CAP-35

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Naquela época, ter um filho homem era um orgulho. Se fosse menina... bom, pelo menos tinha saúde. Mas Benjamin disse o nome da filha com tanto amor, era anormal. Os minutos continuaram passando, e se converteram em horas. Lá em cima a situação também não era fácil. Larra já coroava de dor. Alay estava atônita com o desespero da irmã.

Parteira: Força! - Pediu, animando Larra. A cabeça do bebê estava quase do lado de fora.

Alay: Vamos, La. - Pediu, angustiada. Ela segurou a mão de Larra durante todo o parto. Sua mão estava quase sangrando agora.

Larra: Eu não agüento mais. - Murmurou, no meio de seu choro.

Alay: Pelo seu filho. Pelo Benjamin. - Insistiu. Larra assentiu, e fez força de novo.

Mais minutos se passaram, e finalmente, com um ultimo grito, o herdeiro nasceu. Era um menino, chorava, esperneava. Larra riu entre as lágrimas. Alay pegou o menino na manta, enquanto a parteira e Rose cuidavam de Larra.

Larra: Leve ele pro pai. - Pediu, sem forças, sorrindo, quando Alay terminou de limpar o bebê. Alay assentiu.

Alay avançou pelo corredor, olhando o menino nos braços. Não havia aberto os olhinhos ainda. Tinha um cheiro diferente. Cheirava a vida. Ela desceu as escadas, e encontrou o olhar de Benjamin, que chorava com a mão na testa.

Alay: O seu menino. - Disse, e entregou Diogo a Benjamin, que o segurou, derretido. - Larra está bem. Apenas está cansada. - Respondeu ao olhar indagador e preocupado dele.

Pablo sentiu algo diferente ao ver Alay carregando o bebê. Por uma fração de segundo, quis que aquele menino fosse seu. Estava aturdido. Odiava crianças, qual o problema agora? Franziu a sobrancelha, e quando olhou Alay, viu que ela, mesmo sem olha-lo, tinha a mesma expressão.

Benjamin: Ninguém vai trabalhar. - Murmurou, quando o bebê segurou seu dedo, sem força nenhuma - Todos os empregados, dessa mansão, da empresa, do raio que me parta em dois, ninguém vai trabalhar. Serão pagos pra ficar em casa uma semana, descansando e comemorando, com tudo do bom e do melhor, o nascimento do meu filho. - Disse, orgulhoso e fascinado com a criança em seus braços. Rafael sorriu.
E foi como Benjamin mandou. Rafael voltou ao escritório, e avisou a todos que ninguém trabalharia durante 7 dias, e que os Deville pagariam festas por todos os cantos. A chegada do Herdeiro merecia ser comemorada. E todos comemoraram, só não se sabia se era pelo nascimento de Diogo, ou pela semana de folga e a festa bancada.

Benjamin: La? - Perguntou, entrando no quarto. Tinham lhe tirado Diogo pra lhe dar os cuidados necessários. Larra já havia tomado banho. Rose trocou tudo no quarto, estava tudo limpo. A ruiva repousava entre os fofos travesseiros, com os cabelos presos, e em uma camisola que parecia absurdamente confortável. Ele se aproximou dela, sentando-se ao seu lado na cama. Ela ressonava levemente. Estava lá, olhando-a a minutos, quando ela despertou.

Larra: O bebê? - Perguntou, sonolenta.

Benjamin: O nosso Diogo está bem. Foi com a Alay e a Parteira, elas vão traze-lo logo. - Larra sorriu - Você está bem? - Acariciou o rosto da amada, preocupado

Larra: Tenho a sensação de que vou dormir por uma semana. - Disse, se abraçando ao peito dele, Benjamin riu.

Benjamin: Vou deixar você dormir. - Disse, se levantando, pronto pra dá-la o sono que tanto precisava. Mas Larra não deixou.

Larra: Não! Fique. - Segurou o braço dele - Deite aqui comigo. - Ela chegou pro lado, e ele, após tirar os sapatos e as meias, deitou-se ao lado dela, que o abraçou novamente, pousando a cabeça em seu peito. Benjamin aninhou ela em seus braços e a ninou, enquanto deixava os lábios pousados na testa dela. - Se importa se eu dormir assim? - Perguntou, dengosa. Benjamin sorriu.

Benjamin: Descanse em paz, meu amor. - Murmurou contra a testa dela, selando os lábios com a mesma em seguida. Não demorou muito, Larra desabou em seu sono, e Benjamim ficou ali, a afagá-la. Sua vida sem ela não era nada, notou, enquanto embalava o sono da amada.

Alay: Ai! - Gritou recuando ao entrar no banheiro e ver Pablo ali, encostado perto do espelho, sem o paletó e descalço - Que susto, Pablo! - Ela pôs a mão no peito, tentando regularizar a respiração. Ela ainda estava de toalha, pelo banho recém-tomado. Voltou ao banheiro pra buscar algo, e se esqueceu do que era quando o viu ali. De onde ele tinha saído?

Pablo: Eu te assusto? - Perguntou, divertido com a expressão dela.

Alay: Não, imagina. - Disse irônica, voltando pro quarto.

Alay ouviu Pablo rir. Era aquele riso sincero, que ela amava. Sorriu, enquanto pegava um espartilho no guarda-roupas. Quando se virou, ele estava lá, assustando-a de novo.

Alay: Pelo amor de Deus, quer parar com isso? - Perguntou, acusando-o com o olhar. Mas Pablo sorriu. - Vai ficar ai?

Pablo: Sou seu marido, qual o problema de se trocar na minha frente? - Perguntou, enquanto se ajeitava na cama, como quem se prepara pra ver um filme.

Alay olhou pro chão, enquanto sentia o rosto corar. Seu cabelo estava molhado, e caiu uma mecha pelo rosto. Pablo olhou ela colocar o fio no lugar com fascinação. Que diabo deu nele?

Alay: Que seja. - Respondeu, dando de ombros. Ela pôs o shortinho da roupa de baixo (tipo aquelas calcinhas shorts, só que um dedinho maior), por baixo da toalha mesmo. Pablo ergueu a sobrancelha, esperando. O espartilho ela não poderia colocar com a toalha - Você tem algum problema? - Perguntou, virando-se pra ele.

Pablo: Por suposto que não. - Disse, sorrindo pra ela - Porém, se você continuar de toalha na minha frente, nós vamos ganhar um. - Alfinetou, e Alay fez uma careta.

Alay: Tudo bem. - Ela respirou fundo e deixou a toalha cair, expondo seus seios. Abriu o espartilho e colou-o no corpo, virando as mãos pra trás, e começando a puxar os frios.
Mas era tarde demais. O olhar de Pablo tinha se dilatado enquanto olhava ela, que a pouco esteve nua em sua frente, e agora estava ali, com aquele pingo de roupa. Chovia lá fora, como sempre. Ele observava o corpo dela, as coxas torneadas, o traseiro volumoso, a cintura definida. Era tarde, muito tarde. Ele viu a dificuldade que ela começou a ter pra puxar os cordões, e prontamente se levantou.

Pablo: Venha aqui. - Ele apontou pra penteadeira. Ela ergueu a sobrancelha, mas foi. Ia precisar da ajuda de alguém mesmo. Foi até ele e se amparou na mesa, se inclinando um nadinha pra frente, e Pablo foi pra trás dela.

Alay: Mas, o que... - Ia perguntar, quando sentiu o que tinha amarrado ir se afrouxando - Pablo, porque...?

Pablo: Eu quero você, Lay. - Anunciou, abraçando-a por trás, e dando-lhe um beijo chupado no pescoço - E eu quero agora. - Concluiu, encontrando o olhar dela pelo espelho.

Alay: Pablo, a Larra está precisando...hum! - Ela tentou se esquivar, deixando seus instintos mais puros falarem. Não funcionou. Pablo fez ela se curvar sobre a penteadeira novamente e se inclinou sobre ela. Passou a mão por sua cintura e puxou ela pra si, fazendo-a sentir sua potente excitação, consequentemente arrancando um gemido abafado dela. - Não faz. - Pediu, derrotada.

Pablo: Porque não? - Murmurou, antes de morder a orelha dela de leve, fazendo-a se arrepiar

Original SinWhere stories live. Discover now