Be Your Everything

By bmt5hh

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[FINALIZADA] Existem muitas definições para o amor. Uns dizem que amor não existe sem sacrifício. Outros dize... More

Capitulo 1 - Someone different
Capitulo 2 - Unexpected
Capitulo 3 - Smile
Capitulo 4 - Speeechless
Capitulo 5 - Little note
Capitulo 6 - Friend
Capitulo 7 - Idiot
Capitulo 8 - Goodnight kiss.
Capitulo 9 - First kiss
Capitulo 10 - Kiss me
Capitulo 11 - Picnic
Capitulo 12 - Bad Day
Capitulo 13 - Distraction
Capitulo 14 - I promise
Capitulo 15 - Sinu
Capitulo 16 - Good night
Capitulo 17 - Love
Capitulo 18 - Gift
Capitulo 19 - Girlfriend
Capitulo 20 - No way
Capitulo 21 - Chasing pavements
Capitulo 22 - Parents
Capitulo 23 - Bath
Capitulo 24 - Why?
Capitulo 25 - Fuck it
Capitulo 26 - Lego house
Capitulo 27 - Keep calm...
Capítulo 28 - New chapter
Capítulo 29 - Heartache
Capítulo 30 - Incident
Capítulo 31 - Shit!
Capítulo 32 - Normal
Capítulo 33 - Not you, Lo.
Capítulo 34 - Same thing
Capítulo 35 - Take me into your lovin' arms
Capítulo 36 - Decision
Capítulo 37- Angel
Capítulo 38 - You can kiss me right now
Capítulo 39 - Do you love me?
Capítulo 40 - God help me.
Capítulo 41 - It's a good day, Camila.
Capítulo 42 - Something is going on...
Capítulo 43 - Fucking perfect
Capítulo 44 - Jealous
Capítulo 45 - Breaking the rules
Capítulo 46 - Freak
Capítulo 47 - How I Met Your Ex Girlfriend
Capítulo 48 - Something about love
Capítuo 49 - One Month
Capítulo 50 - Hickey
Capítulo 51 - The nightmares in my head are bad enough
Capítulo 52 - Don't cry (parte 1)
Capítulo 53 - Don't cry (parte 2)
Capítulo 54 - Hello beautiful
Capítulo 55 - That day
Capítulo 56 - Home.
Capítulo 57 - Lucky
Capítulo 58 - Prom?
Capítulo 59 - Happy birthday, Camila
Capítulo 60 - Lavenders
Capítulo 61 - Back at one
Capítulo 62 - Foreboding
Capítulo 63 - San Miguel
Capítulo 64 - Nightmare house
Capítulo 65 - The Visit
Capítulo 66 - Bad dream?
Capítulo 67 - Reality sucks
Capítulo 68 - Grey
Capítulo 69 - Space is just a word
Capítulo 70 - Is everything okay?
Capítulo 71 - Time
Capítulo 72 - Give me love
Capítulo 73 - Back to normal
Capítulo 74 - Dinner
Capítulo 75 - New conquests
Capítulo 76 - Our song
Capítulo 77 - Porn
Capítulo 78 - Camp pt. 1
Capítulo 79 - Camp pt. 2
Capítulo 80 - Camp pt 3
Capítulo 81 - Accounting
Capítulo 82 - Just a long day
Capítulo 83 - College
Capítulo 84 - Trouble in paradise
Capítulo 85 - Necklace
Capítulo 86 - A drop in the ocean
Capítulo 87 - We need to talk
Capítulo 88 - Fresh start
Capítulo 89 - A big step
Capítulo 90 - Hero
Capítulo 91 - Please be mine
Capítulo 92 - Graduation
Capítulo 93 - Forgiveness
Capítulo 94 - Honeymoon
Capítulo 95 - Change of plans
Capítulo 97 - Freddy
Capítulo 98 - Ready
Capítulo 99 - Fear
Capítulo 100 - Results
Capítulo 101 - I'm not afraid
Capítulo 102 - Sunday, bloody sunday
Capítulo 103 - Working it out
Capítulo 104 - The f word
Capítulo 105 - Problem
Capítulo 106 - Don't be afraid to be scared
Capítulo 107 - Doctor
Capítulo 108 - Twins
Capítulo 109 - Be Your Everything

Capítulo 96 - Complicity

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By bmt5hh


MINHAS QUERIDINHAS DA BOCETA AZULADA 

VAI TOMAR NO CU PORRA CARALHO ESSA ATUALIZAÇÃO EM TEMPO RECORDE MERECE O QUE?

BEIJOS NA BOCA CLARO

ESTÃO CURIOSAS PARA SABER O QUE ACONTECEU????????/

VÃO FICAR MAIS UM POUCO

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RS PAREI

ABRAM MUITO AS BOCETAS PREGUEM OS LÁBIOS NOS JOELHOS E BOA LEITURA FILHAS DE UMA linda senhorinha 



Camila POV

O café da manhã foi silencioso. Lauren estava comendo e mexendo no celular enquanto eu bebericava o meu café e desenhava no meu caderno. Eu sabia que ficar forçando um diálogo não iria adiantar nada e que não era a melhor hora para se conversar sobre coisa alguma. Desejava poder me explicar melhor sobre os motivos pelos quais eu decidi tomar essa decisão e fazê-la entender o meu lado, mas eu não sabia se tinha as palavras corretas. Talvez deixá-la ir para o trabalho e depois passar o dia pensando no que falar fosse a melhor opção para resolver as coisas da melhor forma possível.

A única coisa que eu sabia era que, do jeito que estava, não dava para continuar.

Eu não fazia ideia do que estava se passando na cabeça dela e não tinha como descobrir. Não sei se ela queria conversar sobre isso mais do que parecia querer ontem à noite e estar no escuro me apavorava. Não era como se fosse fácil para mim simplesmente desistir de uma ideia que vínhamos cultivando há – literalmente – anos, mas não era uma coisa da qual eu conseguiria passar por cima tão facilmente. O problema não era a probabilidade da criança ter ou não alguma coisa e sim o fato de que, se ela tivesse, independente das estatísticas, eu iria me sentir culpada pelo resto da minha vida por ser a responsável por tê-la posto no mundo.

- Eu já vou. – Lauren disse baixo, se levantando do balcão. Ela pegou seu jaleco e sua bolsa e veio até mim, me dando um beijo na testa antes de sair. Eu disse algo sobre ela tomar cuidado, mas duvidava muito que a mesma tivesse escutado.

Coloquei a louça do café na pia e peguei meu caderno, indo para o quarto. Me sentei na enorme escrivaninha que havia no mesmo e liguei o computador para começar a trabalhar, mas eu era incapaz de me concentrar em todos aqueles números e planilhas, então decidi apenas abaixar a tampa do notebook e ir para o meu quartinho de pintura terminar algo que comecei ontem.

Me sentei e peguei um pincel limpo com paciência, mergulhando-o em um pote de tinta azul e tentando terminar o rio que eu havia começado a pintar. Borrei uma, duas, três e na quarta vez desisti antes que eu estragasse o quadro de vez. Aquele assunto parecia que ia grita r e transbordar para fora de mim caso eu não falasse com alguém, então decidi que a escolha mais sensata seria ligar para a minha mãe, afinal de contas, ela experienciou tudo o que eu estava com medo de passar.

Marcamos de almoçarmos juntas, já que ela estava no trabalho e eu desisti de fazer qualquer coisa, indo deitar e tentando limpar um pouco a minha mente de tudo aquilo. Desde que eu encontrei aqueles dados estatísticos nas minhas pesquisas que minha cabeça parecia ter dado um enorme nó aonde todos os pensamentos corriam pelo mesmo rio e não me permitiram ter paz para fazer porcaria nenhuma.

Levantei com preguiça quando percebi que estava perto da hora de encontrar a minha mãe, indo tomar um banho super rápido e escolhendo a primeira roupa que apareceu na minha frente, que consistia em uma calça jeans cintura alta, um sueter porque estava meio frio e o primeiro par de sapatilhas que eu vi na sapateira. Não penteei os cabelos, apenas peguei meu celular, minha carteira, as chaves do apartamento e chamei um uber, esperando-o na portaria do prédio onde eu morava.

Cumprimentei o motorista somente com um aceno de cabeça, assentindo quando ele perguntou o local para confirmar e rezando para que ele não puxasse assunto comigo, porque hoje definitivamente não era um dia para lidar com estranhos. A corrida foi paga com o cartão, o que me evitou novamente ter que falar com o motorista e eu me despedi acenando com mão.

Era um restaurante de esquina, bem pequeno, que não enchia e tinha um ambiente tranquilo, transmitia paz e segurança. Minha mãe já estava lá quando eu cheguei, ela bebia um copo de coca cola.

- Oi. – Falei sorrindo e ela se levantou para me abraçar.

- Olá, querida. – Ela falou mais baixo perto do meu ouvido. – Da próxima vez que você atrasar eu vou te deixar aqui sozinha, filha da puta.

- Não é a mim que você está xingando. – Murmurei com um sorriso, indo me sentar de frente para ela.

- Então, o que você quer conversar comigo? – Passei a mão nos meus cabelos úmidos, me encolhendo instaneamente ao pensar no assunto.

- É sobre a questão que eu estava te falando esses dias... Sobre ter filhos. – Ela assentiu, dando mais um gole no seu refrigerante. – Eu... Bom, como eu te disse, Lauren e eu vínhamos falando muito mais desse assunto recentemente, então eu decidi fazer umas pesquisas e eu vi que pessoas que possuem alguma deficiência intelectual, síndrome ou transtorno tem mais possibilidade de ter um filho assim do que pessoas mais – Fiz aspas com os dedos. – "saudáveis". E eu não quero por uma criança no mundo que possa vir a ter algo, eu iria me sentir extremamente culpada, além de não ter certeza se eu saberia lidar com isso, sabe? – Soltei todo o ar pela boca. – Eu só... Eu não sei se eu sou capaz e não quero arriscar, entende? – Minha mãe assentiu, me escutando cautelosamente. – Só que ontem eu falei pra Lo que eu não iria mais querer tentar fazer a inseminação por causa disso e eu expliquei, eu achei que ela fosse entender, mas tudo ficou muito estranho... – Dona Sinu franziu o cenho.

- Como assim, Camila?

- Como assim o que?

- Como assim você só falou? – Eu ergui os ombros, sem saber o que responder. Minha mãe tirou os óculos e os limpou rapidamente na blusa antes de voltar a falar. – Querida, presta atenção, deixa a mamãe te explicar uma coisa, sim? – Assenti. – Você é casada com uma pessoa e você tem esses planos com ela por anos e anos, você não pode simplesmente chegar e comunicar pra ela que não vai mais acontecer, entende?

- Mas mãe, eu entendo que ela tenha ficado chateada, só que não é só isso... Quer dizer, não é como se eu tivesse que pedir permissão a ela.

- E eu não estou falando sobre pedir permissão, até porque isso seria absurdo. Não, não é isso. – Ela deu uma pausa antes de voltar a falar. – Vê se tenta entender, assim como você não precisa pedir permissão, também não é uma coisa que você pode simplesmente chegar e avisar. Você está casada, você divide toda uma vida com a Lauren e isso inclui sonhos e desejos para o futuro, coisas que você não pode chegar e avisar pra ela que acabou. Eu entendo todo o seu lado sobre se sentir culpada e ter medo porque a maternidade é uma coisa muito delicada, mas as suas decisões afetam ela tanto quanto a você própria, então você não pode agir de certa forma na hora de dizer algo que sabe que vai a magoar. A coisa toda sobre os casamentos é que você tem uma vida e compartilha ela com alguém, então é preciso haver muito cuidado na hora de falar certas coisas.

- O que eu deveria ter feito?

- Falar com ela com calma, explicar primeiro todos os seus motivos com clareza e da forma que você soubesse que ela fosse te compreender melhor, depois você dizia que sua opinião tinha mudado sobre o assunto e perguntava como ela se sentia sobre tudo isso. Não ficar tipo "olha, não quero mais, foda-se você". Não é assim que as coisas funcionam, querida. Não que necessariamente sua opinião fosse mudar por falar dessa forma, mas é importante você ter certeza de que sua parceira sabe que você se preocupa e se importa com ela, entende? – Assenti devagar, me sentindo uma maluca por ter falado da forma como falei ontem. – Mas, agora que você já falou, a única solução é você conversar direito com ela e vocês duas falarem tudo o que vocês acham. De novo: sua opinião não tem que mudar e, sim, ela tem que te entender porque, afinal de contas, quem iria gerar essa criança era você, mas nada tem de ser tão abrupto dessa forma, entende? – Minha mãe deu mais um gole em seu refrigerante e voltou a falar. – Eu sei que a Lauren é sempre muito compreensiva com absolutamente tudo o que diz respeito a fazer você se sentir melhor ou mais confortável, mas isso não significa que você pode fazer as coisas do jeito que você quiser e que ela tem que entender e pronto, sim? Toma cuidado com esse tipo de coisa porque você pode acabar passando a impressão errada a ela. – Assenti várias vezes, absorvendo tudo o que eu havia acabado de ouvir.

- E quanto a... minha decisão? O que você acha?

- Minha filha, não há nada para achar sobre isso. É uma decisão que somente você poderia ter tomado e eu tenho certeza de que você está fazendo o que é melhor para si mesma, que é o que importa, no final das contas. Não adianta você fazer isso porque suas amigas estão fazendo, porque Lauren quer um filho ou porque eu quero um neto, você tem que fazer isso se ou quando você se sentir pronta. Ter filhos é um passo muito importante do relacionamento, que talvez você só não esteja pronta para dar agora. É algo desgastante, vai exigir muito de você e dela, mas também, se vier na hora certa, vai ser a melhor coisa que já aconteceu a vocês duas, vai ser o fruto do amor de vocês e uma adição linda a essa família que você, a Lauren e a Serafina já formam. – Não pude evitar de rir.

- Deus me livre colocar essa porcaria no meu relacionamento, mãe! Que horror! – Ela riu e depois ficamos em silêncio por um tempo. – Como foi...? – Respirei para formular melhor a pergunta. – Quando você descobriu que eu tenho Asperger? – Dona Sinu suspirou, ela pareceu perdida em lembranças por alguns momentos.

- Bom, você era muito pequena ainda, mas já tinha um comportamento diferente das outras crianças. Com seus quatro, cinco anos, as educadoras da sua escola me chamaram para conversar, porque você só ficava em um canto desenhando no seu caderninho, se recusava a responder e fazer as atividades que os professores propunham e chorava quando qualquer coleguinha chegava perto de você. Eu já tinha percebido algo, pois sempre que eu te levava no parquinho você só ficava brincando perto de mim e parecia sempre no seu próprio mundinho, fugindo quando qualquer outra criança tentava ter algum tipo de contato com você. – Suspirou, ajeitando os óculos no rosto. – Então eu levei você ao médico e ele disse que você podia ter autismo ou espectro do autismo, que é a mesma coisa que Asperger, mas que só poderia ser diagnosticado quando você fosse mais velha. A escola também cobrava o diagnostico para ser capaz de prover uma atenção especial para que você pudesse aprender como os outros alunos. Felizmente você sempre foi muito inteligente e eu te ajudei em casa pra que você conseguisse ser alfabetizada na idade que não deixasse você ficar "atrasada" depois. Com sete anos você foi diagnosticada com Síndrome de Asperger ou Transtorno do Espectro do Autismo e eu não fiquei surpresa, foi só um laudo médico que ajudou a escola a parar de ser cuzona e prover a atenção que você precisava. Não que eu seja especialista em alguma coisa e soubesse o que você tinha, só que eu sou sua mãe e de certa forma eu acho que sempre soube que você era especial, não de um jeito ruim, mas de um jeito que as pessoas não iriam entender e iriam ser maldosas com você e isso era tudo o que eu não queria. Eu sabia, desde quando fui chamada na sua escola para ser informada que você não se comportava como todas as crianças, que seria difícil. Que as pessoas iriam olhar estranho pra você, que a família iria cochichar pelos cantos que você nunca iria ser alguém na vida, que por muito tempo eu seria tudo o que você tinha para se apoiar, que você ia passar parte da sua vida desejando ser outra pessoa... – Os olhos da minha mãe já estavam cheios de lágrimas e a essa altura algumas já escorriam pelo meu rosto. – Demorou um tempo para que eu aceitasse essas coisas, aceitasse que eu tinha uma filha que iria passar por muita coisa ruim e que eu não iria poder fazer quase nada para ajudar... Mas tudo melhorou quando eu entendi que não era culpa minha. Eu e seu pai ficamos muito tempo planejando ter um filho, e, quando finalmente aconteceu, ele não viveu tempo suficiente para ver o seu rosto... – Ela tirou os óculos e limpou as lágrimas de seus olhos, voltando a colocá-los novamente. – E por muito tempo eu achei que a culpa fosse minha, que se eu não tivesse tido filho nada disso estaria acontecendo, mas eu finalmente entendi que a culpa não era minha. Que a maternidade é uma coisa linda e que quando você está realmente preparada para amar incondicionalmente o seu filho, não há obstáculo que seja maior do que você. Prova disso é que você está aqui, sentada na minha frente, nesse restaurante cheio de pessoas, me pedindo conselhos sobre ter filhos... Eu vejo o quão feliz você é hoje e olho para trás e vejo que mesmo se eu soubesse, quando decidi engravidar, de tudo o que iria acontecer, que eu faria do mesmo jeito.

Eu só queria um conselho, mas acabei chorando que nem uma desesperada e admirando ainda mais a minha mãe pela mulher incrível que ela é e pela coragem que teve para me criar e fazer de mim a mulher que eu sou hoje.

- E talvez Lauren esteja pronta para enfrentar e passar pelo que quer que venha pela frente, mas você não está e não deve se forçar por causa de ninguém. Eu sei que pra você é difícil vê-la magoada ou chateada, mas vai passar, como tudo passa nessa vida. Ela te ama e eu tenho certeza que vai entender, uma vez que você sente e converse com ela, sem chegar que nem uma doida cancelando os planos de vocês. Como eu disse, você tem que mostrar que se importa com ela e com os sentimentos dela também, isso é importante em um relacionamento. – Assenti, pensando no que estava ouvindo.

- Entendi, mãe. Obrigada. – Ela sorriu e chamou o garçom para fazermos nossos pedidos.

Conversar com a minha mãe me deixou mais calma com relação ao que eu devia fazer e eu voltei para casa me sentindo mais leve. Pude focar em trabalhar um pouco, afinal de contas eu estava com bastante serviço acumulado e isso não era muito responsável da minha parte. Tentei limpar ao máximo aquele assunto da minha mente, deixando para pensar nisso depois, quando ela chegasse do trabalho e nós pudéssemos conversar direito sobre. Mergulhei no trabalho, ficando assim até que a noite caísse sem que eu percebesse.

Fui pega desprevenida pela porta da sala abrindo, indicando que ou eu iria ser assaltada, ou minha esposa tinha chego do trabalho. Eu fiquei tão concentrada que mal percebi as horas se passando e o fato de que a noite já tinha caído por completo aquela altura do campeonato. Ainda não havia pensado no que iria falar com ela direito e muito menos como tornaria a abordar o assunto. Me desconectei completamente do trabalho naquele momento, passando a mão nos cabelos e vendo os números voltarem a não fazer sentido na minha frente. Lauren entrou no quarto não muito tempo depois, segurando sua bolsa em uma mão e colocando a mesma em cima da cama.

- Oi. – Ela pronunciou primeiro, em um tom extremamente baixo, sentando na beirada da cama.

- Oi, Lo. – Falei girando a cadeira onde eu estava para poder encará-la melhor.

- Eu... – Ela mexia nas próprias mãos e não me olhava diretamente. – Queria pedir desculpa pela forma que eu falei com você ontem. Deve ter sido difícil me dizer aquelas coisas e eu não fui nem um pouco compreensiva. – Neguei com a cabeça.

- Não precisa se desculpar... Não consigo imaginar o quão ruim foi para você ouvir tudo o que eu te disse e principalmente da forma com a qual eu disse. – Ela ainda não me olhava. – Lo. Olha pra mim. – Ela fez que não com a cabeça, abaixando ainda mais. Me levantei e fui até ela, ouvindo-a fungar. – Lo. – Chamei novamente, e me abaixei um pouco, colocando as mãos em seus joelhos e ficando com o rosto na altura do dela. Lauren usou o braço para esconder o rosto de mim. – Amor, o que foi? – Passei a mão pelo seus fios castanhos de cabelo.

- Eu devia estar com você... Sou uma idiota. – Falou com a voz abafada, fungando novamente.

- Não, Lo, tá tudo bem. – Subi na cama e sentei em suas coxas, tirando seu braço delicadamente do rosto e secando suas lágrimas. – Você tá comigo agora, não tá? – Ela assentiu. – Então tá tudo bem, anjo. – Lauren negou com a cabeça.

Lembrei sobre o que a minha mãe disse sobre escutá-la e mostrar que eu me importava com os sentimentos dela.

- Me fala o que está incomodando, anjo. – Pedi, angustada. Odiava ver Lauren daquele jeito porque eu nunca sabia o que fazer.

- Não. – Respondeu sem me olhar.

- Lauren. – Falei com firmeza. – Olha pra mim. – Esperei pacientemente até que seus olhos avermelhados encontrassem os meus. – Eu sou sua mulher, eu te amo e você pode falar qualquer coisa comigo.

- Você me ama mesmo?

- Sim. Muito. Eu só quero ver você bem, anjo. – Procurei mais palavras que a deixassem confortável. – Eu quero saber como você se sentiu ontem. Seja sincera, por favor. – Lauren respirou fundo e o que mais me incomodava era que ela não me olhava em momento nenhum.

- Excluída. – Disse com a voz fraca. – Quer dizer, eu... Eu realmente entendo os seus motivos, mas eu só... Nós temos pensado nisso juntas por anos e eu senti como se você tivesse me cortado. E sim, eu sei que a decisão é sua e eu não estou de forma alguma tentando tirar isso de você, mas o jeito que você disse realmente me incomodou, como se eu não fizesse parte de nada disso, quero dizer, eu ao menos sabia que você estava considerando a ideia tão a fundo a ponto de pesquisar sobre essas coisas. – Assenti, indicando silenciosamente que ela podia progredir. – Eu entendo que você tenha medo de ser responsável por colocar alguém no mundo que vá sofrer muito, mas eu não acho que isso seja culpa sua. As pessoas com autismo, deficiências, transtornos, síndromes ainda vão existir mesmo que você não tenha filhos, eu não acho saudável você atribuir esse tipo de culpa para si mesma porque não é algo que podemos escolher. Eu posso ver o quão não pronta você está para tudo isso e está tudo bem, você não tem que cobrar isso de si mesm...

- Ei. – Interrompi. – Você pode olhar pra mim, amor. Não precisa ter vergonha de expor o que você tá pensando, hm? – Ela fez que sim com a cabeça e passou a olhar nos meus olhos enquanto falava.

- E, de novo, eu compreendo todos os seus motivos e nada do que eu estou falando é para tentar fazer você mudar de ideia até porque eu jamais faria ou falaria qualquer coisa que pudesse te deixar desconfortável.

- Eu sei, anjo. – Acariciei sua bochecha com o polegar.

- E as coisas que eu te disse ontem eu sei que foram muito rudes, é que na hora eu ralmente não sabia direito como reagir e acabei sendo uma completa idiota. Não é como se eu achasse que você também não fosse amar o nosso filho de qualquer forma, aquilo foi estúpido. – Assenti.

- Eu sei, amor, você realmente não precisa se desculpar por nada. De verdade. – Falei da forma mais sincera possível. – Eu sei que falei de um jeito que fez as coisas soarem de forma distorcida. Não queria falar sobre adoção como uma segunda opção descartável que serve somente para preencher o buraco de algo maior e mais importante, na minha cabeça eu achei que fosse ficar tudo bem quando eu citasse isso porque você mesma já disse várias vezes que queria adotar e tudo mais, porém, eu falei de forma grotesca e não soube me expressar direito porque estava nervosa. – Lauren acariciava minha cintura enquanto me ouvia falar. – Eu sei o quão importante isso tudo é pra você e eu me sinto péssima por ter feito você se sentir como uma estranha no nosso relacionamento, mas a verdade é que eu realmente não consigo fazer isso agora e não há palavras que expressem o quão mal eu me sinto por deixar você mal. – Ela assentiu pacientemente.

- Tudo bem, princesa. Eu entendo tudo o que você disse, e você não precisa se sentir mal. Eu não quero nada que possa vir a fazer você se sentir culpada ou insuficiente. Nós temos uma vida toda pela frente e não há motivo para ficarmos pilhadas com esse assunto agora.

- Você tem razão. – Abracei seu pescoço. – Tá tudo bem entre a gente? – Ela assentiu e eu sorri, aliviada, dando um beijo rápido na ponta do seu nariz. – Como foi seu dia?

- Meio merda, não funciono direito quando a gente tá mal. Ficou lá um monte de coisa pra fazer, amanhã vou ter que me dividir em quinhentas pra terminar tudo.

- O prazo é qual?

- Amanhã. – Ela sorriu amarelo.

- Você vai conseguir, anjo.

- Tomara. E o seu?

- Quase a mesma coisa, tirando o fato de que eu almocei com a minha mãe. Depois passei o dia inteiro trabalhando e não estou nem perto de terminar. Vontade de tacar fogo em todos esses papéis. – Lauren sorriu sem mostrar os dentes.

- Posso ajudar na parte de tacar fogo. – Ri um pouco.

- Idiota.

Ela segurou meu rosto e me beijou delicadamente, quase como se fosse a primeira vez. Lauren acariciava minha bochecha com o dedão e eu a abracei com mais força, sentindo uma necessidade quase que absurda de tê-la mais perto do que ela já estava. Não abri os olhos quando nos separamos, roçando nossos narizes e não sentindo vontade de sair dos braços dela nunca mais.

- Eu amo muito você, Camila. – Lauren nunca me chamava pelo nome, mas eu realmente gostava do som dele pronunciado pela sua boca. – Muito. – Me deu um selinho e abrimos os olhos. – Você é minha mulher e eu sempre vou respeitar e esperar todo o tempo que você precisar.

Eu não merecia Lauren, não mesmo.

- Obrigada. Por isso que você é o meu amor, meu anjo, meu tudo.

Tornamos a nos beijar, dessa vez com mais intensidade que antes, as mãos dela apertavam a minha cintura e meus dedos estavam perdidos nos cabelos de sua nuca. Escorreguei uma das minhas mãos para a blusinha social que ela usava, abrindo os primeiros botões. Empurrei até que ela estivesse deitada na cama, terminando de abrir a blusa e beijando o seu pescoço.

- P-princesa... – Balbuciou com a voz rouca. – Eu acabei d-de c-c-ch-chegar... – Disse com dificuldade enquanto eu lambia e mordiscava a pele macia sob meus lábios. – A-ainda nem tomei banho... – Levantei a cabeça e a beijei novamente.

- Eu não me importo... – Murmurei contra seus lábios. – Faz amor comigo... 

A beijei novamente e fizemos amor de novo e de novo. 

BOCETA DE XERÉM AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

E AÍ??????????????????????????????

COMENTEM OQUE ACHARAM DESTE GRANDE PEDAÇO DE MERDA DE CAVALO QUE FICA NO MEIO DA RUA TU PISA E NEM SABE QUE É MERDA

AGORA DEIXA EU FALAR COM AS HARMONIZERS DE BELO HORIZONTE QUE VÃO NO SHOW (de Belo Horizonte, claro):

Guys, o meu nenê tá com um projeto muito hino pra arrecadar alimentos e produtos de limpeza pra levar para as instituições que cuidam de crianças carentes de BH, confiram lá o twitter do @ 5hangelsprojeto pra saberem mais detalhes. Além disso, vão ter sorteios de brindes de coisas das meninas e etc etc, então quem tiver lendo isso e for no show tentem ajudar, por favor, e se informem no twitter acima.

PRONTO CHEGA DE JABÁ CARALHO

E QUEM FOR NO SHOW DO RJ TO COM UM PROJETO DE FAZER UM SURUBÃO, BORA

OBRIGADA POR LEREM ESSA PORRA

QUALQUER COISA @ COICEDALAUREN NO TWITTER PRA QUEM QUISER ME XINGAR

BEIJOS DE LUZ NA HIPOTENUSA DO CU

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