CAP-7

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Pablo: Calma, eu não vou te fazer nada. - Ele puxou ela de volta, deixando-a se recostar em seu peito

Alay: Tenho minhas duvidas. - Retrucou, mas se deixou acariciar.

Pablo acariciava a barriga dela por debaixo d'agua e lhe beijava a orelha, ombro e pescoço. Ela sentia o peito dele confortando suas costas, e após algum tempinho começou a acariciar a coxa dele timidamente. Pablo sorriu com isso. Após algum tempo ele lhe beijou a bochecha, rosto. Alay virou o rosto instintivamente com isso. Ela se condenou por isso, mas quando sentiu a respiração de Pablo em seu rosto, o que fez foi fechar os olhos. Pablo observou o rosto de Alay por um momento. Seus traços finos, a pele delicada. Ele levantou a mão de dentro d'agua, deixando a outra na barriga dela. Pousou a mão na maxilar dela e a beijou levemente.

O gosto de Alay era doce, suave. Após um tempo os dois já se beijavam com volúpia. Pablo tinha virado Alay pra si, agora ela estava deitada na barriga dele. Ele segurava a nuca dela, puxando-a pra si, e ela o segurava pela cintura, abraçando-o. As vezes ele descia os beijos pelo pescoço e pelo colo dela, sedento por sua pele, e Alay jogava a cabeça pra trás, aos suspiros. Pablo sentia os seios dela em contato com seu peito, e isso estava pondo-o a loucura. A sensação boa da noite retrasada voltou a Alay quando sentiu a mão dele lhe acariciando firmemente. As vezes ela deixava escapar pequenos gemidos, e corava violentamente com isso, mas Pablo não parecia perceber. Logo ele tomava sua boca de novo, e tudo estava perdido. Pablo despertou quando se sentiu rígido, rígido o suficiente pra entrar nela, o que já estava acontecendo aos poucos, involuntariamente. Mas não podia continuar assim, apesar de ser irritante ao extremo, Alay não merecia ser usada.

Pablo: Lay... - Murmurou em êxtase o nome dela entre os beijos, quando sentiu seu corpo deslizar um pouco pra dentro dela. Alay estava assustada, porém adorando aquilo, era diferente. Pare com isso. Ordenou firmemente a si mesmo, precisaria parar agora, ou não teria mais forças.

Amaldiçoando todo mundo por conseguir respirar, ele foi encerrando os carinhos, acalmando ela. Alay sorriu. Apesar de estar adorando aquilo, ainda tinha muito medo, não estava pronta pra isso de novo. Ela descobriu naquele momento que gostava de Pablo. Não do Pablo que a violentou no chão da sala, mas desse de hoje, que a respeitou. Ela deixou o corpo descansar no dele, e o beijava levemente o ombro, enquanto acariciava-lhe a cintura superficialmente.

Pablo: Você é tão absurda, Lay. - Disse sentindo os beijinhos dela, e envolvendo-a num abraço.

Alay: Pode ser, mas você, sem duvida, é bipolar. - Pablo riu e ela o acompanhou, encantada. Se Pablo continuasse assim, haviam chances de seu casamento ser como o de Larra e Benjamim. Ele selou os lábios com os dela e ficaram quietos por um bom tempo, até que a agua começou a esfriar.

Os dois saíram do banho e foram se aprontar, ainda tinham um longo dia pela frente.

Pablo: Sabe andar por aqui? - Perguntou indiferente, rompendo o silêncio na carruagem

Depois de composto, Pablo recobrou sua frieza. Alay colocou um vestido azul turquesa, e agora engolia uma raiva irritante daquele homem.

Pablo: Posso mandar um empregado com você. - Disse ao deixa-la na frente da grande loja.

Alay: Como se você se importasse. - Pablo revirou os olhos - Eu estou bem, pode ir. - Disse, dura. A&P não repararam, mas as pessoas em volta olhavam disfarçadamente, cobiçosos. Eram um belo casal. Pablo era o tipo de homem que fazia as mulheres suspirarem, e Alay, delicada, com suas feições finas.

XXXX: Bom dia, posso ajuda-los? - Disse saindo a loja, em direção ao casal.

Pablo: Minha esposa precisa fazer compras. Dê a ela o que precisar, não importa o preço. - Disse ainda encarando Alay

Todos na cidade conheciam os Deville. Sua fortuna desmedida assombrava a todos. O dono da loja, feliz da vida, assentiu e saiu. Alay encarava Pablo com raiva. Ele balançou a cabeça negativamente e saiu. Alay suspirou e foi as compras. Ster precisava de tudo, e Alay comprou tudo. Vestidos, sapatos, escovas, roupinhas de baixo, sabonetes, perfumes, espartilhos, meias. Tinha comprado roupas que encheriam um guarda-roupas. Estava olhando um vestidinho quando Pablo voltou.

Pablo: Você termino... - Se interrompeu ao ver o enorme monte de coisas que Alay separou - Que diabos é tudo isso?

Alay: Coisas pra Ster. - Disse sem dar atenção

Pablo: Ster tem tudo o que precisa. - Disse friamente, enquanto Alay olhava a renda do vestido.

Alay: Ai é que você se engana. Ela não tem nada, parece um moleque. - Disse friamente - Eu vou ser a mãe dela. - Alay não viu, mas a maxilar de Pablo se contraiu absurdamente quando ela disse isso.

Pablo: Escuta aqui. - Ele disse entre dentes - Eu não sou o tipo de homem que volta atrás em uma decisão, então, não me provoque. - Ameaçou.

Alay: Jura? Pois deixa eu te contar uma novidade. - Ela se virou pra ele, jogando o vestido rosinha no monte de coisas que compraria - Eu não sou o tipo de mulher que abaixa a cabeça. Então, não me subestime.

Pablo encarou Alay, furioso. Ela correspondeu o olhar a altura. Estava com tanta raiva. E assim ficaram, azul e verde, um lançando ódio contra o outro. Então, o olhar de Pablo se suavizou em um sorriso de deboche.

Pablo: Tudo bem. - Ele se virou pra pilha de coisas - Mas isso, - Ele pegou um pequeno espartilho - Não vai. - Sorriu

Alay empalideceu. Os vestidos podiam ser usados sem os espartilhos, mas ficavam horríveis. Pablo era simplesmente insuportável. Mas ela sorriu. Veio preparada pra isso.

Alay: Tudo bem, os espartilhos ficam. - Ela tirou o monte de espartilhos do bolo - Podemos ir?

Pablo a encarou, surpreso, mas achando graça. Foi até o dono da loja, que fez as contas e teve um surto de prazer quando Pablo lhe pagou tudo, em dinheiro vivo. Pablo voltou pra carruagem, e Alay fingiu estar conferindo as compras. Mas quando ele saiu, ela tirou um pequeno bolo de notas do decote e comprou os espartilhos, misturando-os nos pacotes. Voltou pra carruagem sorrindo, e foi em silêncio pra casa.

Original SinOnde as histórias ganham vida. Descobre agora