CAP-20

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Pablo puxou ela de volta com tudo, fazendo-a soltar um gritinho de susto, e rolando de lado, colocando-a deitada em seu lado da cama, de costas pra ele, mas ainda abraçando-a pela cintura. Ele deu uma mordida de leve na nuca descoberta dela, e Alay gritou se jogando pra fora da cama, caindo ajoelhada. Ele riu ainda mais enquanto se ajeitava em seu lugar. Alay, mesmo com medo, sorriu, enquanto tirava o hobbie se preparava pra dormir.

Alay acordou cedo naquele dia. Ster tinha uma pilha de espartilhos sujos, e ela não podia manda-los pra lavanderia, ou Pablo os confiscaria. Alay ia, ela tremeu só de pensar nisso, lavar tudo. Pablo, como sempre, não estava mais lá. Ela pegou a pilha de espartilhos e partiu pra lavanderia da mansão. Lá haviam várias pias enfileiradas, os produtos armazenados em caixas. Era um pouco elevada do chão, e no corredor que ficava em baixo dava passagem a dispensa. Alay começou desastrada, mas depois pegou o ritmo. Não era tão ruim.

Pablo: Depois dê a relação completa a Rose, ela fica encarregada dessa parte. Por ultim... - Ele dava ordens a um empregado que seguia ele, anotando o que dizia. Parou quando passou pelo corredor da dispensa. A pessoa pra lavar alguma coisa tinha que ficar agachada. Ele nunca dava atenção quando passava ali. Mas ele conhecia bem aquele par de pernas, descobertos pelo luxuoso vestido azul marinho. Já havia visto, já havia tocado, já havia acariciado. - Vá. Faça o que eu mandei, e se faltar algo, consulte Benjamin. - Ordenou, olhando fixamente as pernas de Alay pelo vão da pia.

Alay, por estar atrás da pia, não via o corredor abaixo. Estava cantarolando distraidamente enquanto lavava um espartilho, e não viu Pablo se aproximar. Ele se fixou atrás dela, observando-a atentamente.

Alay: Mas o que... - Ela se virou, pra olhar o que fazia sombra nela. Quase teve um enfarte. - Ai! - Ela escorregou no chão molhado e ia dar de cara na agua, mas as mãos de Pablo a seguraram pela cintura antes que ela pudesse se molhar

Pablo: Será que você pode me explicar porque diabos as pernas da minha mulher estão expostas na bancada dos empregados? - Ele perguntou calmamente, após por ela de pé.

Alay: Eu estava, estava... como você soube que as pernas eram minhas? - Perguntou, indignada

Pablo: Eu conheço cada pedaço seu, Alay.
- Alay revirou os olhos - Ok. Vamos ver. Você não prende os cabelos porque acha que as pontas deles ficam como feno. - Alay arregalou os olhos. Como ele sabia disso? - Você usa as três ultimas laçadas do corpete mais folgadas, porque acha vulgar deixar os seios pressionados. - Ela corou violentamente. Pablo sorriu, triunfante. - Você tem um sinal, uma pintinha minima, na parte interior da coxa esquerda.

Alay: Já chega! - Ele riu - Eu entendi.

Pablo: Porque está aqui? - Perguntou, sério.

Alay: Eu não tinha nada pra fazer. - Mentiu. Sabia que fora um lixo, mas foi o que veio a mente - Estava...entediada. - Concluiu

Pablo: Entediada? - Ele riu - Deixe-me ver. - Ele olhou a roupa que ela lavava - Ah, você me desobedeceu. Pensei ter mandado deixar isso lá. - Ele lembrou, duro - Mas sem problemas, se você estava entediada, me deixe te ajudar. - Ele segurou ela pelo cotovelo, levando-a pra fora da lavanderia.

Alay não sabia o que esperar. Pablo passou pela área dos empregados, chegando a cozinha.

Pablo: Rose. - Ele disse, malévolo - Alay fará a faxina da casa hoje. - Rose arregalou os olhos e Alay engasgou - Você não estava entediada? - Perguntou, frio - Então. Ela vai limpar, varrer, lavar, tudo o que houve pra ser feito. - Ele se virou pra Alay, que ainda procurava achar sua voz - Coitada da Ster se eu voltar e essa casa não estiver um brilho. - Ele avisou, duro - Tenha um bom dia, meu amor. - Disse ironicamente e selou os lábios com os dela, antes de sair, deixando Alay atônita.
Pablo não voltou pro almoço. Alay trabalhou como uma condenada durante toda a manhã.

Rafael: Lay? - Franziu o cenho ao ver ela começar a lustrar a mesa da sala.

Alay: Como? - Perguntou, distraída - Ah, oi. - Sorriu, cansada

Rafael: O que você tá fazendo? - Perguntou se aproximando

Alay explicou tudo sobre os espartilhos de Ster, o ocorrido na lavanderia pela manhã, e o que Pablo dissera. Quando terminou, foi pra cozinha, acompanhada de Rafael.

Rafael: Isso é absurdo. - Rosnou, tomando o paninho da mão dela - Você não vai limpar nada. Eu não vou permitir. Deixe que de Pablo eu cuido. - Alay nunca havia visto Rafael tão irritado. Nada bom, pensou consigo mesma. A ultima coisa que precisava era Rafael brigando com Pablo por sua culpa.

Alay: Não! - Ela pegou o paninho dele - Olha, eu não quero brigas com Pablo. Não hoje. Eu o desobedeci. Esse é o preço. Por favor, por favor, não interfira Rafael.

Rafael: Mas, Lay... - Interrompido

Alay: Por favor. - Implorou de novo - Agora eu preciso... eu tenho muito a fazer. Licença. - Ela saiu da cozinha, deixando Rafael incrédulo.

A tarde passou normalmente. Rafael mandou um mutirão de empregados fazerem o trabalho na frente de Alay, mas não haviam empregados suficientes pra limpar a toda a mansão antes da morena continuar. Longe dali, na entrada da fazenda, Pablo voltava pra casa, tranquilo.

Original SinWhere stories live. Discover now