Be Your Everything

By bmt5hh

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[FINALIZADA] Existem muitas definições para o amor. Uns dizem que amor não existe sem sacrifício. Outros dize... More

Capitulo 1 - Someone different
Capitulo 2 - Unexpected
Capitulo 3 - Smile
Capitulo 4 - Speeechless
Capitulo 5 - Little note
Capitulo 6 - Friend
Capitulo 7 - Idiot
Capitulo 8 - Goodnight kiss.
Capitulo 9 - First kiss
Capitulo 10 - Kiss me
Capitulo 11 - Picnic
Capitulo 12 - Bad Day
Capitulo 13 - Distraction
Capitulo 14 - I promise
Capitulo 15 - Sinu
Capitulo 16 - Good night
Capitulo 17 - Love
Capitulo 18 - Gift
Capitulo 19 - Girlfriend
Capitulo 20 - No way
Capitulo 21 - Chasing pavements
Capitulo 22 - Parents
Capitulo 23 - Bath
Capitulo 24 - Why?
Capitulo 25 - Fuck it
Capitulo 26 - Lego house
Capitulo 27 - Keep calm...
Capítulo 28 - New chapter
Capítulo 29 - Heartache
Capítulo 30 - Incident
Capítulo 31 - Shit!
Capítulo 32 - Normal
Capítulo 33 - Not you, Lo.
Capítulo 34 - Same thing
Capítulo 35 - Take me into your lovin' arms
Capítulo 36 - Decision
Capítulo 37- Angel
Capítulo 38 - You can kiss me right now
Capítulo 39 - Do you love me?
Capítulo 40 - God help me.
Capítulo 41 - It's a good day, Camila.
Capítulo 42 - Something is going on...
Capítulo 43 - Fucking perfect
Capítulo 44 - Jealous
Capítulo 45 - Breaking the rules
Capítulo 46 - Freak
Capítulo 47 - How I Met Your Ex Girlfriend
Capítulo 48 - Something about love
Capítuo 49 - One Month
Capítulo 50 - Hickey
Capítulo 51 - The nightmares in my head are bad enough
Capítulo 52 - Don't cry (parte 1)
Capítulo 53 - Don't cry (parte 2)
Capítulo 54 - Hello beautiful
Capítulo 55 - That day
Capítulo 56 - Home.
Capítulo 57 - Lucky
Capítulo 58 - Prom?
Capítulo 59 - Happy birthday, Camila
Capítulo 60 - Lavenders
Capítulo 61 - Back at one
Capítulo 62 - Foreboding
Capítulo 63 - San Miguel
Capítulo 64 - Nightmare house
Capítulo 65 - The Visit
Capítulo 66 - Bad dream?
Capítulo 67 - Reality sucks
Capítulo 68 - Grey
Capítulo 69 - Space is just a word
Capítulo 70 - Is everything okay?
Capítulo 71 - Time
Capítulo 72 - Give me love
Capítulo 73 - Back to normal
Capítulo 74 - Dinner
Capítulo 75 - New conquests
Capítulo 76 - Our song
Capítulo 77 - Porn
Capítulo 78 - Camp pt. 1
Capítulo 79 - Camp pt. 2
Capítulo 80 - Camp pt 3
Capítulo 81 - Accounting
Capítulo 82 - Just a long day
Capítulo 83 - College
Capítulo 84 - Trouble in paradise
Capítulo 85 - Necklace
Capítulo 86 - A drop in the ocean
Capítulo 87 - We need to talk
Capítulo 88 - Fresh start
Capítulo 89 - A big step
Capítulo 90 - Hero
Capítulo 91 - Please be mine
Capítulo 92 - Graduation
Capítulo 93 - Forgiveness
Capítulo 94 - Honeymoon
Capítulo 95 - Change of plans
Capítulo 96 - Complicity
Capítulo 97 - Freddy
Capítulo 98 - Ready
Capítulo 99 - Fear
Capítulo 100 - Results
Capítulo 101 - I'm not afraid
Capítulo 102 - Sunday, bloody sunday
Capítulo 103 - Working it out
Capítulo 104 - The f word
Capítulo 105 - Problem
Capítulo 106 - Don't be afraid to be scared
Capítulo 107 - Doctor
Capítulo 109 - Be Your Everything

Capítulo 108 - Twins

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By bmt5hh

OLÁ FILHAS DA PUTA 

GRAÇAS A DEUS QUEM É VIVA SEMPRE APARECE

CASO ALGUÉM NÃO TENHA LIDO NO CAPÍTULO ANTERIOR EU AVISEI QUE IRIA SUMIR PORQUE ESTOU FOCANDO EM OUTROS PROJETOS RELACIONADOS A ESCRITA NA MINHA VIDA MAS NÃO VOU FICAR FALANDO MUITOS DETALHES AQUI PORQUE SEI QUE VOCÊS NÃO LIGAM 

ESSE CAPÍTULO É O ANTIPENULTIMO E VOU TENTAR NÃO DEMORAR MUITO PARA POSTAR O PRÓXIMO, MAS NÃO POSSO PROMETER NADA PORQUE TENHO UM TOTAL DE 6524 COIAS PRA FAZER NO MOMENTO 

DE QUALQUER MANEIRA 

ABRE BEM A XOXOTA E LUBRIFICA PORQUE LÁ VOU EU 

BOA LEITURA PORRAAAAAA



Narrador POV

Camila ainda ficou dentro da banheira por uma quantidade de tempo considerável antes de sair lentamente e se secar para deixar o cômodo. Ela odiava o fato de que "brigou" com Lauren por conta de algo que não deveria nem mesmo ser uma discussão, mas ao mesmo tempo sabia que a esposa estava certa quando dizia que ela precisava ir ao médico, pois essa situação não poderia continuar do jeito que estava.

Acontece que às vezes parecia que ninguém entendia como a mais nova se sentia, parecia que acrescentar mais uma coisa no meio de tudo isso a faria querer desmoronar ali mesmo. Saiu para o corredor enrolada em uma toalha e, quando chegou ao quarto, Lauren não estava em canto nenhum do mesmo. Achou que fosse melhor assim, dessa maneira não precisariam voltar ao assunto que causou a briga e talvez brigar novamente. Vestiu a primeira camisola que encontrou pela frente e rumou para a cozinha, na intenção de fazer algo para a janta ou, se estivesse com muita preguiça, apenas ligaria para algum lugar e pediria para entregarem.

Encontrou o cômodo cheirando a comida recém feita e Lauren desligando o fogo após secar as mãos em um pano de prato.

- Oi. – Falou baixo e sem coragem de encará-la. Ela só não queria brigar de novo, não era tão difícil.

- Achei que estivesse dormindo. – O tom da voz de Lauren era suave. Também parecia que ela não queria brigar e nem piorar o estresse que havia se instalado entre as duas mais cedo.

- Não, não dormi. Estava no banho.

- Está com fome?

- Sim.

- Já está quase pronto. – Disse se voltando para o fogão.

Camila se levantou e foi até a esposa, abraçando sua cintura e apoiando a bochecha no seu ombro.

- Eu não queria ter gritado com você no banheiro, me desculpa. Não gosto de brigar com você por motivo nenhum, hm? – Lauren se virou lentamente na direção da esposa depois disso.

- Então me diz o porquê de você continuar fazendo isso. – A mais velha não queria brigar, mas sabia que não podia simplesmente fingir que nada tinha acontecido. Camila fechou os olhos, não queria acreditar que aquilo estava acontecendo.

- Eu não sei, eu só... Ir ao médico é uma das coisas mais difíceis que eu constantemente tenho que me forçar a fazer, e ficou mais fácil com o tempo, mas aqui dentro ainda é uma luta. Mas não é problema ou culpa sua e eu sei que estou errada por jogar isso em cima de você dessa maneira, ainda mais agora. Eu sei que tudo o que você disse é porque você quer me ajudar a ficar bem, mas só porque parece que algumas coisas não são mais tão ruins pra mim, não significa que elas ainda não são. – Lauren assentiu lentamente absorvendo as palavras da esposa. – Mas não justifica, Lo, eu sei. Nada justifica. Eu não devia ter gritado com você porque você só quer o que é melhor pra nossa família e eu não posso imaginar o quão nervosa você ficou ao saber que as minhas crises voltaram, ainda mais se considerarmos que eu estou grávida. Me desculpa por não ter contado isso também, mas tem tanta coisa acontecendo, eu só não queria ser mais um problema. Me desculpa por ser sempre um pé no saco em todos os sentidos. – A mais velha apareceu voltar a si após ouvir a última frase.

- Ei, ei, você não é um pé no saco, ok? Tá tudo bem. – Ela se aproximou e lhe deu um beijo demorado na testa. – Só... Eu não sei o que fazer, às vezes eu não sei o que fazer pra te ajudar.

- Amor... Você sabe que eu não te chamo de anjo a toa, né? Porque desde o primeiro dia você tem sido um anjo na minha vida e eu sei que às vezes deve ser muito difícil pra você não saber o que fazer pra me ajudar a me sentir melhor, mas você é o meu porto seguro porque você nunca me abandonou, você é a única pessoa que me entende além da minha mãe, você tá sempre aqui. Não quero que você pense essas coisas, Lo, por favor. E eu vou no médico sim, ok? Pode marcar que eu vou. – Camila deitou a cabeça no ombro da esposa e ficou em silêncio.

- Tudo bem, eu vou marcar ainda pra essa semana. – A menor estremeceu com a ideia, mas depois percebeu que era melhor só se preocupar com aquilo quando fosse o momento. – E eu quero que você me prometa que você vai me ligar sempre que tiver uma crise se eu não estiver em casa.

- Prometo. – A resposta saiu baixa e insegura. Lauren torceu a boca.

- Princesa, olha pra mim. Promete olhando nos meus olhos. – A outra não se moveu um centímetro.

- Eu já prometi, Lo.

- Camila. – A mais nova se afastou sem vontade e encarou os olhos verdes que tanto amava.

- Eu prometo, tá? Eu prometo. – Lauren deu um pequeno sorriso ao ver o rosto levemente emburrado da esposa e beijou-lhe os lábios brevemente.

- Deixa eu apagar o fogo antes que a comida queime. – Lauren apagou as bocas restantes do fogão, mas não teve chance de fazer qualquer outra coisa antes de sua esposa puxá-la para mais um beijo. Não demorou muito pra que Camila começasse a puxar sua blusa pra cima. – Achei que você estivesse com fome. – Lauren murmurou entre os beijos.

Camila não respondeu, acabando de tirar a blusa da mais velha, que não usava nada por baixo. Não demorou a começar a arrastar as unhas por toda extensão de suas costas, aproveitando para sentir o calor do corpo da outra, que começava a se arrepiar por inteiro com seus toques. Camila gemeu para o nada, mordendo seu lábio e puxando para si antes de prosseguir com o beijo. Ela nunca sabia explicar exatamente o que dava nela, ela sabia que era relacionado a gravidez, mas o calor que se apossava de seu corpo implorando para ser tocado ia e vinha não mais do que do nada e a única coisa que ela podia fazer era rezar para que visse quando a mais velha estivesse em casa e não quando ela estivesse sozinha ou no meio da rua, indo encontrar com algum cliente.

Lauren começou a lhe beijar o pescoço lentamente, tocando seu seio por cima da camisola fina, que já indicava o quão excitada a outra estava naquele momento. Ela logo pôs a mão por dentro do tecido, tocando sua pele macia e massageando a região. Camila fechou os olhos, soltando gemidos baixos e se apoiou no balcão atrás de si, esfregando as coxas para tentar apaziguar a necessidade que ela tinha de ser tocada naquele momento. Vendo que não surtiu muito efeito e que sua esposa beijava-lhe o colo em um ritmo que parecia que queria tortura-la, empurrou seus ombros para baixo, mas Lauren não se ajoelhou, como normalmente faria.

Ela não demorou a endireitar a coluna e por as mãos nos ombros de Camila, que estava a um fôlego de começar a protestar. Os olhos verdes estavam mortalmente sérios e por algum motivo aquilo só aumentou o incômodo no meio das pernas da mais nova, que sentia que poderia vir com qualquer mínimo toque a qualquer momento aquela altura do campeonato. No entanto, as palavras sumiram de sua boca quando Lauren a virou de costas para si, fazendo-a apoiar as mãos no balcão. Seu braço passou pelo seu quadril, a puxando levemente para trás, enquanto a outra mão em sua nuca garantia que ela ficasse levemente inclinada.

Assim que soltou seu quadril, Camila sentiu dedos quentes se enfiando por debaixo de sua camisola, indo para o ponto onde suas coxas se encontravam. Lauren a fez separar as pernas um pouco, apenas o suficiente para que ela conseguisse movimentar a mão por ali. A ponta de seu dedo médio encontrou seu clitóris inchado, exercendo uma pressão mínima, que fez a outra estremecer completamente e abaixar a cabeça, apertando os olhos e se apoiando nos cotovelos ao invés das mãos.

Lauren retirou a mão de sua nuca e afastou seus cabelos das costas, se inclinando sobre a outra e aproximando a boca do pé de seu ouvido, onde mordeu seu lóbulo. Camila se arrepiou completamente, em seguida sentindo outro dedo se juntando ao que torturava sua parte íntima, esfregando os grandes lábios e deixando que sua lubrificação a guiasse para sua entrada.

Camila sentiu dois dedos penetrando-lhe lentamente, a fazendo soltar um gemido alto e arrastado, do qual certamente os vizinhos não se agradariam. Não que ela desse a mínima para qualquer coisa naquele momento que não fosse o quão excitada ela estava. Lauren, no entando, não se movimentou e, Camila, quase que instintivamente, começou a se mover em seus dedos, ditando o ritmo, gemendo seu nome alto, quase que como uma súplica para que Lauren lhe ajudasse com os movimentos.

Camila achou que suas pernas não seriam capazes de sustenta-la quando os dedos de Lauren começaram a se movimentar exatamente no ritmo que ela precisava, fazendo seu corpo reagir quase que involuntariamente as sensações que percorriam o mesmo. Seus dedos deslizavam com mais facilidade que o normal por conta do seu excesso de lubrificação e as pernas da mais nova tremiam, indicando que ela estava começando a ficar próxima de seu orgasmo.

Lauren parou de penetra-la e passou a estimular seu clitóris, massageando-o em um ritmo que ela sabia que era justamente o que a esposa precisava paras se desmanchar de vez. Seu orgasmo veio junto de um grito e de fortes tremores em seu corpo. A mais velha a segurou para que ela não caísse e abraçou seu corpo, trazendo-a para si, beijando seu rosto com delicadeza, entrelaçando seus dedos.

- Hm... – Camila murmurou quando conseguiu falar alguma coisa. Virou de frente para a outra e escondeu o rosto em seu ombro. – Isso foi diferente.

- Você não gostou? – Lauren não era convencida nem nada, mas se ela dissesse que não, ou ela estaria com vergonha de dizer que sim ou ela era uma ótima atriz. Camila riu.

- Eu não disse isso, amor. – Suas bochechas coraram.

- Tá mais calma?

- Para de me zoar! – Lauren riu alto. – Sim, estou. Que droga, para de rir.

- Podemos jantar?

- Sim. Estou com fome.

- Pois há cinco minutos não parecia. – Lauren lavou as mãos rapidamente e voltou-se para os pratos, colocando dois em cima do balcão.

- Cala a boca! Você precisa ser mais compreensiva com isso! Não é engraçado, ok? Na hora que acontece... incomoda muito.

- Eu vi o quanto incomoda. – Camila estava mais vermelha do que o molho de tomate que Lauren havia feito para o macarrão.

- Idiota! [...]

Camila POV

- Mãe! – Gritei. – Você reclama a beça que eu faço você esperar, você pode me fazer esperar, né? – Assim que eu acabei de falar, Dona Sinu começou a descer as escadas.

- Cala a boca, eu sou velha e posso fazer a porra que eu quiser.

- Ah, pronto, começou. Vamos logo, Lauren já está chegando na clínica.

- Problema dela, não mandei ter fogo no cu e querer chegar cedo. – Revirei os olhos.

- Ela chegou na hora, quem está atrasada é a gente.

- Cala a boca que eu sou sua mãe, agora anda logo, fala, fala, fala, mas nem sua bolsa você pegou. – Peguei minha bolsa bufando e comecei a andar na direção da porta da casa.

A casa da minha mãe não era muito longe da clínica, então por sorte conseguimos chegar antes do horário de nos chamarem. Lauren estava do lado de fora, com o rosto vermelho, discutindo com alguém no celular. Ela fez sinal para irmos entrando e eu fui, mesmo intrigada. Provavelmente era alguma coisa a ver com o trabalho e me incomodava o fato de eu não poder fazer nada.

- Tá tudo bem com a Lauren? – Minha mãe perguntou enquanto sentávamos na recepção. Respirei fundo, eu não sei se eu sabia responder essa pergunta.

- Não. Eu acho que não. Mas eu vou conversar com ela depois, sabe, ela está com muitos problemas na empresa.

- Sim, ela comentou comigo. Isso é uma merda. – Ficamos aguardando mais alguns momentos e não demorou para que minha esposa entrasse, guardando o celular no bolso e parecendo visivelmente perturbada por algo.

- Oi, tia! – Lauren deu um abraço na minha mãe e, em seguida, um beijo no topo da minha cabeça. – Oi, princesa. Jáchamaram?

- Não, Lo, estamos aguardando. – Respondi pegando na sua mão e sibilando um "tudo bem?". Como resposta, ela maneou a cabeça de leve.

- Depois a gente conversa, princesa. – Ela respondeu baixinho, voltando sua atenção para a recepção e entrelaçando nossos dedos.

O que eu mais gostava sobre essa clínica que escolhemos era que eles eram extremamente pontuais com tudo. Tinha muitos médicos que não atendiam no horário previamente marcado e eu entendo que imprevistos acontecem, mas a quantidade de vezes que fiquei horas esperando para ser atendida chegava a ser ridículo. Eles raramente atrasavam seja uma ultra ou as consultas que eu fazia antes de fazer a inseminação, então, pra mim, que não ficava muito confortável em salas de espera, era o ambiente perfeito, pois eu nunca ficava lá por mais tempo do que o necessário.

Eu já estava com quase dois meses de gestação e essa era a primeira ultra que minha mãe iria acompanhar. Ela estava muito animada por ter o primeiro contato com seu neto e eu morrendo de curiosidade para saber qual seria a reação dela quando ouvisse e visse, ao menos em borrões na tela, o bebê.

- Camila?

Ouvi a voz familiar da Dra. Thompson me chamando na sala e me levantei, nervosa, juntamente da minha esposa e da minha mãe. Eu não sei porque estava nervosa já que já tinha feito isso antes, mas sempre sentia um frio na barriga gostoso antes de uma ultra – embora essa fosse só a minha segunda.

Não demorou para que eu estivesse deitada com a minha barriga coberta daquele gel gelado que, em qualquer outra circunstância, seria extremamente desconfortável. Minha mãetinha um sorriso enorme no rosto, assim comominha esposa, embora não desse para entender nada do que aparecia na pequena tela.

-Hm... O que...? - Fiquei imediatamente nervosa ao ver a Dra. Thompson fazendo caretas comose quisesse tentar entender o que estava assistindo. Me remexeria, mas sabia que eu não podia sair do lugar.

- Tem algo de errado? – Perguntei quase desesperada. Olhei rapidamente para minha esposa, que parecia tão nervosa quanto eu.

- Na verdade, não, eu só queria ter certeza. – Ela sorriu. – Parabéns, são gêmeos.

Paralisei.

Gêmeros? Como assim gêmeos? Eu iria ter gêmeos?

- Gêmeos? – Lauren repetiu lentamente, encarando a médica, que ainda sorria.

- Sim, gêmeos! – Repetiu pacientemente, esperava que ela tivesse acostumada com reações exageradas descobrindo esse tipo de coisa.

Eu não sabia direito o que pensar, fui pega de surpresa porque sequer havia pensado nessa possibilidade. Encarei minha mãe, que tinha lágrimas grossas escorrendo pelos olhos e sorria imensamente, ela sempre quis ter um netinho, agora dois parecia melhor ainda. Estiquei a mão na direção de minha esposa, que tinha os olhos vermelhos por causa do choro e se abaixou perto da cama onde eu estava deitada pra me beijar a testa.

Meu coração estava disparado, mas de um jeito bom. Eu sentia um sentimento lindo crescendo dentro de mim, como se eu soubesse que eu iria amar os dois mais do que já amei qualquer coisa nessa vida. Era algo inexplicável, mas, ao mesmo tempo, parecia a coisa mais certa que já senti em toda a minha existência.

Eu não posso dizer exatamente que eu estava esperando essa notícia e nem que eu sabia se estava preparada para ter dois filhos de uma vez só ou não, mas eu sabia que eu iria dar o meu melhor por essas duas crianças e pela nossa família. E também sabia que em todos os momentos eu teria as duas mulheres mais maravilhosas do mundo que iriam caminhar nessa jornada comigo, então, de uma maneira ou de outra, eu sabia que iria ficar tudo bem.

Depois que deixamos minha mãe em casa, fomos direto para a nossa. Eu sabia que ela estava feliz com a notícia de que eram gêmeos, chorou e sorriu na hora da notícia, mas o que a estava deixando nervosa era maior do que tudo isso e eu não podia fazer nada até saber o que era – iríamos conversar em casa. Me ofereci para dirigir e ela sequer protestou, o que era estranho, pois geralmente ela preferia dirigir, pois tinha medo que eu passasse mal ou ficasse enjoada com o processo. Subimos de elevador, em silêncio, até o nosso andar.

Fiquei sentada na beirada da cama obervando ela tirar o casaco e os sapatos, além de soltar o cabelo antes de vir até mim. Ela segurou minhas mãos e abaixou a cabeça, negando algo para si mesma, sem parecer ter coragem nenhuma de me encarar. Franzi o cenho observando a cena, larguei suas mãos com delicadeza e segurei seu rosto, a fazendo olhar para mim. Seus olhos claros estavam molhados pelo choro que eu fizquestão de secar. De nada adiantou, pois novas lágrimas começaram a escorrer.

- Amor. Fala comigo. O que está acontecendo? – Perguntei mais do que preocupada. Tudo bem que minha esposa choravaa toa, mas eu via mais do que só o choro em seu rosto, havia medo em sua expressão e eu não sabia como lidar com isso.

- Princesa. –Lauren abaixou o olhar novamente. – Eu... Eu não sei como te dizer isso. – E ela voltou a se debrulhar em lágrimas de novo, ainda sem me encarar.

- Meu amor, você sabe que pode me contar qualquer coisa, não sabe? Eu to aqui por você. –Falei com o coração apertado por vê-la naquele estado e me sentindo inútil por não poder ajudar, visto que eu sequer sabia o que era. Delicadamente ela tirou minhas mãos de seu rosto, segurando entre as suas. Aquilo provavelmente indicava que ela não ia olhar pra mim e eu entendi que não devia forçar. Me aproximei mais, suspirando pesadamente.

- Eu estava no telefone com o meu chefe. – Congelei. Sabia o que vinha depois, mas respirei fundo e continuei prestando atenção. – Ele disse que recebeu um e-mail comunicando a extinção do setor que eu trabalho. Ele tentou me transferir pra outro lugar, mas não dá, porque a empresa vai fechar. Disseram que ia demorar mais alguns meses e eu achei que até lá eu fosse ter arrumado outro emprego, mas eu não tenho nada no momento e não sei quando vou conseguir arrumar um. Eu não sei o que vamos fazer, amor. Não sei.

Eu queria chorar naquele momento, mas eu sabia que não podiam porque se Lauren me visse nervosa, ela ia ficar duas vezes pior do que já devia estar se sentindo com toda essa situação. Deixei que ela chorasse copiosamente e a abracei, sentindo seus soluços contra o meu corpo. Isso tudo era extremamente assustador, principalmente se contássemos o fato de que agora nós sabíamos que iriamos ter gêmeos.

- Amor. – A chamei, esperando que eu pudesse acalma-la de alguma maneira, ainda que eu não tivesse uma solução para aquela situação. – A gente vai ficar bem, ok? – A última coisa que Lauren precisava naquele momento era saber o quanto aquela situação tinha me deixado nervosa, embora eu imaginasse que ela tinha uma ideia. – A gente vai dar um jeito, a gente sempre deu.

- Me desculpa. – Ela mururou com a voz abafada.

- Amor, tá tudo bem, não é sua culpa. – Murmurei, acariciando seus cabelos. – Nada disso foi culpa ou escolha sua, tudo bem? Não se culpe, por favor. – Falei da forma mais sincera que eu consegui.

Era muito ruim ver Lauren daquele jeito, ela obviamente iria achar que poderia ter feito alguma coisa para evitar tudo o que estava acontecendo, ainda mais ela, que sempre gostou de planejar tudo para que nossa vida sempre fosse a melhor possível. Foi ela que esperou anos pra me pedir em casamento, porque não queria fazê-lo até que tivesse certeza de que poderia me dar um vida boa, foi ela que esperou mais ainda para casarmos, até eu estar formada, então eu imaginava que devia ser mais frustrante ainda isso tudo estar acontecendo.

E, por mais que eu estivesse nervosa, eu entendia que problemas e imprevistos acontecem, mas sabia que dava para, pelo menos, pagar as contas e ter comida em casa até que ela arrumasse outro emprego. Sem falar que, por conta de ter sido demitida sem justa causa, ela receberia uma recisão que iria ajudar bastante durante esse tempo.

- Eu... – Lauren falou quando o choro foi amenizando até parar. – Eu vou amanhã mesmo deixar currículo em alguns lugares, amanhã bem cedo, alguém vai ter que me contratar nessa cidade. – Sorri de leve, vendo-a sair do meu abraço e limpar o rosto apenas para pegar um travesseiro e deitar sobre o meu colo. Comecei a mexer em seus cabelos macios quase que imediatamente.

- Claro que vai, amor, você é super inteligente, sua formação é incrível, tenho certeza que as empresas vão até brigar pra ver quem vai te contratar. – Lauren riu.

- É esse o momento que nós invertemos os papéis depois de anos e eu finalmente te chamo de idiota?

- Eu não menti! Eu ia querer uma funcionária assim na minha empresa. – Respondi escorregando uma de minhas mãos para o seu colo e arranhando de leve.

- Ia, é? Mas eu acho que não sou qualificada.

- Eu posso te ensinar uma coisa ou duas. – Me inclinei para beijá-la.

- Você tem noção de que você confundia orgasmo com xixi quando a gente se conheceu, né?

- Idiota! – Reclamei, levantando a perna para que ela saísse do meu colo. – Sai de perto de mim.

- Eu falei alguma mentira? – Lauren estava quase chorando de rir enquanto eu só conseguia ficar emburrada.

- Você é ridícula! – Ela ainda estava rindo quando se aproximou e abraçou minha cintura, beijando meu pescoço.

- Sai Lauren, eu também não quero mais fazer nada. – Ela se afastou na mesma hora e eu cruzei os braços.

- Volta aqui!

- Mulher, você mandou eu sair! – Esfreguei minha testa, me sentando na cama.

- Não era pra você sair, eu estava fazendo doce. – Ela riu.

- Tarde demais. Vou fazer a janta se não você não deixa mais eu levantar e agora você come por três. – Revirei os olhos.

- Tem horas que você é muito chata, sabia? – Ela assentiu, saindo para o corredor, enquanto eu a seguia.

- Sabia. O que você quer pra comer? – Sentei no balcão com um bico enorme.

- Eu não estou com fome.

- Vou fazer frango. – Lauren abriu a porta da geladeira, procurando algo lá dentro.

- Eu to enjoada de comer frango, Lo. – Meu bico aumentou.

- Então fala o que você quer! Aproveita que ainda está podendo escolher, daqui a pouco vamos ter que comer feijão com farinha. – Revirei os olhos, segurando o riso.

- Olha, isso não é coisa pra se fazer piada, Lauren. Eu quero macarrão. Aquele que você faz.

- O único que eu sei fazer, no caso, né? – Ela respondeu, enchendo uma panela de água.

- Que seja, mas é gostoso. Os gêmeos ainda não provaram. – Ela sorriu e se voltou para o fogão. – Você acha que vai ser duas meninas, dois meninos ou um de cada?

- Eu não sei, princesa. De qualquer maneira, consigo pensar em alguns nomes. – Apoiei meu rosto no queixo.

- Vamos fazer o seguinte, cada uma escolhe um nome de um sexo e aí quando soubermos é só escolhermos o nome que quisermos. Já que é um de cada, da pra dividir assim a escolha do nome. – Minha esposa assentiu.

- Tudo bem. Para menina eu gosto de Angel e para menino eu gosto de George. Você tem algum nome que você gosta?

- Para menino eu gostaria de Anthony, é legal porque dá pra chamar ele por apelidos fofos quando não estiver fazendo merda. – Lauren riu, negando com a cabeça. – E, para menina, acho que Carolynn é legal, mas não tenho certeza. Eu também gosto de Annie, Billy, Stefan, Elena...

- Vamos ter que ter isso tudo de filho? Eu aceito.

- Até podemos ter, mas eu não vou parir essa gente toda não. Pode adotar ou se virar por aí. Se você pudesse ter filho eu iria fazer você parir uns quatro pra ver se é bom.

- Princesa, as crianças nem nasceram ainda, você não sabe se é tão ruim assim. – Lauren respondeu, rindo e despejando macarrão em uma panela.

- Eu não estou nem na metade da gravidez e estou me sentindo cada vez mais louca, sem controle dos meus hormônios, com vontade de chorar toda a hora, de fazer amor também, fome nas horas mais importunas, estou começando a ficar inchada, minhas crises pioraram e você tem a coragem de me dizer que eu não sei se é tão ruim assim? A próxima vez que uma criança entrar na minha barriga vai ser só se Deus me escolher como a próxima Maria mãe de Jesus e aí vão ter que mudar os escritos da bíblia porque a família tradicional vai passar a ser sapatão já que José não tinha vagina. Sem falar no fim do nosso casamento porque você não ia acreditar que Deus me engravidou, então eu ia criar um monte de filho sozinha e, Lauren, eu não vou passar por isso.

- Eu ia acreditar sim, meu amor.

- Você ia acreditar mesmo? Eu ia aparecer grávida e você ia acreditar que o filho é de Deus?

- Não sei se de Deus, mas você já assistiu Jane The Virgin? Todos estamos sujeitos a erros.

- Ser fertilizada por um erro médico e carregar Jesus na barriga são duas coisas muito diferentes.

- Não importa, o que importa é que eu ia acreditar em você.

- E se eu estivesse mentindo?

- Camila, por que você tá falando nisso? Estou ficando preocupada.

- Nada, amor, só queria saber o quanto você me ama.

- Te amo pra caralho. Mas esse assunto está esquisito. – Ela se virou na direção do fogão, séria e eu me levantei, dando a volta no balcão para ir abraça-la.

- Lo, não fica grilada. Você sabe que nossos filhos são seus. – Lauren largou a colher de pau.

- Agora mesmo que eu fiquei preocupada. – Ela se virou na minha direção.

- Você entendeu o que eu quis dizer, Lo. – Ela sorriu e eu lhe dei um selinho.

- Entendi, minha princesa. – Respondeu segurando meu rosto para mais um beijo.

- Algum dia a medicina vai avançar ao ponto de casais homossexuais poderem ter filhos biológicos porque eu vou passar o resto da minha vida reclamando do fato de nossos filhos não terem seus olhos.

- Mas eles ainda podem ter olhos verdes. – Neguei com a cabeça.

- Mas não iguais aos seus. Ninguém tem.

- Edição limitada, baby.

- Idiota! 

QUEM GOSTOU BATE PALMA QUEM NÃO GOSTOU VAI TOMAR NO CU 

COMENTEM O QUE ACHARAM 

ESPERO QUE TENHAM GOSTADO 

QUERIA AGRADECER SE AINDA TEM ALGUÉM QUE LÊ ESSA JOÇA 

QUEM SE INTERESSAR PELOS MEUS OUTROS PROJETOS RELACIONADOS A ESCRITA PODE BROTAR NO MEU INSTAGRAM @gabrielabilangieri OU MEU TWITTER @gabilangieri QUE LÁ TEM AS COISA TUDO TEM HISTORIA DE TERROR TEM HISTORIA DE SAPATAO TEM HISTORIA POLICIAL, TEM TUDO QUE VOCES QUISEREM 

ESSA É A FUCKING ULTIMA OPORTUNIDADE QUE VOCÊS TEM DE PEDIR PRA EU POR ALGUMA COISA NA HISTÓRIA, ALGUMA CENA OU ALGO DO TIPO, ENTÃO MANDA A VER 

OBRIGADA POR LEREM 

É ISTO PORRAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

BEIJOS DE LUZ COM O GOSTINHO QUE VOCÊS FICAM NA BOCA QUANDO ACABAM DE CHUPAR UMA BOCETA 

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