CAP-75

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Pablo: Alay, o que houve? – Perguntou, entrando no quarto. Alay já tinha colocado Dulce pra dormir, já havia tomado banho, e agora terminava de se aprontar pra dormir.

Alay: Nenhum. – Respondeu, sem vontade, terminando de pentear os cabelos.

Pablo: Aconteceu alguma coisa? – Perguntou, olhando ela.

Alay: Já disse que não é nada. – Repetiu, cansada, enquanto puxava o cobertor grosso da cama, ajeitando-a pra dormir.

Pablo: Ah, não? – Perguntou, vendo ela arrumar a cama dos dois – Então porque está assim? Calada, cabisbaixa, quieta, deprimida? – Ela não respondeu, apenas arrumou os travesseiros na cama. Pablo suspirou, desamarrando o roupão. Já estava pronto pra dormir, também. Só vestira o roupão e fora tentar acalmar Rafael, que se negava a sair do lado de Johanna. Ele tirou o roupão e colocou na poltrona, do lado do hobbie branco dela. – Vamos lá. Sou seu marido. Você pode confiar em mim. – Alay soltou o travesseiro que segurava ao sentir as mãos quentes do marido tocando-lhe o ombro, descoberto pela alça da camisola de seda, confortando-a. – Qual o problema?

Alay: O problema. – Ela repetiu, rindo de leve, sem vontade – Meu problema é que eu estou com inveja. É, inveja é uma boa palavra. – Considerou, sorrindo, sem emoção.

Pablo: Inveja? – Perguntou, confuso. Não via do que Alay podia ter inveja – Inveja de que? Me diga o que quer, e eu vou te darei. – Confortou, alisando os ombros dela.

Alay: Eu quero um filho, Pablo. – Disse, libertando o que lhe consumia por dentro – Eu quero poder ter outro filho. Quero ter o filho homem do qual eu sei que você sente falta. Eu quero não ser estéril, Pablo. – Se condenou, virando-se pro marido.

Pablo: Não diga isso. – Pediu, acariciando a maçã do rosto dela. Alay fechou os olhos, sentindo a pele inflamar sob o toque dele – Você não é estéril. Dulce é a prova viva disso. – Disse, acariciando lhe o rosto

Alay: Justamente. Só Dulce Maria. Nós transamos quase toda noite, Pablo. Porque eu não engravido? Tem outra justificativa? – Perguntou, abrindo os olhos.

Pablo: Eu tenho. – Ele sorriu, tranquilo.

Alay: Qual? – Perguntou, se distraindo.

Pablo: Eu. – Disse, sorrindo.

Alay: Você o que? – Perguntou, confusa.

Pablo: Eu tenho uma confissão a fazer. – Disse, se jogando de costas na cama, abrindo os braços. – Algo que eu nunca te disse. – Disse, se fazendo de sério.

Alay: O que seria? – Perguntou, se aproximando, ficando dentre os joelhos dele.

Pablo: Sou eu. Eu só posso gerar filhos a cada lua cheia. – Com essa até Alay, que estava deprimida, riu – Não ria! – Pediu, mas ria também – Jogaram um feitiço em mim quando eu era bebê, ai é assim. Funciona o tempo todo, - Garantiu, erguendo a sobrancelha pro olhar dela – Mas filhos, só na lua cheia. 

Alay: Jura? – Perguntou, ainda rindo.

Pablo: O único problema é que nunca se sabe em que lua estamos, já que tem sempre uma camada generosa de nuvens em volta dela. O jeito é irmos tentando. – Insinuou, sorrindo.

Alay: Pode parar. – Ela ia sair, só que ele prendeu ela entre os joelhos – Pablo! – Reclamou, se equilibrando.

Pablo: O quê? – Perguntou, com o olhar fixado no corpo dela

Alay: Pára! – Ela se tapou com os braços. Demônios, ele estava fazendo ela esquecer o assunto.

Pablo: Eu sempre tive uma fantasia, sabia? – Comentou, erguendo o olhar pra ele. O verde dos olhos dele estava escurecido pelo desejo.

Original SinWhere stories live. Discover now