Teenage Bounty Hunters 2 (Ste...

By 307Bitanic

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Numa noite em que tudo deu errado, as irmãs Blair e Sterling tiveram de aprender a lidar com os diversos conf... More

Sterling, você é minha filha
Será que elas irão nos odiar para sempre?
Eu te amo
A verdade
Alex?
Como você soube?
Querida eu do passado
Se eu pudesse
Amiga da Sterling?
Relacionamento Cristão
E o que ela disse?
Ciúmes
Alicia Farwell
Isso sim que é diversão!
As anotações
Mal posso esperar
Padawan
Cúmplices
O encontro (parte 1)
O encontro (parte 2)
Sterling?
Volte agora!
Desculpa
Os preparativos
Sábado
Hartleben
Margaret
Domingo
Vamos?
Fique
Confia em mim
Será que ele é confiável?
O almoço
Caça ao tesouro
Aquela droga de livro da Blair
Um mês
Nossa única chance
Precisamos conversar
Você me beijou!
A novata
Longa história
Carreira solo
Consulta
Alohomora
Somos Caçadoras de Recompensas
E o Uber?
Viva os honorários!
Casa na árvore
As gravações
As cartas de Margaret
É muito arriscado
A perseguição
A embarcação
Cassiopeia
Cem dólares
Tentando se manter viva
Acidente
Anderson
Um erro
Xeque-mate
Eureka!
Meisner
Harvey-Johan
Não posso te prometer
Bodas de papel
O presente de April
Slow Burn
Edifício Playcenton
Fim de jogo - Parte 1
Fim de Jogo - Parte 2
Acabou

Srta. Bela Adormecida

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By 307Bitanic

            Era aula de Biologia. Histologia, para ser mais específica, e Sterling estava lutando com todas as suas forças para não cair no sono. Tarefa bastante difícil, devo mencionar. Seus olhos se fechavam vagarosamente sem que tivesse qualquer consciência e somente despertava quando ou sua cabeça pendia para frente, assustando-a com a sensação de estar despencando de um abismo, ou quando Blair cutucava seu ombro sem nenhuma delicadeza. Mesmo assim, menos de um ou dois minutos mais tarde e... Lá estava ela, adormecida outra vez.

            Chegou uma hora que a mais velha simplesmente desistiu. Largou de mão. Poderia insistir o quanto fosse, mas sabia que não daria certo. Que dormisse, então!

           O senhor Grumble, por sorte, naquele dia não estava nem aí para quem não estava prestando atenção em sua aula. Tinha tanta coisa na cabeça para resolver que desejou apenas que as horas passassem para poder ir para casa e acertar seus problemas: a mulher que queria o divórcio, o filho mais novo que estava dando dor de cabeça na Escola, o pagamento atrasado do aluguel, o carro que estava parado há meses devido à falta de manutenção, a sala de estar que estava com goteiras por causa da infiltração no telhado, e por aí a lista seguia. Era tanta merda acontecendo ao mesmo tempo que só poderia ser uma piada do destino a fim de fazê-lo perder o juízo de vez. Se ainda tivesse que se preocupar com os alunos que estavam dormindo, certamente sua mente entraria em colapso.

           Mas Sterling não estava fazendo de sacanagem. Sério, era inevitável. A verdade foi que as gêmeas atravessaram a madrugada estudando sobre o caso de John, pesquisando e criando teorias fantasiosas. Depois que receberam os seus celulares de volta por bom comportamento (qual presidiárias), aí mesmo que não conseguiram pregar os olhos, simplesmente aproveitaram o momento com os seus smartphones. Mas Blair conseguiu dormir um pouco mais que a irmã, por isso conseguiu se manter acordada. Enquanto o sono bateu em sua porta por volta das 3h, Sterling se deixou levar até 5h20 da manhã... Para ser acordada definitivamente às 6h10 pelo despertador, isso porque ainda postergou o alarme por mais 5 minutos duas vezes consecutivas.

           Depois que Blair foi deitar, a loira se viu perdida em seus próprios pensamentos por um bom tempo, uma bagunça de ideias, e tentou organizá-los. Entendê-los, na verdade. É claro que não conseguiu, mas já estava aceitando melhor a sua escolha, por exemplo. Dar uma chance a Alicia fora uma grande decisão. Só de pensar na ideia, seu coração já se agitava no peito, ansioso. Não sabia realmente o que esperar daqueles próximos dias, não sabia para onde o seu coração iria levá-la, mas estava aberta ao que viria. Verdadeiramente se comprometeria àquela relação, porque queria fazer dar certo, apesar de saber que seria extremamente difícil lidar com os seus sentimentos pela April, especialmente depois do momento íntimo que tiveram. Mesmo assim, por mais complicado que fosse, a sua função era ser honesta: honesta consigo mesma, honesta com a Stevens e honesta com a Alicia. Com esta, foi, contou tudo o que sentia. O problema, de fato, era ter coragem para fazer o mesmo com April. E pensar nas palavras que usaria para falar para ela o que decidiu fazer foi o que mais inquietou a sua mente.

           Diante deste cenário catastrófico, foi assim que, com intuito de espairecer, mandou mensagem para Alicia para jogar conversa fora até as horas passarem. Não tinha nenhuma expectativa de ser respondida, mas foi, mesmo que só depois de uns longos minutos, quando já eram quase 4h30 da manhã. Por que Farwell estava acordada? Simplesmente porque perdera o sono devido à prova de matemática que teria dali a algumas horas. Estudara o suficiente, sim, mas não estava cem por cento segura consigo, pois tinha dificuldade com a matéria e temia reprovar. Sterling a distraiu com trivialidades, coisas bobas para fazê-la rir e, de certa forma, no fim das contas, uma acalmou a outra a sua maneira. Alicia conseguiu voltar a dormir até dar a sua hora de levantar, isto é, lá pelas 8h. Quanto a Sterling... Bom, ela mal piscou e já estava tendo que saudar o sol com um bom dia.

            Na sala de aula, a loira era a própria personificação da preguiça: os olhos estavam fechados, cansados, e a bateria encontrava-se muito fraca para manter os motores funcionando, descarregada demais para dar corda ao cérebro para fazê-lo funcionar durante o resto da manhã. Se os senhores Wesley vissem o estrago que devolver o celular fizera com ela, certamente não pensariam duas vezes antes de pedirem o aparelho de volta.

          Tarde demais!

          E não demorou muito para que o sinal tocasse, indicando o fim da primeira aula da manhã. Sterling despertou num sobressalto. Blair riu, é claro, enquanto guardava seus materiais dentro da mochila. A outra fizera o mesmo, mas com uma lentidão absurdamente fora do comum. A próxima instrução seria química.

— Você já dormiu bastante por hoje, srta. Bela Adormecida. — a mais velha acusou ao se colocar de pé. Sterling coçou os olhos, acostumando-os com o dia. — Agora é a minha vez. Química é um saco! Não vou aguentar ficar acordada nem dois minutos.

          Mas a mais nova nem fez questão de responder, sequer pensava direito no momento. Além disso, não se via em condições de fazer acordos com absolutamente ninguém sobre não dormir nas aulas daquela manhã, pois provavelmente não os cumpriria.

          Blair seguiu a frente, visto que sua passada era mais larga e um pouco mais enérgica, enquanto Sterling foi se arrastando logo atrás... Mas parou no meio do caminho: o coração na boca, as mãos tremendo. Parou quando ouviu a voz de April chamar por seu nome pedindo que ela a esperasse. Sem contestar, o fez. Um bolo na garganta, entretanto, impedia que ela respirasse com tranquilidade.

          A mais velha espiou por cima de seu ombro à medida que continuava andando, mas apenas para checar o cenário que se desenrolava: sua gêmea completamente estática no meio do caminho e a Stevens, com a fisionomia séria, indo falar com ela. As irmãs trocaram um olhar rápido, eloquente, que fora o suficiente para Blair entender que era melhor ir para a sala e deixar as duas conversarem sozinhas.

— Vou guardar o seu lugar. — ela murmurou, mas não teve certeza se fora ouvida. Dando de ombros, foi embora.

           April respirou fundo mais de uma vez. Nervosa, mordiscou os lábios superiores conforme se aproximava. Sterling, por outro lado, inquieta, pôs os cabelos soltos caídos no rosto para trás das orelhas e ficou mexendo nos próprios dedos.

— Oi. — Stevens disse de repente, e o tom sereno de sua voz maquiou a apreensão.

— Oi. — a Wesley retribuiu o cumprimento e esforçou-se para sorrir.

— Você tá legal? Vi que dormiu a aula quase toda. — e riu um pouco. — Tudo bem que não é lá a melhor aula do mundo, né, mas...

— É que eu li que a gente absorve noventa e cinco por cento do conteúdo quando estamos dormindo.

           April, cética, ergueu uma sobrancelha e cruzou os braços.

— Ah, é? E qual é a fonte dessa pesquisa aí?

— A fonte sou eu mesma. — respondeu seriamente, como se estivesse falando de algum assunto relevante. Mas não resistiu ao seu próprio comentário e deixou uma risada divertida escapar. April a acompanhou.

— Muito engraçada, você.

           E as duas, com os olhares desviados para qualquer lugar e um sorriso nos lábios, permaneceram em silêncio por um tempo apenas apreciando o momento. Entretanto, voltaram a se encarar e a fisionomia alegre foi se transformando em uma neutra, depois numa mais afetada. E o desconforto se fez presente.

— A verdade é que eu só queria saber se você estava bem mesmo. — disse April, mas era certo de que havia muito mais a ser dito, só que se calou. Acreditou que não era o melhor momento. — Então... Está tudo bem?

— Está, sim. — ratificou, passando segurança.

— Ok... — soltou um silvo aliviado. — Bom... Acho que já vou indo.

— Uh... Ok. Ok, certo. — Sterling assentiu com mais energia do que gostaria de ter feito, mas logo se lembrou de que não poderia deixá-la ir, não ainda. — Ah! Ei, April... Uh... — e coçou a testa, desconcertada. — E-eu... Eu preciso falar com você uma coisa.

— Precisa? — e o tom de sua indagação deixou claro que ela tinha muitas esperanças no que seria dito, embora não quisesse ter se acusado daquela maneira tão explícita.

           Esperança no quê, April não saberia dizer ao certo. Mas talvez em uma segunda chance de tentarem. De recomeçarem. Esperança de tê-la de volta ou de ouvi-la dizer que, sim, pensara bastante na proposta e decidiu que ficaria. Mas não queria ter tanta esperança, também, apesar de ser inevitável.

— O que você gostaria de dizer?

          Mas Sterling se sentiu extremamente culpada, culpada demais para ter coragem de contar a verdade. Não conseguiu. Pensou que era forte o suficiente para lidar, mas não era. Não foi capaz de formar nenhuma frase coerente, nada, elas simplesmente não queriam sair de sua boca, então as engoliu de volta. Engoliu com amargor.

— Sterling?

— Uma outra hora, talvez. — desconversou rapidamente, querendo fugir da encruzilhada. — Tenho aula de química agora, preciso ir.

— Eu também estou indo para a mesma aula que você, se não se lembra. — a confusão ficou expressa em sua fisionomia. — Por que está com tanta pressa? Podemos ir juntas.

— Uh... Eu-Eu — e tentou encontrar a desculpa mais esfarrapada que conseguiu. — Eu tenho que ir no banheiro.

— É caminho. — argumentou, não sacando a jogada. — Quer que eu vá com você?

— Não! — estrilou, porém logo se desculpou, porque não havia sentido nenhum estar agindo daquela forma estúpida. — Não precisa, mas obrigada. Pode indo na frente, eu já vou.

           E antes que April tivesse a oportunidade de argumentar outra vez, Sterling partiu em disparada ao banheiro, os passos extremamente apressados, como se tivesse engatado a quinta marcha e pisado fundo no acelerador. Stevens respirou profundamente, intrigada, enquanto a assistia sumir de sua vista. Era a segunda vez que aquilo acontecia e percebeu que detestava passar por esse tipo de coisa, porque ficava parecendo uma idiota plantada no meio do caminho.

          Ajeitou a mochila nas costas, puta da vida, e marchou pesadamente em direção à sala de aula. Estava certa de que confrontaria Sterling quando surgisse uma nova oportunidade. Naquele momento, mais do que nunca, exigia saber o que de tão importante a garota tinha a lhe dizer, fosse o que fosse.

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