CAP-46

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Os dias se passaram, calmos e sôfregos. Alay estava cada vez mais ligada a Rafael. O relacionamento dos dois, a essa altura, incendiava. O aniversário de Alay chegou, e se anunciou em um dia frio. Mais frio que o normal. Ela acordou, calmamente. Para sua surpresa, Pablo estava no quarto.

Alay: Bom dia. – Desejou, se espreguiçando levemente, após suspirar.

Pablo: Bom dia. – Ele a observou – Feliz aniversário, ma petit. – Sorriu de canto

Alay estancou onde estava. Era seu aniversário. Ela riu consigo mesma. Antigamente fazia contagem regressiva para este dia, e agora não se lembrava dele. Pablo sorriu ao vê-la rindo, ainda rouca pelo sono.

Alay Obrigado. - Agradeceu, acanhada, se sentando e arrumando os cabelos.

Pablo: Espero que goste. – Disse se aproximando da cama, e entregou uma caixinha de veludo a ela.

Alay: Pablo, por favor, eu acho que... – Começou a recusar, pondo o cabelo atrás da orelha.

Pablo: Shiii. – Calou ela – É seu aniversário. É o seu presente. Não seja difícil. – Alay riu.

Alay: O dono da joalheria te deve algum favor? – Perguntou, debochada. Pablo riu gostosamente com isso.

Pablo: Não me lembro de nenhum, mas vou me informar direito. – Alay riu, e aceitou a caixa

Benjamin: Vamos, Pablo. – Apressou, batendo na porta.

Pablo: Estou indo. – Suspirou – Bom, depois quero saber sua opinião. – Disse antes de dar um beijo na testa dela. Alay se receou ao toque dele, mas ele fingiu não perceber – Feliz Aniversário. – Repetiu antes de sair.
Alay olhou pra porta por onde ele saiu, e em seguida abriu a caixa. Não havia muita curiosidade, seria mais um solitário caríssimo, pra coleção que ela tinha. Mas ela se surpreendeu. Sim, haviam diamantes na caixa. Porém, era um enfeite de cabelo. Uma tiara. Para sua maior surpresa, ela gostou. Podia se ver usando aquilo. Ela fechou a caixa, e suspirou, cerrando os olhos e se afundando no travesseiro. Queria poder dormir, pra não acordar nunca mais. Alay ficou na cama, quieta. Assim que Pablo saiu, Larra entrou no quarto, saltitante.

Larra: Feliz Aniversário! – Disse, indo, animada até a cama.

Alay: Cedo hoje. – Riu da irmã – Se viesse um segundo antes, se batia com o Pablo.

Larra: Eu estava esperando ele sair. – Disse, normalmente – Queria ser a primeira a te presen... ah, merda. – Se queixou, vendo a caixa de veludo na mão de Alay

Alay: Desculpe. – Sorriu de canto, mostrando a caixa

Larra: Vale assim mesmo. – Deu de ombros – Feliz aniversário. – Sorriu, entregando um pacote a Alay

Eram botas. Lindas, de couro lustrado, pretas. Botas de festa. A cara de Larra. Alay sabia que ela procurara o presente medindo-se em si. Agradeceu, e viu Larra pegar a caixinha de Pablo.

Larra: Ah. Meu. Deus. – Disse, ao ver a tiara – É perfeito.

Alay: Aposto que Rafael vai me dar algo mais valioso. – Sorriu. Rafael a surpreenderia, ela sabia.

Larra: Mais valioso? Ele vai te dar uma mina de diamantes? – Alay riu.

Alay: Só de ele estar comigo, já me basta. Seu perfume, seu toque, sua voz. Já é o melhor presente que eu posso esperar. – Suspirou, e a paixão em sua voz era aparente. Larra ergueu a sobrancelha.

Larra: E Pablo?

Alay hesitou. Não gostava de falar de Pablo comparado a Rafael. Não era justo. Pablo era a dor, enquanto Rafael era tranquilidade.

Original SinWhere stories live. Discover now