100: Porque esta história estava relacionada a Cui Buqu

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Traduzido e revisado por Ka-e [@_endecha]

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Este nome, Yu Mo, era como um livro que havia sido abandonado por anos; deixado para acumular poeira, mas que de repente caíra de sua prateleira para se abrir em frente à Cui Lin.

Deixando-o indefeso e despreparado.

Estas memórias eram tabus, e mais do que isso, eram vergonhosas. Elas não eram apenas sua vergonha, mas também a vergonha de toda a família Cui.

Foi um erro que ele cometera quando era jovem e selvagem. Foi uma tragédia que ele jamais desejaria recordar em toda a sua vida.

Um som estrondoso e trovejante soou acima de sua cabeça!

Seu corpo inteiro tremeu quando ele levantou sua cabeça inconscientemente.

O céu fora do beiral brilhou por um momento como a luz do dia, mas depois ficou bruscamente escuro.

Nuvens negras flutuaram de repente em uma noite agradavelmente brilhante, escondendo todo o luar que brotava como um ramo de salgueiro.

O céu e a terra afundaram na escuridão. Vento e chuva emergiram.

O cérebro de Cui Lin estava um caos; ele alternava entre visões borradas das faces de Yu Mo e Cui Buqu. Elas misturaram-se e confundiram-se de forma inconsistente.

"... San-Lang! San-Lang!" A serva não conseguiu se lembrar quantas vezes o chamou, até que Cui Lin finalmente olhou-a com um par de olhos enevoados.

O vento soprou mais frio do que antes, empurrando Cui Lin dois passos para trás.

"Você está com um péssimo aspecto. Devo chamar um médico ou a patroa?"

As palavras de Bai Yu conseguiram, grosso modo, trazer Cui Lin de volta à realidade.

"Certo! Temos que dizer ao pai. Diga a ele imediatamente!" Cui Lin empurrou a serva para o lado antes de passar por ela apressadamente.

As contínuas gotas de chuva recomeçaram, e a brisa da noite trouxe uma forte chuva.

No entanto, Cui Lin não sentia frio algum.

Seus passos foram ficando cada vez mais rápidos. Na escuridão, ele corria precipitadamente com suor pesado e uma expressão de pânico.

Cui Buqu também não sentia frio.

Ao lado de seu pé havia um pequeno monte de uma colina não muito longe da cidade de Anping.

Ante ele havia uma pequena sepultura abandonada.

Não muito longe do túmulo havia um cemitério, e aquele lugar era o verdadeiro cemitério da família Cui.

Feng Xiao leu a lápide da sepultura diante de si.

Aqui está Yu Mo.

Não existiam prefixos ou inscrições.

Quando as pessoas do campo passavam, o máximo que podiam tentar adivinhar era que o proprietário do túmulo era uma mulher. Quanto a se ela era casada ou não, ou o que aconteceu com ela, ou quem estabeleceu seu túmulo — elas não conseguiriam saber. Definitivamente não seriam capazes de adivinhar que ela era parente do clã Cui.

"Esta certamente é uma história muito longa." Feng Xiao disse.

Ele já ouvira muitas histórias.

Cada pessoa do Jianghu que conseguia fazer um nome para si, certamente teria sua própria vicissitude, seu passado rochoso ou magnífico. Entretanto, Feng Xiao era uma exceção. Ele sempre navegou uma viagem tranquila como o orgulhoso filho dos Céus. Ele nunca gostou de ouvir as histórias dos outros, pois mesmo se ouvisse um número incontável delas, eram histórias que pertenciam a outras pessoas. Independentemente se sentisse simpatia ou fúria por elas, seria inútil.

InigualávelWhere stories live. Discover now