CAP-79

5.5K 443 89
                                    

Alay: É mentira! – Disse, se apressando até ele Dulce está em casa, com Larra! Pablo fez uma cara confusa – Eu disse que Dulce tinha sumido, porque ela estava correndo de mim! Eu não, eu... – Ela desabou no peito dele. Pablo abraçou a esposa como se ela fosse seu ar. Alay tremia, estava pálida, fria. Ele afundou o rosto no cabelo dela, sentindo o cheiro que mais amava no mundo: o perfume dela

Alay: Eu tive tanto medo,Pablo. – Ela disse, se separando pra ver o rosto dele – Eu pensei que tinham te feito mal. Eu, eu quase morri. –Pablo segurou o rosto dela entre as mãos, olhando a expressão apavorada da esposa. 

Pablo: Calma. Já acabou. – Disse, olhando ela.

Alay: Pablo, eu acho que eu estou grávida. – Ela disse, e caiu no choro. Pablo sorriu de canto, digerindo a ideia. Grávida. – Eu tive tanto medo de não poder te dizer isso. Eu, eu achei que você... Ah, meu Deus. – Ela se abraçou a ele, que sorriu, acolhendo ela de novo – Eu amo você. – Disse, com o rosto enterrado no peito dele.

Pablo: Eu estou aqui. Está tudo bem, minha vida. – Murmurou no contra o cabelo dela. O dia esta muito mais frio que o anterior. Alay não gostava daquele lugar. O mar parecia querer derrubar tudo o que tocasse. Ventava muito, e ele se agarrou a ela, sentindo o alivio se misturar com o amor que corria em suas veias. – Eu te amo,Alay Marie. – Ele respondeu, erguendo o rosto dela. Alay enlaçou os braços no pescoço dele, beijando-o sedentamente. Ele a segurou pela cintura, trazendo-a pra si. Não tivera oportunidade de dizer, mas ela estava linda vestida daquele jeito. Parecia um anjo. Um anjo em meio ao inferno. Ao inferno que sua cabeça estava. Agora que ele sabia que Dulce estava bem, todas as lembranças daquele lugar inundaram sua cabeça, e Alay era sua única chance de sobreviver. Se beijaram apaixonadamente, até que ouviram palmas. 

Lorena: Que cena linda. – Disse, caminhando despreocupadamente, à uns 150 metros deles – Merecia virar um quadro. – Disse, irônica, sorrindo. Alay gemeu, ainda com os lábios colados aos dele. Se tinha uma coisa que não queria ouvir agora, era a voz de Lorena. Ela soltou os lábios dos dele, e virou os olhos azuis, pra a morena. Olhos de cigana, obliqua e dissimulada. Olhos de ressaca. Foi o que Alay encontrou. Ela vestia vermelho, como sempre. O vento varreu os cabelos de Alay do rosto, e só havia ódio ali.

Alay: Que demônio, DEIXE A MINHA FAMILIA EM PAZ! – Gritou, já sem paciência – SERÁ QUE VOCÊ NÃO ENTENDE? ELE ESCOLHEU A MIM, O JOGO ACABOU!

Escobar: Ela se irritou. – Disse, debochado, rindo junto a Lorena, aparecendo atrás de Alay

Alay: Você viu, as garrinhas dela de fora? – Lorena riu gostosamente

Pablo: Você? - Perguntou, incrédulo. - Escobar, você está junto a ela?

Alay: Você conhece ele? - Perguntou, surpresa.Escobar fora amigo de Pablo o tempo inteiro, em sua juventude. Mais amigo até que seus irmãos. Eram unha e carne. Pelo visto, nem tanto.

Alay: Pablo, vamos embora daqui. - Pediu, nauseada. Tinha um péssimo pressentimento em relação a aquele lugar.

Lorena: Tão fácil? - Perguntou, se aproximando dos dois.

Escobar: É realmente, muito bonita. Mas o que tem de bonita, tem de burra. -Pablo rosnou com a ofensa.

Pablo: Que diabo vocês querem? Já acabou, vocês não tem mais nada a ganhar.

Alay: Aliás, tem uma coisa que vocês podem ganhar. Anos de cadeia, vai ser ótimo. - Rosnou, ainda abraçada a ele. Lorena riu.

Escobar: Vadiazinha da língua afiada. - Disse, erguendo a mão pro rosto de Alay.A ultima coisa que Alay sentiu foi a mão do marido solta-la, e ele voou pra cima de Escobar, em um murro. 

Original SinWhere stories live. Discover now