CAP-53

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Os dias foram se passando, calmos. Alay completou 6 meses de gravidez. Estava com um barrigão enorme. Ela e Larra se esbaldaram comprando roupinhas neutras, já que ainda não sabiam o sexo da criança.

Benjamin: Você se empolgou com a história do bebê da Lay. - Comentou, sorrindo pra esposa, que estava sentada na ponta da cama dos dois, com um macacãozinho na mão.

Larra: A Lay é muito só. Pablo não dá nem um terço do que ela merece. Então eu faço o que posso. - Benjamin sorriu mais ainda, pela doçura dela.

Benjamin: Agora ela vai ter o bebê. - Confortou, enquanto tirava o terno - Todos nós teremos um novo herdeiro, pra fazer companhia ao Diogo.

Larra: Novos herdeiros. - Corrigiu

Benjamin: Novos? - Virou-se confuso pra mulher. Larra ergueu a sobrancelha, e ele entendeu. Novos herdeiros. Mais de um. Duas grávidas.

A gritaria recomeçou. Foi quase exatamente como a vez de Diogo, só com algumas diferenças. Alay, que comia uma torrada, engasgou-se com o grito que Benjamin deu. L&B nem precisavam anunciar, todos adivinharam. Alay sorriu, feliz. Pablo fez uma cara estranha, mas sorriu pra si mesmo. Rafael riu. Um novo herdeiro.

Rafael: Renée pegou febre. - Anunciou certa noite, após o jantar, lendo uma carta de Luciana.

Benjamin: Febre tifóide? - Perguntou, virando-se pro irmão.

Rafael: É. - Confirmou, lendo o resto da carta.

Benjamin: É uma epidemia. - Comentou, pensativo.

Larra: Ana. - Falou, e Alay assentiu, abraçando-se a barriga.

Pablo: Quem é Ana? - Perguntou, observando as duas.

Alay: Mulher do Guilherme. Morreu há alguns dias, com essa febre. - Respondeu, acariciando a barriga.

Rafael: Eu tenho que ir. - Concluiu, após terminar de ler a carta.

Alay virou a cabeça bruscamente pra Rafael, atônita. Pablo observou a reação da mulher com um sorriso de canto no rosto. Se Rafael era seu farol, agora ela estava perdida.

Alay: Rafael, o bebê. - Murmurou no dia seguinte, antes dele partir, no chalé.

Rafael: Eu voltarei pra ver ele nascer, eu prometo. - Respondeu, abraçando-a. - Eu preciso ir. Luciana está atordoada, sozinha, e com Renée no estado em que está. Me perdoe.

Alay: Eu preciso de você aqui, pro bebê nascer. Eu tenho medo. - Admitiu, com o rosto no peito dele.

Rafael: Eu estarei aqui, minha Lay. - Acalmou ela, acariciando-lhe os cabelos firmemente presos. - Eu preciso ir.

Alay ergueu os olhos pra ele, e estava em pânico. Precisava de Rafael aqui. Ele segurou o rosto dela, e a beijou por um bom tempo. Era um beijo de despedida. Na opinião de Alay, a pior classe de beijo. E então, com um "Até logo.", ele havia sumido, deixando aquele vazio doloroso em seu peito.

Pablo: Ele foi embora. - Caçoou no dia seguinte, à noite, quando ela entrou no quarto dos dois.

Alay: Vá pro diabo que te carregue, Pablo. - Mandou, quieta, enquanto tirava as botas.

Pablo: Você fica tão bonitinha quando está só. - Continuou, divertido - Oh, pobre Alay, seu Rafael voltou pra mulher. - Ele riu gostosamente com isso.

Alay: Vamos parando? - Perguntou, erguendo o rosto pra ele

Pablo: A essa hora ele deve estar com ela. - Provocou, e Alay olhou pra frente - Você não conhece a mansão da França, mas é incrível. - Atiçou, sentando-se na outra ponta da cama - As camas são enormes. Imagino, Luciana tendo ficado sozinha tanto tempo, em que condição os dois não devem estar agora. - Concluiu, malicioso.

Original SinOnde as histórias ganham vida. Descobre agora