetro afastada do corpo da namorada.

Regina agarra-se a sua loira e logo as duas começam a se balançar no ritmo um pouco agitado da música.

— Não fica assim. — Regina sussurra no ouvido da loira e beija sua bochecha carinhosamente. Swan apenas sorri e a aperta em seus braços, como se estivesse impedindo-a de ir para longe. Ela não queria falar nada. Além do medo de colocar sua insegurança para fora e acabar não só com o momento, mas também com a noite, se abrisse a boca, sua insegurança poderia sair de outra forma também, além das palavras. Sem falar que ali não era o local ideal para terem uma conversa sobre o assunto. ― Eu entendo o seu lado, infelizmente já passei muito por isso. Sei bem como está se sentindo e isso é horrível. ― Acrescenta em tom de lamento. ― Perdão por te fazer passar por isso. — Pede sinceramente, afastando-se um pouco para poder olhar em seus olhos.

Em vez de lhe responder, Emma une seus lábios em um beijo, a princípio calmo, cheio de carinho, de amor, de paixão e um pouco de medo. Sim, medo. Ela estava com medo do que a aparição desse homem poderia significar. Mas o contato logo se torna quente e urgente e Mills se vê obrigada a interrompe-lo. Ela já estava ficando excitada com Emma chupando sua língua e explorando cada cantinho de sua boca.

― Nós ainda não estamos em casa... ― Regina diz bem-humorada, sorrindo, mas Emma não lhe acompanha, mantendo sua expressão séria e tensa. ― Ei, o que foi? ― Questiona preocupada.

― Não é nada... ― Tenta apoiar o queixo no ombro da morena, mas Regina não permite, logo afastando-a para ver o seu rosto.

― Emma! ― Insiste em um tom mais sério.

― É só que... ― Ela respira fundo, tentando afastar a vontade de chorar. ― Eu estou com uma sensação de que tenho que aproveitar todo segundo ao seu lado porque pode ser o último. ― Desabafa, sentindo seus olhos marejarem.

― Isso não vai acontecer. ― Garante, abraçando-a forte. ― A menos que, ao sair daqui, nós morremos, isso não vai acontecer. ― Acrescenta em um tom firme, afastando-se e olhando fundo nos verdes brilhantes. Mesmo com a pouca iluminação do local, era possível ver que eles estavam marejados. ― Você entendeu? ― Emma balança a cabeça afirmativamente e a fotógrafa beija seus lábios demoradamente. ― Eu não vou dirigindo para casa, então temos uma possibilidade a menos de morrer nos próximos minutos. ― Diz brincalhona e causa um sorriso na loira. ― É isso que eu quero ver em seu rosto. ― Acaricia delicadamente com os polegares, os lábios de Swan, que ainda sorriam. ― Vamos para casa? ― Emma assente. Regina se solta de seu corpo e a puxa para fora da multidão. — Eu irei avisar aos meninos. — Avisa, apontando na direção da mesa. — Se eu os encontrar. ― Acrescenta em um tom cansado, já imaginando que será uma tarefa difícil.

― Tudo bem, eu irei ao banheiro e te esperarei lá fora. — Mills assente e cada uma segue para uma direção.

•§•

Já no apartamento de Mills, enquanto a mesma tomava um bom banho relaxante, Emma estava na cozinha, preparando um lanche, mas apenas para a namorada. Ela não estava com fome.

No caminho de volta, entreteve-se em uma conversa sobre músicas com Regina e o taxista e até que conseguiu se distrair um pouco e esquecer Robin por alguns minutos. Mas agora, estando sozinha e em silêncio, sem nada e nem ninguém para ocupar a sua mente, os pensamentos sobre ele voltaram a lhe atormentar.

O que será que sua namorada e o ex conversavam?

Aquele seria o primeiro encontro?

Há quanto tempo ele estava em Nova Iorque? Regina nunca falou para ela, desde que se conheceram, sobre algum dia ter esbarrado com ele na rua. Se tivesse acontecido ela teria dito, certo?

Se na Cielo foi o primeiro encontro dos dois, o que será que ele queria com essa reaproximação depois de tanto tempo?

Será que ainda é apaixonado por Regina e quer reconquistá-la?

E se ela ainda gostar dele e nunca o esqueceu completamente?

Eram tantos ''e se'' juntos de tantos ''será que'' que se passavam na mente da loira, que sua cabeça já começava a dar sinais de que iria incomodar.

Ela queria tanto fazer as perguntas para a sua namorada, queria tanto saber o que tinha acontecido entre os dois no passado, queria tanto acabar com todos esses "e se" e "será que", mas não queria abrir a boca para fazer tais perguntas. Temia passar uma imagem errada para a namorada e ela pensasse errado dela. Também temia que Regina acabasse se arrependendo de terem começado a namorar.

Swan estava tão perdida em pensamentos que nem percebeu que sua amada já havia saído do banheiro e tinha indo ao seu encontro na cozinha. Só se deu conta de sua presença quando a mesma a abraçou por trás e beijou o seu pescoço carinhosamente, fazendo-a se arrepiar e tomar um pequeno susto.

― Adoro os seus sanduíches. — A empresária sussurra em seu ouvido e ela sorri em resposta. — É uma delícia. — Beija sua bochecha e se afasta.

― Obrigada. — Virou a cabeça para trás e deu uma piscadela acompanhada de um sorriso para a outra. — Eu sei que sou boa. — Gaba-se, fazendo a morena sorrir. Então, solta um beijo no ar para Mills e volta sua atenção para o que fazia.

A pequena interação acabou por trazer uma tranquilidade para o seu interior, e com isso o seu estômago acabou roncando. Então, resolveu fazer um sanduiche para si também.

Regina permanece observando a loira fazer seus lanches, e assim que Emma termina, elas seguem juntas para a sala. A modelo liga a TV assim que se acomodam no sofá e, em silêncio, enquanto assistam o filme que passava, elas fazem a pequena refeição.

Alguns minutos depois, Regina foi a primeira terminar. Ela esperou a namorada terminar também e levou os pratos para a cozinha. Arrumou a pia rapidamente, não tinha muita louça suja, e logo retornou para a sala, encontrando Swan bem concentrada no filme que passava. Ela bem que gostaria de continuar acompanhando o Franco Atirador ao lado da amada, que parecia muito interessada, mas elas precisavam conversar e aquele era o momento.

― Emma, eu quero conversar com você. — Anuncia, sentando-se mais próxima da modelo, que rapidamente alcança o controle e desliga a TV, e vira-se para a namorada, ficando com uma perna em cima do estofado e a outra no chão, para poder ouvi-la falar.

Swan não responde nada, esperando que ela continue, e as duas ficam apenas se olhando intensamente.

Emma já sabia do que se tratava, e por isso, toda a tranquilidade que tinha se instalada há poucos minutos em seu ser, quando ainda estava na cozinha, vai embora para dar lugar ao medo, nervosismo, preocupação, insegurança e todo tipo de sentimento ruim que sentiu desde que descobriu a identidade do homem que havia derrubado a cerveja.

— Desde que você me viu com o Robin, percebi que mudou. — Mills começa, quebrando o silêncio que havia se instalado. — Percebi que ficou mais tensa, mais calada, mais pensativa... — Procura sua mão e a segura com força. — Como eu disse mais cedo: eu sei como você se sente. Se fosse o contrário, acredito que ficaria do mesmo jeito.

Regina espera que ela diga alguma coisa, mas Emma prefere permanecer calada, esperando que ela diga tudo que tem para dizer.

― Chegou a hora de eu te contar a minha história com Robin. ― Anuncia, pegando a loira de surpresa. Ela não esperava que Mills fosse fazer isso agora. Acreditava que iam conversar apenas sobre a aparição do ex e as conversas que tiveram.

— Não precisa contar se não quiser. ― Ela aperta sua mão. ― Não quero te obrigar a fazer o que te deixa desconfortável. ― Fala preocupada e Regina sorri, balançando a cabeça negativamente.

— Não se preocupe... ― Ela beija sua mão carinhosamente. ― Eu quero contar. — Levanta a perna da loira e se arrasta para mais perto, apoiando-a em cima das suas. — Já está na hora de você entender por qual motivo eu vim para cá há dez anos.



Espero que tenham curtido mais um capítulo e até o próximo!

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