CAP-60

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Benjamin: Pelo amor de Deus, nós estamos esperando há mais de 20 minutos. – Se queixou, encostado no balcão da recepção

Pablo: Eu não vou deixar ela fugir, não de novo. – Ele olhou uma lista que estava atrás do balcão, e saiu, rumando o quarto de Alay.

Um dos homens contratados por Pablo seguiram Guilherme, e encontraram Alay. Pablo não hesitou em ir até lá, e Benjamim insistiu em ir também. Os dois subiram as escadas como em um vôo.

Pablo: Alay, abre essa porta! Eu sei que você está ai! – Chamou, após minutos batendo na porta. Nessa hora Dulce começou a chorar – Vamos, Lay.

Nessa hora ouviram um gemido sufocado, fraco de Alay. “Pablo...” ela chamou. O loiro se desesperou. Ela não estava bem.

Benjamin: Sai. – Pediu, rápido, e deu um pontapé com tudo na porta, que abriu com força.

A cena foi nauseante. Alay estava amarrada, amordaçada na cama, com a perna ferida em vários pontos, e a cobra em cima da cama. Enquanto Pablo observava, o animal feriu Alay com mais uma mordida. Pablo foi ajudar a esposa rapidamente. Jogou puxou a cobra com tudo, e jogou no chão. Benjamin esmagou a cabeça do animal com uma pisada.

Pablo: Tire Dulce daqui. – Ordenou, e Benjamim assentiu, tirando a criança rapidamente de lá. – Alay. – Murmurou, desamordaçando ela.

Alay não respondeu. Ele fez o óbvio. Abaixou-se á perna de Alay, e começou a sugar os ferimentos. O único gosto ali era do veneno. Nem um vestígio do sangue da Morena. O rosto de Pablo estava contorcido na mais completa dor. Meu Deus, não. Ele ia, de ferimento em ferimento, sugando até conseguir sentir o gosto doce do sangue, depois cuspia fora. Ele checou a perna dela, até todos os ferimentos estarem limpos. Quando a Alay, estava afogada na mais completa escuridão. Tentava caminhar, mas suas pernas eram pesadas. Tentava gritar, mas não havia voz. Sem contar a queimação absurda que sentia por todo o corpo. Até que, de longe, uma voz foi lhe chamando.

Pablo: Lay, acorde. – Ele segurou o rosto da Morena, olhando-a. Estava fria, mole. O único sinal de que estava viva era sua respiração. – Acorde. – Pediu de novo. – Que diabo, eu te amo. – Murmurou, desesperado.

Alay: Al...Pablo. – Ela conseguiu murmurar, perdida na escuridão.

Pablo: Você está viva. Ah, Deus. – Ele deu vários beijos no rosto dela.

Alay: Era tudo mentira... – Murmurou, ainda de olhos fechados.

Pablo: Não importa, eu amo você. – Disse, com os olhos cheios d’agua, erguendo o rosto dela. A morena tinha os olhos entreabertos, fraca.

Alay: Eu estou morrendo. – Constatou em um sussurro, quando não tinha mais forças pra falar. Então a escuridão a engoliu novamente.
Pablo entrou em desespero quando Alay desmaiou novamente. Pense, seu idiota. Um médico. Era disso que ela precisava. Ele carregou o corpo mole da esposa, e saiu como um raio pelo corredor do hotel. Em poucos minutos, entrava no hospital mais caro da cidade (Obviamente, era onde os Deville se tratavam quando adoeciam), levando ela no colo. Uma enfermeira levou Alay, e deixou Pablo sozinho.

Rafael: E então? – Perguntou, entrando na sala onde Pablo estava, acompanhado por Larra – Benjamin chegou em casa com Dulce, e disse que Alay estava ferida. O que houve?

Pablo: Uma cobra. – Murmurou, lembrando-se do animal. – Eu vou matar quem prendeu ela ali. – Disse pra si mesmo – Vou matar com as minhas mãos.

Larra: Prendeu? – Perguntou, confusa.

Pablo: Prendeu. Estava amarrada a cabeceira da cama, e amordaçada. Alguém fez isso com ela.

Original SinDonde viven las historias. Descúbrelo ahora