CAP-55

6.1K 502 48
                                    


Os dias foram se passando, e nada mudou. Só uma coisa. Com a melhora de Renée, Rafael voltou.

Rafael: É linda. - Murmurou, encantado, ao carregar Dulce pela primeira vez. A menina pareceu gostar do tio.

Alay: Eu... eu sei que você queria que ela fosse sua. Perdoe-me. - Pediu, encarando o chão.

Rafael: Tola. - Ele sorriu - Como se você pudesse ter escolhido. Ela é perfeita, Lay. - Ele sorriu, e ela, após se inclinar levemente, o beijou.

(...)

Pablo: Cadê o meu bebê? - Ele tapou os olhos, e Dulce sorriu, observando o pai - Onde está? - A menina ficou quietinha - Hum... Achei! - Ele abraçou a menina pela barriga, puxando-a pra si. Dulce riu gostosamente.

Alay estava passando no corredor, quando ouviu Pablo perguntar onde estava o bebê. Ela parou na porta entreaberta e observou o marido e a filha. Dulce estava deitada de costas no meio da cama, e Pablo deitado de lado, ao lado dela, com os primeiros botões do colete aberto e sem terno, com uma pequena boneca de pano na mão.

Pablo: Cadê o papai? - Continuou brincando, e a menina riu, sacudindo o bracinho - Diz Dul, cadê o papai? - Dulce, sorrindo, tocou o rosto dela. Não é preciso dizer que Pablo se derreteu com isso. - E a mamãe? - A menina riu de novo.

Cada riso de Dulce fazia o coração de Pablo se desmontar. - Vamos começar de novo. Se acertar, ganha a boneca. - A menina bateu palminhas - Cadê o papai? - Dulce sorriu, e tocou ele de novo - Isso. E a mamãe? - A menina, rindo, balançou a mãozinha pra porta.

Alay ergueu a sobrancelhas. Pablo virou o rosto e flagrou ela lá, parada. Alay sorriu, e mandou um beijinho pra filha, que riu. Ela encarou o marido por um segundo, e, ainda sorrindo, saiu, fechando a porta. Pablo sorriu e voltou a brincar com a filha.

(...)

Pablo: Tenho que ir. - Disse após olhar as horas, se levantando e pegando a camisa num canto.

Lorena: Mas já? Não é muito cedo?

Pablo: Prometi a Dulce que voltaria cedo hoje, para ficar com ela. Se não estiver muito frio, vou leva-la pra ver os cavalos. - Comentou, enquanto colocava a camisa por dentro da calça.

Lorena: Prometeu a um bebê? - Perguntou, se sentando na cama.

Pablo: É minha filha. - Disse de modo óbvio.

Lorena: Ela não vai morrer se você não cumprir a promessa. - Respondeu do mesmo modo.

Pablo: Confiança deve ser plantada desde o inicio. - Ele vestiu o colete, começando a abotoa-lo. - Se eu minto pra ela desde agora, por suposto que ela nunca vai acreditar em mim.

Lorena: Pablo, não seja ridículo! - Disse irritada

Pablo: Não estou sendo. - Disse, calmo, enquanto abotoava o ultimo botão do colete.

Lorena: Então vai deixar-me aqui, sozinha, pra ir ficar com a bastarda? - Rosnou, enfurecida.

A próxima coisa que Lorena sentiu foi uma dor forte no braço. Seu corpo foi puxado, fazendo ela se levantar. A Morena se embolou no vestido que usava e caiu de joelhos na cama.

Lorena: Pablo! - Chamou, incrédula.

Pablo: Nunca mais chame a minha filha de bastarda. Está me entendendo? - A morena assentiu, assustada, e ele a largou com força na cama, saindo do quarto e batendo a porta.

Pablo foi no escritório antes de ir pra casa, para avisar a Benjamin para não espera-lo. Benjamin percebeu a irritação do irmão.

Benjamin: Aconteceu algo?

Original SinOn viuen les histories. Descobreix ara