CAP-69

5.5K 478 13
                                    


Quando a paz voltou a reinar, cada um foi pro seu canto. Alay tomou um banho relaxante, e se vestiu pra dormir. Pablo entrou no banheiro, pra se banhar também. A noite, pra variar, estava fria.

Alay: Tenha sonhos felizes, meu amor. – Murmurou pra filha, após coloca-la, adormecida, em seu berço. Alay já havia lavado, penteado e amamentado Dulce. Ela cobriu a filha, e alisou.

Pablo: Eu terei. – Murmurou, brincalhão no ouvido dela. Alay pôs a mão na boca pra sufocar o grito de susto.

Alay: Estúpido! – Disse, prendendo o riso, e dando um tapinha nele que se encolheu. Alay olhou Dulce uma ultima vez, e se afastou do berço da filha.

Pablo viu a esposa atravessar o cômodo, tirando o hobbie que vestia. Ela o deixou, cuidadosamente, em uma poltrona. Depois a morena foi pra perto da penteadeira, tirando a pulseirinha prata que usava. Ela deixou a peça na penteadeira, e pegou um elástico, prendendo os cabelos em um longo rabo de cavalo. Foi então que ela encontrou o olhar, verde intenso dele, pelo espelho.

Alay: Aconteceu alguma coisa? – Perguntou, se virando pro marido, enquanto terminava de prender o cabelo.

Não ajudou. Como ela estava com os braços erguidos, seu corpo ficava marcado na camisola. Os seios fartos, a curvatura generosa, as pernas bem definidas. Só que ela não tinha a mínima noção disso.

Pablo: Aconteceu. – Ele deu corda, prendendo o sorriso, enquanto voltava a secar a nuca com a toalha que tinha na mão.

Alay: O que? – Perguntou, confusa, ajeitando a camisola no lugar.

Pablo: Minha mulher. – Continuou, e Alay sorriu.

Alay: O que tem ela? – Perguntou, erguendo a sobrancelha.

Pablo: Me provocou muito hoje. Quase não me deixou sair de tarde. – Alay riu, e ele sorriu de canto.

Alay: Foi? – Pablo assentiu, começando a se aproximar – E então?

Pablo: E então que agora... – Ele viu ela recuar – Ela me paga. – Rosnou, jogando a toalha com força pro lado, brincando. Alay fingiu se assustar, prendendo o riso. - Sim, senhora. – Ameaçou, abrindo o feixe do punho da camisa branca, de linho, que usava. – Não corra. – Avisou, vendo a cara dela.

Foi como se ele ordenasse o contrário. Alay correu, passando rapidamente pelo marido, rindo. Pablo foi atrás dela, que sentia o marido perto de si, enquanto se esquivava dele, correndo pelo quarto.

Alay: Pára! – Pediu, se escondendo atrás de uma poltrona. Ela ofegava pela corrida, e ria. Pablo foi na direção dela, que foi pra oposta, deixando a poltrona de empecilho entre os dois.

Pablo: Vem aqui. – Chamou, lançando a mão pra pegar ela. Alay se esquivou, e correu de novo.

Pablo foi atrás da mulher, e dessa vez a agarrou. Alay caiu com tudo no chão, mas não se deu por vencida: levou ele junto. Ele puxou a perna dela, fazendo-a vir em direção a ele. A loura pegou a toalha dele, que estava no chão perto dos dois e jogou no rosto do marido, tapando-lhe a visão, e tentou fugir de novo. Quando ele tirou o pano do rosto viu a esposa distante dele, engatinhando rapidamente. Ele se levantou e foi atrás, ganhando dela pela velocidade. Alay, ao ver isso, se levantou depressa e correu. Só que a cama estava na frente. Ela, com um pulo, subiu na cama, querendo atravessa-la, mas Pablo puxou ela pela perna, fazendo ela cair deitada, de bruços. Ela sentiu o marido se deitar sob ela, prendendo-a na cama. Havia perdido.

Pablo: E agora? – Perguntou, vitorioso, antes de mordiscar o ombro dela, que se arrepiou - O que eu faço com você? - Perguntou metaforicamente, Alay riu quando ele lhe mordeu de novo.

Original SinOù les histoires vivent. Découvrez maintenant