Inigualável

52: Eu lhe pedi para assustar Gao Yi não a mim

Traduzido e revisado por Ka-e [@_endecha]

◃ ▹

A noite estava fria e a neblina espessa. Filetes de névoa persistiam enquanto os mortos choravam.

Entre meio adormecidos e meio acordados, as pessoas daquela pousada praticamente podiam ouvir aquela voz que vinha de longe, cavalgando sobre o vento frio. À medida que se aproximava e flutuava em casas e quartos e em seus ouvidos, mantinha-os despertos e longe de seus sonhos.

Tudo isso permaneceu até Feng Xiao começar a gritar. Muito menos humanos normais, mesmo se tivessem sido fantasmas, teriam ficado assustados em estado mudo.

Cui Buqu não era um fantasma, na verdade ele estava ficando no mesmo quarto que Feng Xiao, então também foi forçado a acordar.

Sua saúde não estava em um estado digno, então naturalmente seu coração batia rapidamente quando acordava. Desta vez também não foi exceção.

Mas Feng Xiao até virou a cabeça e disse inocentemente: "Você foi acordado? Desculpe-me, eu estava gritando para fora, você pode voltar a dormir."

Ele pensou que Cui Buqu iria jogar um temperamento, mas depois de muito tempo, o outro ainda estava sentado na cama olhando para a distância distraidamente. Seu rosto estava vazio e o sono ainda grosso nos olhos.

Feng Xiao pensou em seu coração: Será que ele ficou entorpecido de medo por causa de meus gritos agora mesmo? Ele caminhou e segurou o queixo de Cui Buqu, virando a cabeça do outro para olhar para si.

Ele sabia que toda vez que Cui Buqu se levantava de sua cama, esta seria uma visão familiar e recorrente. O tempo em que passaria distraído dependeria de ter ou não dormido suficientemente. Portanto, as olheiras sob seus olhos indicavam que ele não dormira o suficiente.

Neste momento, Cui Buqu estava em seu estado mais fraco, mais vulnerável, e também no estado onde era mais fácil intimidá-lo.

O coração brincalhão de Feng Xiao ficou comovido, então ele tocou a cabeça do outro e disse com uma voz gentil: "Meu bom filho, é hora de acordar e ver um fantasma."

Cui Buqu finalmente acordou e deu um tapa na mão dele, depois suspirou.

"Não vamos ver um fantasma, vamos nos tornar um fantasma."

Outras pessoas poderiam não saber do que ele estava falando, mas Feng Xiao sabia. Ele sentiu que isso era muito interessante.

"Será que alguém pensou em um plano semelhante ao nosso?"

Cui Buqu não lhe respondeu, mas perguntou: "Você se lembra que quando nos hospedamos pela primeira vez nesta pousada, aquele guia turístico chamado Chen Cheng, disse que quando esta pousada foi chamada de assombrada, alguém uma vez encontrou um cadáver naquele poço?"

Feng Xiao: "Mais tarde eu também investiguei. Segundo o que dizem, o poço tinha alguns ossos definhando. Não se sabia a quem pertenciam ou quando apareceram lá. Também não se sabia se o dono morreu muito tempo antes de serem jogados lá, ou se morreu somente depois de ser jogado lá dentro. Porque se passaram anos, ninguém veio verificá-los e foram enterrados apressadamente depois disso."

Cui Buqu esfregou suavemente os olhos, como se quisesse, na verdade, esfregar a fadiga.

"Eu até me lembrei que quando Chen Cheng mencionara o poço vazio daquela vez, seu rosto estava cheio de medo e choque."

Feng Xiao continuou: "E ainda quando outros falaram disso, estavam cheios de curiosidade e medo."

Cui Buqu: "O poço, Chen Cheng, Li Fei, terceiro encarregado, Duan Qigu; existem conexões entre essas poucas pessoas?"