CAP-81

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No meio da madrugada a febre dele foi embora. Alay suspirou aliviada, lembrando-se do caos da noite anterior. Estava morta de cansaço. Tinha duas noites perdidas, o pânico durante os dias, fora a cavalgada imensa de Seattle a La Push, e o desgaste no penhasco. Mas ela não se permitia descansar.

Rafael: Lay, chega. Venha, deite um pouco. – Ele lhe mostrou a poltrona do quarto.

Alay: Não, eu estou bem aqui. – Murmurou, apertando a mão do marido. 

Guilherme: Alay, não seja teimosa. – Retrucou, olhando-a.

Alay: Me deixem em paz. – Sussurrou, tocando a testa do marido. Não havia febre. Só que ela não agüentou. Amanheceu, e ela estava lá, sentada ao lado da cama dele, segurando-lhe a mão. Mas sua cabeça estava inclinada pro lado, os olhos fechados levemente, com o rosto encostado no braço dele. Mas o que ela não esperava, aconteceu. Pablo acordou. Rafael o flagrou com o rosto virado de lado, os olhos cor de esmeralda olhando a esposa serenamente.

Rafael: Até que enfim. - Disse, sorrindo, ao constatar que ele acordara.

Pablo: Porque ela está assim? – Murmurou, rouco, com dificuldade, olhando a esposa.

Rafael: Ela não saiu do seu lado, nenhum segundo. – Respondeu no mesmo tom, olhando Alay, que dormia fracamente. 

Pablo: Devia ter deixado ela dormir. – Comentou, e ergueu a mão, com esforço, pra tocar a mão dela. Ele sentia o corpo todo dormente, efeito da morfina, provavelmente.

Rafael: Nós tentamos. Guilherme foi buscar café, agora. Fez frio ontem a noite. – Comentou, explicando o terno que Alay usava sob o vestido grafite, olhando a porta – Alay está dando trabalho. Ela só come uma vez por dia, e quase colocou esse hospital abaixo, por causa de você. O médico residente está neurótico, ele está tendo alucinações com ela, pelo corredor. – Brincou, e Pablo riu, tossindo em seguida . Alay, em seu sono leve, acordou com o tossido dele. Ela abriu os olhos, sobressaltada, e olhou o marido. Seus olhos brilharam pela surpresa ao encontrar o olhar dele. Ela se levantou bruscamente, derrubando a cadeira.

Alay: Você acordou! – Ela disse, maravilhada, olhando ele. Pablo sorriu – Ah! – Ela exclamou, feliz, e o abraçou. Pablo grunhiu de dor com o peso dela em sua barriga, e ela recuou – Me perdoe. – Disse, sem jeito. Pablo riu de leve. Sentia seu coração pulsar, forte. – Ah, meu amor. – Ela se aDavidlhou ao lado dele, sorrindo, com os olhos cheios de agua.

Rafael: Ah, meu amor. – Disse, fazendo um sorriso idiota, segurando o jarrinho de flores, e se balançando pros lados. Pablo riu mais energeticamente. Dessa vez ele não tossiu. 

Alay: Saia daqui, Rafael! – Brigou, mas sorria. Duas lágrimas caíram de seu rosto – Ande, suma daqui! – Mandou, se levantando.

Rafael: Isso é que é gratidão, eu fiz companhia pra você, mulher! – Disse, se fazendo de indignado, mas ainda segurava as flores.

Alay: Que diabo, saia! – Empurrou ele, rindo e chorando, pra fora do quarto, e fechou a porta . Pablo observou a mulher com fascínio no rosto. Tivera tanto medo de não ver mais o comportamento explosivo dela. 

Alay: Nunca mais. – Ela rosnou, voltando pra cama – Nunca mais faça isso comigo. Eu te proíbo. – Ela disse, acariciando o rosto dele, chorando e sorrindo. 

Pablo: Eu prometi. – Disse, sorrindo.

Alay: É, prometeu. – Ela revirou os olhos – Eu tive tanto medo. – Assumiu, e agora não sorria.

Pablo: Passou, eu estou aqui. – Sussurrou, secando as lágrimas dela. – Posso te pedir uma coisa? – Perguntou, observando-a.

Alay: O que quiser. – Disse, prontamente.

Original SinWhere stories live. Discover now