O CONDE QUE EU AMAVA

Autorstwa Raquelgomes_autora

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**ESSA HISTÓRIA VAI SAIR DO CATÁLOGO DIA 26/05/24** ** PÁGIO É CRIME** Mari Momo é apenas uma empregada de co... Więcej

O CONDE QUE EU AMAVA
APRESENTAÇÃO I
PRÓLOGO
CAPÍTULO 1
CAPÍTLO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 33
CAPÍTULO 34
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38
CAPÍTULO 39
CAPÍTULO 40
CAPÍTULO 41
CAPÍTULO 42
CAPÍTULO 43
CAPÍTULO 44
CAPÍTULO 45
CAPÍTULO 46
CAPÍTULO 47
CAPÍTULO 48
CAPÍTULO 49
CAPÍTULO 50
CAPÍTULO 51
CAPÍTULO 52
CAPÍTULO 53
CAPÍTULO 54
CAPÍTULO 55
CAPÍTULO 56
CAPÍTULO 57
CAPÍTULO 58
Capítulo 59
CAPÍTULO 60
CAPÍTULO 61
CAPÍTULO 62
CAPÍTULO 63
CAPÍTULO 64
CAPÍTULO 65
CAPÍTULO 66
CAPÍTULO 67
CAPÍTULO 68
CAPÍTULO 69
CAPÍTULO 70
CAPÍTULO 72
CAPÍTULO 73
CAPÍTULO 74
CAPÍTULO 75 - APRESENTAÇÕES II
CAPÍTULO 76
CAPÍTULO 77
CAPÍTULO 78
CAPÍTULO 79
CAPÍTULO 80
CAPÍTULO 81
CAPÍTULO 82
CAPÍTULO 83
CAPÍTULO 84
CAPÍTULO 85
EPÍLOGO
AVISO DE RETIRADA

CAPÍTULO 32

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Autorstwa Raquelgomes_autora


Entrei no meu quarto, desolada, não acredito que ele...

Não pensei que aquilo fosse me causar tamanho desespero, talvez por que no fundo eu sinta que existe algo. Quando o vi me olhar daquela forma, como se fosse beijar-me pareceu até que desmaiaria, quase como se estivesse prestes a sucumbir um desejo que eu nem sabia que existia, os lábios dele pareciam tão macios e tudo parecia ser perfeito para que o beijo fosse bom, era o mesmo olhar que Ren fazia para mim quando olhava para meus lábios. Me abracei.

Pensar nisso me causava dor, pois eu sabia que não era real. Eu não estava pronta para me sentir dolorida, não de novo! Aquilo que ele sentia não era amor, ou era? Talvez fosse apenas uma paixão, uma atração... E quanto a mim? Por que meu coração não para de bater rápido?! Céus... Andei de um lado para o outro pensando em como seria beijá-lo e meu corpo ficava quente apenas de imaginar, assim como um arrepio percorria toda minha espinha e entranhas... Não era amor, certo?

— Minha nossa! Por que você insiste a se atrair por homens que estão longe do seu alcance, Mari? — Tirei a peruca e baguncei meus cabelos andando de um lado para o outro. — Não é amor, talvez atração.... dessas que as mulheres geralmente tem e que duram até um beijo saciar a curiosidade, talvez seja como essa. — Resmungava para mim mesma. — Eu nunca beijei um homem, por isso todo esse rebuliço...

Me imaginei beijando-o e senti um calafrio percorrer a minha espinha. Levei a ponta dos dedos a minha boca enquanto tentava me convencer de que se tratava de algo passageiro e de que o tempo daria um jeito nisso. Assim que fosse embora, tudo se acabaria e esse sentimento revelaria que não era nada profundo...

Mas o que mais me preocupava era ele. Será que ele estava desenvolvendo sentimentos por mim? O coração dele estava tão forte... Me lembrei de Ren, quando ele me abraçava, eu sentia seu coração bater descontroladamente, mas isso nunca representou amor. De certa forma, lembrar disso me deixou menos aflita. Voltei a me recordar do que Ryan falou e me sentei na beira da cama. O que deveria fazer? Ele falava tão sério que seria impossível gostar de mim, como mudou de ideia assim tão rápido? Por que justo isso teria que acontecer quando eu desejava que fosse o inverso!

Eu estava tão certa que este plano estava perfeito com a afirmação dele, que nem apliquei esforços em fazê-lo odiar-me. Levei a mão ao peito, e agora imaginá-lo odiando-me me causava uma certa hesitação. Fechei os olhos com força e respirei fundo tentando controlar meus pensamentos.

— Que miserável sou... — resmunguei para mim mesma. Era quase como se tudo em minha vida já viesse destinada ao fracasso, com uma data de validade. Se eu tivesse morrido como minhas irmãs, nada disso teria acontecido.

Então uma ideia veio a minha mente. Talvez seja necessário que eu conte a verdade para que tudo volte a seu lugar. No entanto, antes de ter qualquer sentimento por ele, essa ideia me parecia até razoável, visto que meu único receio era ficar desempregada e arruinar com o nome da família Wamura e por tanto, o de Yuna e Ren, mas agora, eu não queria que Ryan e Núbia, nem mesmo Beatriz me vissem como a mentirosa que sou.

Jamais acreditariam em minhas boas intenções e seria até mesmo acusada de golpista quando, na realidade, tudo foi plano de Yuna. Fechei os olhos com força, não queria que Ryan me odiasse por esse motivo... Mesmo que no fundo eu sabia que era necessário.

No entanto, eu tentei acreditar que bastava seguir o curso natural das coisas que aquele sentimento logo se dissiparia, tanto de minha parte como da de Ryan. Me fiz acreditar que tudo o que ele sentia era uma atração aguda que passaria assim que eu parasse de resistir ao seu impulso de beijar-me. Assim que cedesse e ele realizasse sua vontade, logo esqueceria desse sentimento e partiria para outra conquista, assim como qualquer galanteador, tudo o que ele tem é orgulho ferido, certo? Sara o rejeitou e agora ele deseja conquistar-me, então assim que conseguir, deixará de sentir algo por mim...

Pensava isso, no entanto, pode ter sido um erro acreditar no que ouvia de outras mulheres e imaginar que Ryan era igual aos outros homens...

~∞~

Quanto mais se aproximava da suposta viagem, mais eu ficava nervosa, era como se aos poucos fosse me acostumando que meu tão sonhado primeiro beijo aconteceria nela e com um homem que não fosse Ren.

Não sei por que minha mente insistia em me levar a meu primeiro amor sempre que possível. Tínhamos muitas lembranças juntas, lembranças boas de se lembrar, não queria manchá-las com a dor da rejeição. Não queria duvidar de que, em algum momento, Ren me aceitou como alguém da sua família, mesmo que fosse em um breve momento. Suspirei.

E se caso eu me apaixonasse por Ryan? Pensei nisso e senti um nervosismo percorrer minha espinha. Não posso permitir que isso aconteça, não quero sofrer mais do que estou sofrendo.

Passei a mão na madeira gelada do corrimão da pequena varanda do meu quarto e fechei os olhos sentindo o vento bagunçar meus cabelos. Eram 5 horas e meia da manhã e o sol estava nascendo. Imaginei que aquele lugar era meu, aquela pequena varanda, onde eu estava segura e que ninguém me tiraria dali, onde eu poderia ter a certeza de que meus direitos poderiam ser atendidos sem que revogasse por eles, onde eu não precisaria estar usando uma peruca, onde eu poderia ser eu mesma, ser a Mari Momo, a órfã.

Comecei a cantarolar a música de ninar que mamãe me ensinara, era uma melodia um tanto triste, e era a única lembrança que tinha dela, pois seu rosto já desaparecera quase completamente das minhas lembranças. Na canção, falava sobre um pássaro na gaiola a espera do seu amor, um amor que nunca voltava. Então, ao cair da noite, ele canta para que pudesse ser ouvido. No fim da canção, suas lágrimas conseguem enferrujar parte da gaiola e ele consegue se libertar. Então ele fica em dúvida sobre esperar na gaiola aberta ou voar e seguir em frente. A canção termina aí, deixando a margem para a imaginação humana.

Abri os olhos e suspirei sentindo o frio da manhã percorrer meu corpo. Hoje era o dia da viagem e logo a casa estaria movimentada por conta do café mais cedo. Suspirei. Talvez devesse logo colocar minha ideia de fugir em prática e acabar de uma vez por todas com isso.

Ryan acordou naquele dia ainda mais bonito do que o de costume. Mesmo que as olheiras entregassem uma noite mal dormida, ele estava mais atraente do que nunca. Engoli a seco e tentei não o encarar mais do que o costume enquanto tomávamos o desjejum, pois sabia que todos nossos movimentos estavam sendo vigiados pela senhora Venoza.

Beatriz estava bem animada para ver o mar, enquanto nos preparávamos, ela não parava de falar sobre ter provado a água do mar quando criança só para ter certeza que era salgada. Sorrimos ao imaginar as caretas ao sentir o sal. Eu tinha a mesma curiosidade a respeito do gosto, se era como os rumores diziam.

Depois que deixamos tudo pronto e da senhora Venoza ter nos atrasado um pouco mais, saímos por volta das 10 horas da manhã. O sol já estava alto, o que me deixava com calor, ainda bem que estava usando um vestido fresco, mangas curtas e tecido leve e solto.

Ryan sentou-se à minha frente, também de lado a janela. Me senti nervosa, mas ao mesmo tempo cheia de expectativas, no entanto, aquela situação pouco me ajudava a refrescar, parecia que tudo estava mais quente. Beatriz estava tão entretida com a paisagem do outro lado que nem sequer estava prestando atenção no que acontecia ali dentro. Respirei fundo na tentativa de controlar os batimentos desenfreados do meu coração.

— Como é a praia? — perguntei para acabar com o silêncio constrangedor. Ryan sorriu daquele jeito que me tira do sério e pensou um pouco antes de responder.

— Vais gostar, prefiro não acabar com o gostinho da surpresa — falou como se me desafiasse.

— Certamente não vai me tirar esse gostinho, eu apreciarei da mesma forma — repliquei sentindo-me mais confiante.

— Se está dizendo, devo lhe dizer que o céu é amplo e muito azul e venta bastante — contou ele

— Bom saber que é bem ventilado, aqui está muito quente... — Abri meu leque e me abanei um pouco mais. Ryan mordeu o lábio inferior e sorriu cruzando os braços.

— Eu estou achando refrescante — falou ele.

— Se quiseres trocar de roupa comigo eu aceito — resmunguei. Ora! Homens usam menos coisas por baixo do que as mulheres, óbvio que ele sente menos calor.

— Não creio que seja somente esse o problema — falou ele e eu o olhei já na defensiva, pronta para brigar. O que ele está insinuando, hein? Que estou quente por que meu corpo ferve só de imaginar ele tocando-me, ele me beijando, só de imaginar uma aproximação maior que essa ou de estar em um lugar fechado com ele?! Ah se ele dizer isso eu vou ... — Imagino que devamos trocar de lugar, o vento está vindo nesta direção, você pode ficar ao meu lado se não quiser trocar — disse ele e eu pisquei pasma e ruborizei.

Então apenas assenti e ele se levantou naquele cubículo, ficando torto enquanto esperava que eu passasse para seu lado. Ryan ficou no meu lugar, novamente de frente para mim e voltou a cruzar os braços enquanto me olhava.

— Você pode se sentar ao meu lado — disse tímida.

— Prefiro ficar de frente, assim posso olhá-la com mais atenção — respondeu ele com aquele sorrisinho conquistador. Senti meu coração palpitar, então me abanei. — Não vai me dizer que ainda está com calor...

O olhei brava e ele riu, então se aquietou e ficou em silêncio enquanto pensava em algo. Olhei o céu da janela, o vento era realmente refrescante. Me encostei no banco e pensava em como a natureza era graciosa quando caí no sono. 




§~~~~~~~~§


É, Mari, parece que você não tem um dia de sossego. 

Mas não se preocupe que estamos contigo!

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