CAP-37

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Os dias foram passando. Alay estava se sentindo uma Larra Vitória. Ia pra cama com Pablo quase todos os dias, e a cada dia se tornava melhor. Já Larra estava irredutível. Seu resguardo duraria 30 dias. Benjamin, á noite, ria da irritação da mulher por não poder toca-lo.

Larra: Sabe que dia é hoje? - Perguntou, mordendo o lábio pra prender o sorriso

Benjamin: Por suposto que não. - Mentiu. Sabia sim que dia era. Hoje fazia um mês que Diogo nasceu. O resguardo de Larra chegou ao fim.

Larra: Benjamin! - Fez uma careta, corando. Benjamin se estourou de rir. Ambos já estavam vestidos pra dormir. Benjamin estava sentado na cama, encostado na cabeceira da mesma, e Larra de pé, no meio do quarto.

Benjamin: O que foi? - Perguntou, olhando a mulher corar - Anda, me diga, que dia é hoje? - Perguntou, sorrindo pra ela.

Larra: Pois não direi. - Resmungou, indo pro seu lado da cama - Boa noite. - Disse, e se deitou, virando-se de costas pra ele.

Benjamin ficou observando a mulher por um momento. Era tão linda quando ficava com vergonha. Ele se deitou, virou-se pra ela, e lhe abraçou pela cintura.

Benjamin: Refresque minha memória. - Murmurou enquanto se deliciava com a pele do pescoço dela. Larra sorriu de olhos fechados, e virou-se pro marido, que se apossou da boca dela com gana.
E aquilo durou a noite inteira. O dia estava amanhecendo, e enquanto a casa toda estava afogada em seu sono, LyB estavam mais acordados que com vontade de dormir. A paz, finalmente, reinava naquela casa. Os casais se amavam, estavam felizes. O herdeiro era forte, saudável. Só havia uma peça sem seu par. Rafael.

Rafael: Lay, eu vou viajar. - Anunciou, em uma das tardes em que Pablo trabalhava e A&R ficavam no chalé.

Alay e Rafael não haviam se tocado mais, desde a reconciliação de P&A. Eram os melhores amigos, desde então.

Alay: Porque?

Rafael: Eu quero ver a Luciana. - Disse, simplesmente. Alay franziu a sobrancelha, desconfiada - Saudade. - Admitiu, sincero.

Alay: Porque você não traz ela? - Pediu, só pra ser agradável. Sabia que sentiria ciúme de Luciana. Mas se era por Rafael, ela estava disposta.

Rafael: Ainda não. Mas trarei. - Prometeu

Alay: Quando você vai?

Rafael: Hum... - Ele consultou o relógio em seu braço - Daqui a 2 horas. - Sorriu torto, provocando ela.

Alay: Rafael, como pôde? ' - Reclamou, vendo ele se levantar

Rafael: Surpresas são sempre tão agradáveis. - Brincou com a irritação dela - Preciso ir. Ainda há algumas coisas pra por na mala.

Alay: Quanto tempo você demora? - Perguntou, acompanhando-o até a porta.

Rafael: Não sei ao certo. Lay, eu deixei a Luciana sozinha muito tempo. Eu preciso dela. Mas voltarei, prometo. - Sorriu novamente.

Alay assentiu, pensativa. Não queria fazer, mas se sentia culpada por estar desprezando-o. Sabia que ia se sentir suja, imunda quando voltasse pra Pablo, mas era necessário. Ela engoliu em seco e se aproximou dele, erguendo-se pra beijá-lo, mas ele desviou o rosto.

Rafael: Desse jeito não. - Disse, antes de acariciar o rosto dela. Alay sorriu. Rafael era perfeito. Ele a entendia. - Até a volta, minha Lay. - Ele beijou a testa dela, e então tinha sumido, deixando apenas seu perfume.
Rafael foi embora. Alay voltou andando pra casa. Jantou, normalmente. Depois, pediu licença e foi pro quarto. Vestiu sua camisola e ficou lá, olhando a chuva pela janela, perdida em seus pensamentos. Estava sendo injusta com Rafael. Entretanto, não tinha coragem de abortar seu casamento, agora que parecia estar funcionando. Era um sonho que virava realidade.

Pablo: Você sente falta dele. - Afirmou tempos depois, antes de se postar atrás dela, segurando-a levemente pelos ombros

Alay: Não é só isso. Porém, sinto falta sim. Rafael é um grande amigo. - Disse, se aconchegando no peito dele.

Pablo: Só um amigo? - Perguntou, acariciando os braços dela, enquanto lhe olhava.

Alay: Apenas um amigo. - Confirmou. E não era mentira. Há tempos ela não desejava Rafael como homem. - Parece que não vai parar de chover nunca. - Observou, olhando a chuva. Nesse instante uma rajada de vento se jogou contra a janela. Pablo riu.

Pablo: Desde que eu me entendo por gente está chovendo. - Concluiu, com uma careta. Alay riu, e ele sorriu pra ela.

O azul do olhar de Alay encontrou o verde do olhar dele, e então ela não lembrava do que estava rindo. Ele sorriu de canto enquanto aproximava os lábios dos da esposa, lentamente. Quando os lábios se tocaram, um trovão estrondou do lado de fora, assustando Alay. Pablo riu e segurou o rosto dela, apossando-se de sua boca docemente. Os dois estavam começando a curtir o beijo, quando o choro de Diogo cortou o silêncio predominante. Eles deixaram pra lá, mas como ninguém foi ver o menino, se separaram.

Alay: Eu vou ver ele. Me espera. - Pablo afirmou e ela ia saindo, quando a voz de Benjamin veio do outro lado.

Benjamin: Não precisa, eu estou indo. - Dispensou. Alay se virou de volta, sorrindo.

Pablo: Eu nunca disse, mas você estava linda quando Diogo nasceu. Tinha algo diferente no seu rosto. - Ele disse, enquanto ela voltava pra ele, recebendo-a em seu abraço e acariciando lhe a maçã do rosto.

Alay: Foi um dia difícil. Mas depois, quando ele estava lá, berrando tal como um condenado, tinha valido a pena. E o cheiro. - Pablo franziu a sobrancelha - Você precisava sentir o cheiro da respiração dele. Ele nunca tinha comido nada. Cheirava a vida. - Ela sorriu, enquanto ele acariciou o maxilar e o pescoço dela com seu nariz e rosto

Pablo: Estava perfeita. Algo no seu olhar havia mudado. - Comentou, beijando a curva do rosto dela de leve.

Alay: Eu quero te dar um filho, Pablo. - Concluiu, com um sorriso de canto no rosto. Viu Pablo parar e, um instante depois, ergueu os olhos pra ela - Eu quero ser mãe de um filho seu, Sr Deville. - Pablo sorriu, e após por a mão na nuca dela, apossou-se de sua boca sedentemente.

Original SinWhere stories live. Discover now