Teenage Bounty Hunters 2 (Ste...

By 307Bitanic

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Numa noite em que tudo deu errado, as irmãs Blair e Sterling tiveram de aprender a lidar com os diversos conf... More

Sterling, você é minha filha
Será que elas irão nos odiar para sempre?
Eu te amo
A verdade
Alex?
Como você soube?
Querida eu do passado
Se eu pudesse
Amiga da Sterling?
Relacionamento Cristão
E o que ela disse?
Ciúmes
Alicia Farwell
Isso sim que é diversão!
As anotações
Mal posso esperar
Padawan
Cúmplices
O encontro (parte 1)
O encontro (parte 2)
Sterling?
Volte agora!
Desculpa
Os preparativos
Sábado
Hartleben
Margaret
Domingo
Vamos?
Fique
Confia em mim
Será que ele é confiável?
O almoço
Caça ao tesouro
Aquela droga de livro da Blair
Um mês
Nossa única chance
Srta. Bela Adormecida
Precisamos conversar
Você me beijou!
A novata
Longa história
Carreira solo
Consulta
Alohomora
Somos Caçadoras de Recompensas
E o Uber?
Viva os honorários!
Casa na árvore
As gravações
As cartas de Margaret
É muito arriscado
A perseguição
A embarcação
Cassiopeia
Cem dólares
Tentando se manter viva
Acidente
Anderson
Um erro
Xeque-mate
Eureka!
Meisner
Harvey-Johan
Não posso te prometer
Bodas de papel
O presente de April
Slow Burn
Edifício Playcenton
Fim de Jogo - Parte 2
Acabou

Fim de jogo - Parte 1

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By 307Bitanic

       A palestra aconteceria em um auditório pequeno e muito sofisticado, e este admitia o formato de uma ferradura, num semicírculo. As cadeiras pareciam as de um Teatro luxuoso, com o acolchoado na cor vermelha e os braços feitos em madeira. A estrutura tinha um desnível proposital, para que quem estivesse mais distante do palco pudesse assistir de um ponto mais alto. E para separar os três grupos de cem assentos, havia dois longos corredores entre eles.

        Alex e Blair sentaram no grupo central, na fileira do meio. Quando chegaram, os lugares ainda estavam aos poucos sendo preenchidos. Os olhos dos dois varreram com discrição, mas fome, o ambiente a procura do alvo e demoraram bastante tempo para finalmente fisgar a presa: John estava sentado quase defronte ao palco, na segunda fileira, e conversava animadamente com um homem rechonchudo e muito bem vestido sentado ao seu lado direito, e com um outro dos cabelos grisalhos e porte mais atlético, igualmente bem apresentado, sentado no banco da frente.

       Os cabelos longos de John se mantiveram, tal qual os óculos de grau falsos, mas o Stevens estava sem barba. O rosto liso. Foi a única coisa que tinha sido alterada da descrição que Blair tinha antes em mãos, mas não foi difícil para ela perceber que era ele logo que o encontrou, porque aquela porra de fisionomia aparentemente simpática poderia ser facilmente reconhecida de qualquer lugar. Cada traço. As roupas dele, porém, eram bastante simples se comparadas às dos outros, talvez para fazer jus ao personagem que ele criou de homem simples e longe do glamour. O terno cinza não era moderno. Mas ele estava bem ali, junto a homens que não eram pouca coisa, além de estar em um evento caro e requintado. Não era difícil para ninguém deduzir que ele também era um alguém endinheirado.

        A palestra teve início algum tempo mais tarde. O auditório estava praticamente lotado. O público mantinha o ar requintado no ar e um ou outro fazia perguntas tão sábias e bem estruturadas aos palestrantes que Blair ficou impressionada. Mas sua atenção não estava toda voltada aos palestrantes como a de Alex, não tinha como, ela estava próxima demais do alvo que perseguiu por anos para conseguir se concentrar em qualquer coisa, especialmente um assunto do qual não dominava coisa alguma! Seus olhos se fixaram nele como um animal fisgando a presa; acompanhou os movimentos sutis; observou o corpo dele se inclinar um pouco para o lado para cochichar algo com o senhor rechonchudo. E a sua mente trabalhava a todo vapor pensando e pensando e pensando. Pensando em como se aproximaria. Pensando em como o atrairia. Pensando em como... O mataria.

         Decisões, decisões, decisões...

         Ela esteve tão mergulhada em si mesma e nos problemas que estava prestes a enfrentar que nem percebeu que já tinham se passado mais de duas horas e que a palestra estava no fim. Roger e Lena Hasparg agradeceram a presença de todos e se despediram, logo depois de serem aplaudidos calorosamente. Blair suspirou pesadamente.

        À medida que as pessoas deixavam o ambiente aos poucos para irem ao Salão Principal para a confraternização, iam conversando uns com os outros sobre aleatoriedades, riam ou comentavam sobre o conteúdo apresentado. O processo de evacuação foi demorado devido a isso. Alex e Blair esperaram, esperaram justamente para seguirem John. Entretanto, ele não acompanhou o bando. Quando os dois deram por si, ele tinha desaparecido por algum lugar em meio aquela multidão toda. Provavelmente saiu por alguma passagem especial para aqueles que eram especiais, porque nem ele nem os seus companheiros estavam à vista. Com certeza saíram junto aos palestrantes.

— Merda! — Blair praguejou, irritadiça.

        Alex e ela seguiram em fluxo contrário. Enquanto o público subia, eles desciam em direção ao palco a fim de descobrirem a saída a partir daquele ponto. Acharam, até, mas não conseguiram chegar lá. Na verdade, nem tentaram, visto que ficava atrás do palco e havia dois seguranças vigiando o local. Certamente era um acesso restrito.

          Enquanto Blair resmungava alguns xingamentos baixinho mais para si que para qualquer um, Alex pensava. Ele vagueou o olhar em tudo em volta mais de uma vez, a fim de encontrar uma segunda alternativa. Pensou. E pensou. Foi quando ele entendeu que, sim, havia um outro jeito de entrar onde John entrou, mas seria do lado de fora, no lugar em que aconteceria os comes e bebes. Isto é, em algum lugar do Salão Principal.

— Vamos lá para fora. — ele a convidou sem lhe dar muitas explicações. Blair iria argumentar contra, mas percebeu pela fisionomia concentrada e obstinada dele que alguma ideia mirabolante passava por sua cabeça.   

         Então eles foram. Saíram para se misturar aos outros. Havia uma escadaria enorme feita em mármore que levava ao andar inferior, toda ornada com detalhes em dourado e belas esculturas esculpidas no fim de cada lado dos corrimãos.

         O salão era luxuoso demais! As paredes eram revestidas em painéis de madeira de carvalho nobre e havia um enorme lustre ao centro do enorme saguão para dar ainda mais brilho e sofisticação ao ambiente. Garçons passeavam de um lado a outro servindo champanhe e sorrisos largos; havia uma mesa gigantesca com muita comida boa e sobremesa; jazz tocava de fundo para harmonizar os ares; e o burburinho de conversas paralelas e risadas contidas podiam ser ouvidos. As pessoas se cumprimentavam com elegância e falavam com muita educação umas com as outras, mesmo aquelas que já se conheciam. Entretiam-se. Mas não era nada daquilo que entretinha Blair ou Alex.

        Depois que Alex contou à namorada o que tinha em mente, ela estudou o ambiente com cautela e interesse para entender como eles entrariam naquele acesso sem criar alarde ou levantar suspeitas. A oportunidade de fisgar John era lá dentro. Se ele saísse para a confraternização, dificilmente os dois conseguiriam encurrala-lo e dar um destino a ele sem que outras pessoas notassem a intenção. A ideia antes era atrai-lo de alguma forma para algum lugar deserto antes de colocarem em prática a cartada final, mas logo notaram que seria mais complicado do que pensavam. A alternativa, porém, seria conseguirem entrar naquele lugar reservado e terminarem o trabalho da melhor maneira possível lá mesmo. Se houvesse testemunhas, estas seriam mínimas, com certeza, visto que a maior concentração de pessoas estava ali no Salão. Sendo assim, os dois tecnicamente poderiam dar conta do recado.

        Blair prestou atenção nos guardas por um tempo, perscrutando-os com olhos de águia. Queria encontrar alguma falha. Algo que pudesse usar ao seu favor. Qualquer coisa. E encontrou. Obviamente encontrou. Sempre havia falhas. Em qualquer segurança, por mais segura que ela possa parecer, sempre haverá uma brecha. Basta apenas ser inteligente o bastante para aproveitá-las.

        Ela se deu conta de que eles não guardavam necessariamente as entradas. Suas presenças eram apenas simbólicas, eram estátuas, como se a intenção fosse afugentar e intimidar possíveis penetras com suas figuras imponentes. Eles sequer prestavam atenção em quem entrava ou quem saía do local. Provavelmente eles partiam do pressuposto de que apenas quem tinha a autorização de entrar era quem tinha a digital registrada ali, então não havia chance de qualquer outra pessoa, que não os autorizados, entrarem naquele lugar. Sim. Era sim uma boa linha de raciocínio, é claro, mas muito vulnerável nas mãos de trapaceiros e aproveitadores. E, bom, Blair se descobriu parte destes grupos naquele exato momento.

— Tive uma ideia. — ela sussurrou para Alex, que ergueu as sobrancelhas com surpresa e animação.

— Teve?

— Sim. — e havia um sorriso pequeno, mas maroto, em seus lábios.

       Quando ela fisgou a oportunidade perfeita, rapidamente enlaçou o seu braço ao de Alex e o conduziu em direção a um homem de um pouco mais de meia idade, pois tinha os cabelos parcialmente grisalhos e vestia um terno muito bonito. Mas ele não parecia ser o tipo de pessoa que apresentaria riscos aos vigaristas se fosse ludibriado. Blair decidiu, então, que não faria mal dar uma volta nele. Seria por uma boa causa, ela prometia.

        Quando ele estava longe o suficiente dos guardas e da entrada, ela o chamou com certa educação e cordialidade.

— Ei, senhor, com licença.

       Sabendo que ela falava diretamente consigo, o homem voltou-se a eles. Sua testa estava franzida em desentendimento e inquirição, mas se mostrou solícito. Gentil, esboçou um leve sorriso.

— Pois não?

— Poderia tirar uma foto nossa, por favor? — apontou para si e para o Alex. — Não conhecemos ninguém por aqui e ficamos com vergonha de pedir para outras pessoas. O senhor, porém, nos pareceu bastante agradável. — para gerar rapport, ela afagou um pouco o ego dele. — O senhor se importaria?

— Não, não. De maneira alguma. — abanou o ar com a mão e riu um pouco, aceitando o pedido quase imediatamente, sem nem mesmo pestanejar.

       Blair, portanto, o celular dentro da bolsa. Mas não era o seu celular habitual, e sim um que só usava ocasionalmente. E aquele momento era uma ocasião necessária. Com cuidado, porém discreta a fim de sua atitude não parecer suspeita, ela limpou rapidamente o visor com o lenço de bolso do Alex, fingindo que estava tirando alguma sujeira presa ali, e entregou o aparelho a ele, segurando pela lateral. Robert, este era o nome com o qual ele se apresentou.

— Ah! Se possível, poderia enquadrar o fundo e aquele lustre lindo ali também, por favor? Minha mãe vai adorar! — ela pediu, e seu tom de voz afável e ingênuo acompanhou a personagem, fazendo jus ao papel. Aquelas características não lhe eram nem um pouco familiar, mesmo assim convenceram.

        A verdade era que Blair pouco ligava para o fundo da foto ou para qualquer coisa a respeito. Que se danasse! O fez mesmo para dar mais credibilidade à história. Existia apenas uma coisa que ela queria naquele instante e Robert, sem querer, o faria.

— Sem problemas.

         Alex e Blair concederam alguns passos para trás e se posicionaram para a foto: ela o abraçou lateralmente, deixando o lado do vestido com a fenda exposta, e ele colocou a mão em sua cintura. Sorriram. O homem então apertou o botão na tela com o polegar direito para tirar a tal foto e, sem se dar conta, deixou a sua digital ali.

       Segundos depois, estendeu o celular a ela de volta.

— Prontinho.

         Blair, por conseguinte, pegou o aparelho da mão do homem do mesmo jeito que o entregou a ele: segurando pela lateral.

— Muito obrigada mesmo, Robert. — disse ela em agradecimento. Ele, em retribuição, sorriu sem mostrar os dentes e se foi, por fim.

         Se a ideia desse certo, ela mesma se beijaria.

        Checando superficialmente ao redor para ver se ninguém prestava atenção nos dois, Blair tirou da bolsa uma caixinha bem pequena de lâmina refrescante sabor menta. Não que o sabor fosse fazer alguma diferença, de qualquer maneira. Assim que analisou mais ou menos onde ficara registrada a digital de Robert na tela de seu celular, ela grudou em seu próprio polegar direito uma folhinha transparente desta bala que dissolve na boca e, com todo o cuidado, fixou este dedo exatamente no ponto onde o homem pôs o seu próprio dedo. Esperou por uns dez segundos para que a fixação fosse a mais precisa possível. Então retirou o polegar com a lâmina e torceu para que as digitais dele estivessem presas à pastilha.

        Alex tinha compreendido o porquê de tudo aquilo, mas não estava tão certo quanto à eficiência.

— Acha mesmo que pode dar certo? — utilizando um tom de voz baixo e receoso, ele questionou quando seguiram em frente.

— É um improviso, mas eu realmente espero que dê. — respondeu ela no mesmo tom.

        Dirigiram-se ao setor de identificação para entrarem no lugar. Tiveram de agir como se soubessem exatamente o que estavam fazendo, não dava para recuar. Se desse errado, estariam em saia justa, porque os guardas saberiam que eles estavam tentando entrar ali sem ter a digital confirmada. Mas Blair, mesmo muito insegura, acreditou em seu próprio plano. Se não ela, quem iria? Logo, com determinação, encaixou o polegar com a tal pastilha transparente na máquina que lia as digitais e, no intervalo de tempo em que o sistema processava a informação, ela rezou mentalmente com certo fervor. Por favor, dê certo. Por favor, Deus, faça com que dê certo. Sentiu o coração bater forte no processo. Mas demorou menos de dez segundos para que a máquina entregasse finalmente a sua resposta. Um silvo aliviado foi ouvido no mesmo instante quando Alex e Blair viram a luz verde se acender. Acesso Permitido. Os dois compartilharam um sorriso vitorioso.

— Confesso que estou realmente impressionado. — murmurou ele num elogio. Ela sorriu, gabando-se.

       Logo que Blair chupou discretamente o dedo com a pastilha, ela e Alex passaram pela roleta que vedava a entrada e, finalmente, entraram com estilo pela porta principal.











Meus amores, Fim de Jogo é o nosso último capítulo, mas como ele ficou tão grande, tive que dividi-lo em dois. Espero que vocês gostem. Brevemente eu volto para postar a última parte. ❤️
   

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