Teenage Bounty Hunters 2 (Ste...

By 307Bitanic

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Numa noite em que tudo deu errado, as irmãs Blair e Sterling tiveram de aprender a lidar com os diversos conf... More

Sterling, você é minha filha
Será que elas irão nos odiar para sempre?
Eu te amo
A verdade
Alex?
Como você soube?
Querida eu do passado
Se eu pudesse
Relacionamento Cristão
E o que ela disse?
Ciúmes
Alicia Farwell
Isso sim que é diversão!
As anotações
Mal posso esperar
Padawan
Cúmplices
O encontro (parte 1)
O encontro (parte 2)
Sterling?
Volte agora!
Desculpa
Os preparativos
Sábado
Hartleben
Margaret
Domingo
Vamos?
Fique
Confia em mim
Será que ele é confiável?
O almoço
Caça ao tesouro
Aquela droga de livro da Blair
Um mês
Nossa única chance
Srta. Bela Adormecida
Precisamos conversar
Você me beijou!
A novata
Longa história
Carreira solo
Consulta
Alohomora
Somos Caçadoras de Recompensas
E o Uber?
Viva os honorários!
Casa na árvore
As gravações
As cartas de Margaret
É muito arriscado
A perseguição
A embarcação
Cassiopeia
Cem dólares
Tentando se manter viva
Acidente
Anderson
Um erro
Xeque-mate
Eureka!
Meisner
Harvey-Johan
Não posso te prometer
Bodas de papel
O presente de April
Slow Burn
Edifício Playcenton
Fim de jogo - Parte 1
Fim de Jogo - Parte 2
Acabou

Amiga da Sterling?

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By 307Bitanic

            Sterling levou um tempo até encontrar Blair, que esteve sentada numa das mesas do lado de fora da escola lendo um livro. Por sorte, sozinha. Assim, rapidamente se aproximou e largou a bolsa no chão de qualquer jeito logo que tomou o lugar no banco vazio ao lado. A mais velha se assustou com a aparição brusca da outra e por pouco não soltou um palavrão.

— J-jesus, garota!

— Assunto urgente! — disse Sterling sem fôlego, a respiração ofegante.

— Que houve? Você e April reataram, vão se casar e querem que eu decida qual de vocês duas cai melhor num terninho? — supôs, caçoando. — Se quer saber, eu prefiro você, porq-

— John Stevens foi solto! — sem tempo para brincadeiras, sobrepôs a sua voz a dela, cortando-a antes que terminasse a explicação. Blair travou por um segundo e um vinco surgiu entre o seu cenho conforme absorvia aquela informação. — Lembra da noite em que eu estava prestes a te contar do porquê de April e eu termos terminado, mas mamãe e papai chegaram bem na hora?

— Uhum...

— Foi por isso. Ele voltou para casa horas antes do início do acantonamento e, com medo de ele descobrir sobre o que nós tínhamos, ela decidiu que era melhor não continuarmos juntas.

              Blair não disse nada, mas manteve-se atenta a tudo o que estava sendo dito.

— Nossos pais chegaram, revelaram toda aquela bagunça e eu esqueci completamente de te contar. — ajeitou-se no banco de granito para chegar mais próxima da irmã. — Ele vai vir atrás da gente para se vingar, Blair, tem noção!? April tinha me contado que ele voltou perguntando sobre mim e sobre você, tanto que ela até estranhou. Não sabemos do que ele é capaz. Se você pega um agressor e adiciona uma pitada de raiva nele, o resultado da reação química é um verdadeiro desastre.

— Temos de falar com o Bowser urgentemente.

— Marca com ele na Yogurtopia. Às sete.

            Blair imediatamente olhou para ela com o cenho franzido, curiosa. Impressionou-se, porque Sterling parecia já ter programado tudo muito antes.

— Por que às sete?

— Porque soa bem e parece um horário profissional. — foi o seu argumento.

— Quê??

— Tipo, você nunca vai ver alguém num filme marcando uma reunião às quatro ou às oito. Sete horas é um horário ideal: nem tão cedo, nem tão tarde.

— Sterl, você precisa de um médico, sério. — balançou a cabeça em negação enquanto sacava o celular do bolso da calça caqui. A mais nova ia responder, abriu a boca uma ou duas vezes, mas se manteve quieta.

               Blair desbloqueou a tela por meio de um reconhecimento facial e abriu a mensagem com o Bowser:

               "precisamos falar com vc, assunto de vida ou morte. 7pm hoje na yogurtopia?" — Blair

                E enviou.

               Então aguardaram um tempo a resposta, que não tardou a vir, por sorte:

              "O que vocês aprontaram???" — Bowser

              "Ok, estarei lá." — Bowser, fazendo menção ao horário.

               "A propósito, vocês estão bem??" — Bowser

              "yep, estamos" — Blair

              "mas não por muito tempo, o mal se aproxima. espero que estejamos vivas até mais tarde. bjs." — Blair

               E ela saiu da mensagem e bloqueou a tela do celular depois do desfecho dramático. Ele sentiu curiosidade naquele mistério todo, mas principalmente preocupação, embora soubesse que a gêmea mais velha gostava de aumentar as coisas, às vezes.

              Instantes mais tarde o sinal tocou e elas rapidamente ajeitaram suas coisas para voltarem à sala. A próxima aula seria química. Ótimo!

            Bom para Sterling, péssimo para Blair.

                (...)

              Quando já de noite e, por milagre, com uma considerável folga no horário, elas pegaram o carro tranquilamente e seguiram em direção à loja. Ligaram o som num volume ambiente e abriram as janelas de ambos os lados para que a brisa fresca do anoitecer entrasse. No rádio, tocava Lauv, Enemies. Pegaram a música quase no iniciozinho e cantarolaram sem exageros, mas alto o bastante para serem ouvidas por quem passasse ao lado. A canção fazia muito mais o estilo de Sterling, portanto era ela quem cantava com mais emoção, mas Blair não ficou para trás. Balançavam a cabeça de acordo com a melodia e ainda apostavam num remexer de ombros.

            Mais depressa do que imaginavam, já estavam defronte à Yogurtopia com o carro estacionado. Chegaram bem cedo, mas serviu como uma compensação pelo atraso de todos os seus dezesseis anos. Um minuto e meio para cada ano, quase, totalizando uns vinte e quatro minutos de antecedência. Um recorde!

              Tudo em volta estava escuro e a loja parecia fechada. Estranharam, porque costumava funcionar todos os dias até às 23h, quando de segunda a quinta. Mas... Enfim! Que fosse! Decidiram não se ocupar com esse questionamento. Em vez disso, recostaram-se no encosto do banco e esperaram. Sterling ficou olhando para a rua de braços cruzados, já que não tinha nada para fazer, enquanto Blair mexia no celular. A música que tocava ao fundo era Kiss me Thru The Phone, do Soulja Boy.

          

Girl, you know I miss you,

(garota, você sabe que eu sinto a sua falta)

I just wanna kiss you

(Eu só quero beijar você)

But I can't right now so, baby

(Mas não posso fazer isso agora, então, amor)

Kiss me through the phone (kiss me through the phone)

(Beije-me pelo telefone)

I'll see you later on (later on)

(Te vejo mais tarde)

Kiss me through the phone (kiss me through the phone)

(Beije-me pelo telefone)

See you when I get home (when I get home)

(Te vejo quando chegar em casa)


             "Eu quero você". A mente de Sterling, vazia durante aquele tempo, fora inundada por esta lembrança de repente e ela se pegou sorrindo de felicidade por dentro. Deveria ter aproveitado mais a sensação boa que deslizou por sua pele assim que ouviu aquelas palavras. Porém, em vez disso, saiu correndo tal qual o diabo foge da cruz. Provavelmente deixou uma má impressão em April para a primeira vez. Torcia para que ela não encarasse aquilo como um sinal de perigo e, por consequência, nunca mais voltasse a dizer aquelas palavras. Sterling morreria, com certeza. Mais do que nunca antes, desejou ardentemente poder dizer o mesmo, mas num cenário diferente. Um em que elas não estivessem em um conflito.

             Reencontrá-la foi uma tortura, porque era extremamente difícil manter o elã quando ela estava por perto. Os lábios bem desenhados com um batom clarinho; os cabelos castanhos penteados com todo o cuidado; o olhar intenso; a voz... A voz que lhe arrepiava os pêlos da nuca vez ou outra. Surpreendeu-se consigo mesma por ter sido capaz de agir com frieza em alguns momentos. Talvez nem fosse ela própria na ocasião, porque não estava pensando direito desde quando acordara. Deveria ter dado uma de doida mesmo e a beijado. Quem é que a condenaria depois? Exatamente: ninguém! Porém o seu bom senso e o seu juízo falaram mais alto, por sorte. Ou por infelicidade. Não soube definir com exatidão.

                Mas a grande surpresa do dia mesmo foi descobrir que April Stevens, nas horas vagas, escrevia poesias. E surpresa maior ainda era saber que ela podia ser incrivelmente boa até fazendo isso também. Que garota! Com maestria, soube utilizar de seus sentimentos para criar algo bonito e tocante. Uma verbalização bem feita daquilo que o seu coração dizia. Uma reprodução sincera de cada palavra dita por ele, sem maquiagens, sem firulas. Verdades e somente verdades. Não foi por acaso que Sterling sentiu o impacto com força. Pena ter tido que conter o choro diante de todos, desejou não precisar.

               Guardar o que sentia somente para si era uma grande merda!

               Blair passava pelo mesmo dilema.

              Rolando os dedos pelo feed do Instagram, encontrou uma foto de Miles sorrindo com todo aquele charme característico e sentiu o ar lhe escapar por um segundo. Tão gato que chegava a doer. Querendo ou não, ele ainda mexia muito com ela. Por mais que Blair quisesse sentir raiva, não conseguia, porque ele era um cara bom, no fim das contas. Um cara que valia a pena. Não que o que ele tenha feito fosse aceitável, porque não foi, só que ela simplesmente não podia ignorar todas as coisas boas pelas quais os dois passaram. Não podia ignorar o sentimento agradável que ele deixou impregnado nela, como um bom perfume. Se pusesse na balança os prós e contras, um dos pratos certamente tenderia a inclinar para o lado positivo.

               No dia em que se desentendeu com Sterling pela mancada que ela deu ao não ter aparecido na missão no dia anterior, sentiu o coração se quebrar por causa do término, como se alguém tivesse arrancado uma parte extremamente importante de seu corpo com brutalidade. Mas ela foi percebendo aos poucos que podia viver muito bem sem ele, não morreria, afinal de contas, mas a sua ausência ainda era sufocante. Sentia falta da maneira como ele a fazia se sentir bem. Miles fazia falta.

               Num respirar profundo, ela desligou a tela do celular para se privar do sofrimento e o deixou cair sobre suas pernas bem a tempo de ver o Bowser chegar. Ele acenou para as duas da porta da loja e fez um sinal com a mão para que se aproximassem. Assim, seguindo ordens, elas o fizeram.

              E no instante em que puseram os pés pela primeira vez em dias naquele escritório, horrorizaram-se com o estado caótico em que o lugar se encontrava. Tinha papéis espalhados por todos os lados do cômodo, livros e canetas jogados ao chão, copo quebrado, mesa virada de ponta cabeça... Enfim, um verdadeiro desastre.

— Não reparem na bagunça. — disse ele em desconcerto, mas jogou a piadinha no ar só para quebrar o gelo.

                Como se pudessem!

— O que foi que aconteceu aqui, Bowser? — Blair estava chocada demais, tal como Sterling, e as duas foram pisando com cuidado nas coisas jogadas ao chão enquanto avançavam na direção do sofá.

— Longa história. — desconversou rapidamente. Não ia ficar contando que passara por um acesso de raiva e descontou toda ela nas coisas da sala para aliviar a tensão. Preferiu, portanto, deixar para lá.

                 Começou a catar alguns lixos para deixar o lugar mais "apresentável". Elas, porém, acomodaram-se na poltrona, com Blair jogada de qualquer jeito no assento.

— Então vocês não morreram. — fez menção à última mensagem de Blair. Jogou fora alguns papéis já em mãos. — Podem me contar qual era o assunto de vida ou morte?

— John Stevens foi solto. — Sterling disparou sem cerimônia. — Ele foi absolvido há alguns dias.

— Mais precisamente no dia do sequestro.

              Bowser parou no mesmo lugar por um segundo, pensativo.

— Aquele que vocês agrediram numa tal casa do lago?

— Sim, ele mesmo. — Blair foi quem respondeu. — O do Salão dos Homens.

— Bom... Isso é um problema. Um grande problema. — confessou, reconhecendo o tamanho da bomba relógio. — Ele chegou a ameaçar vocês em algum momento ou algo parecido?

— Não... Não diretamente. Mas a amiga da Sterling, que é filha dele, disse que o John perguntou por nós duas várias vezes. Estamos achando que ele quer vingança.

                Bowser arregalou os olhos para as duas, incrédulo, ao ouvir aquela específica informação.

Amiga da Sterling? — repetiu em descrença, a voz levemente exaltada. — Como vocês me escondem um negócio desses??

                As irmãs se entreolharam no mesmo momento, sem reação. Não sabiam o que dizer.

— Amiga da Sterling... Jesus Cristo! — ele esfregou o rosto algumas vezes, nervoso. — O que vocês estavam pensando, pelo amor de Deus!? Vocês não tinham me dito que só o conheciam por ele fazer parte do mesmo clube que seus pais ou algo assim? Droga, garotas! Muda tudo o fato de vocês serem próximas dele nesse nível! Por que inferno não me contaram todo o resto antes?

— P-porque... Uh, porque... — e Sterling não foi capaz de formar nenhuma frase. Afinal, o que diria?

— Não éramos amigas dela na época, Bowser. — Blair conseguiu intervir de repente. — Mas a Sterl ficou amiga dessa menina de uns tempos para cá. Beeem amiga, na verdade. — disse, alfinetando, e em resposta levou uma cotovelada forte no braço.

— Vocês tem noção da merda que isso pode dar? — ele respirou fundo, irritadiço. — A gente não joga contra peixes conhecidos por aqui, justamente para evitar esse tipo de retaliação! A gente deixa para outra pessoa cuidar do assunto. Cada um faz a sua parte e todos vivem felizes.

— Como que a gente iria saber? — Sterling retrucou tentando se defender. — Não pensamos no que viria depois. A única coisa que nos importava era colocar aquele homem na cadeia para que ele pagasse por seu crime por um bom tempo. Não achávamos que ele viria atrás de nós!

             Silêncio longo. As meninas ficaram um pouco apreensivas. Bowser andou de um lado a outro refletindo sobre algumas coisas até tornar a falar.

— Ok. Ok, vamos lá. — recompôs-se. — Se ele for inteligente como acredito que seja, com certeza vai usar o medo de vocês contra vocês mesmas. — afirmou seriamente. — Tomem cuidado! Muito cuidado a partir de agora. Estejam ariscas! Não dêem mole, me entenderam? — elas assentiram afirmativamente. — Provavelmente ele não vai expor o fato de vocês serem caçadoras, até porque seria um assunto irrelevante, mas ele vai fazer uso de chantagens e pode ir além, isso dependendo do quão faminto ele esteja.

— E se ele tentar nos matar? — só em cogitar a ideia, Sterling se sentiu apavorada por dentro.

— Não vai, não, porque seria burrice.

— Por quê?

— Matar vocês duas e depois esconder o corpo daria muito trabalho. E eu também não acredito que seja do feitio dele.

— Como se John precisasse fazer isso com as próprias mãos... — Blair desdenhou, revirando os olhos. Tinha ciência de que não poderia desconsiderar a possibilidade de ele matá-las.

— Bom, você está certa. — concordou com seu ponto de vista, mas não o aceitou totalmente. — Só que se ele matar uma de vocês, a outra com certeza vai saber quem foi o mandante e irá reunir todas as forças para colocá-lo na cadeia. Se ele matar vocês duas, eu vou saber quem matou e vou reunir todas as minhas forças para mandar ele para a prisão. Se ele matar nós três, Terrence vai saber quem foi e vai reunir forças para mandá-lo para a cadeia também, eu acho. Se ele matar nós quatro, a Yolanda vai saber e vocês já sabem o desfecho. Ou seja, ele não terá para onde correr. — seu argumento foi bom, bom o bastante para fazer Craig Wu chorar depois de um debate desses.

— Espera aí... Terrence?

— Sim, sim. — abanou a mão na frente do corpo como se dissesse que não era nada de mais. — Infelizmente vou precisar da ajuda dele. Se quero investigar a vida desse tal de John Stevens, terei de fazer uso de algumas ferramentas especiais e essas ferramentas são contatos inteligentes e úteis. Nada como o astro do "yurtube" para me fornecer alguns.

               Blair teve de suprimir uma risada diante da palavra pronunciada erroneamente. Ele nem percebeu, ainda bem.

— Já que ele não irá nos matar, de acordo com suas palavras, o que você acha que ele fará contra nós duas? — Sterling, temerosa, quis saber.

— Não sei, mas aposto no pior.

— Tipo o quê, exatamente?

— Tornar a vida de vocês um inferno.

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