A memória de Volvagia agora me pertence
E quando me pertence, não há mais memória
Meus companheiros jamais ousariam aceitar
A anti-vitória da existência roubada.
Eles viram novamente
Testemunharam enquanto eu me alimentava do passado
Do presente
Do futuro.
Darunia
Ele quer saber por que está aqui
Por que Link está aqui
Por que estou aqui
Quem sou eu.
Não percebe?!, grita o garoto.
Matamos o dragão!
Que dragão?
Aquele por quem você abandonou seu filho
E fugiu para cá.
Volvagia não existe, diz o homem.
Não invente patavinas
Na frente de um velho
Ele merece mais
Muito mais
Que dragões de faz de conta
Brotando de idílios juvenis.
Pensei que fosse seu filho amado
Irmão jurado
Em sangue e pedra,
Lamenta o garoto.
E ainda és, diz o velho
Sempre serás.
Mas, pelo amor das deusas
Não me assombres mais com estes pesadelos de mentira.
Dedo em riste
É para mim.
E quem é ela?
Ela são muitas
Ela é maldita
Engole alfabetos inteiros
Para permanecer viva
Assassina de palavras
Verbos e sons.
A morte que só é completa
Quando ninguém mais se lembra.
Pensei que sentiria minha falta, termina o menino.
Sete anos
Não são sete dias.
Eu também,
É a confissão do homem de pedra.
Mas já não entendo o que diz
E o que entendo me apavora
Então leve-me até meu filho
E, por favor, vá embora.
Saia de perto de mim, o rapaz grita em minha direção.
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A Garota que Nunca Existiu
FanfictionEm um esquecido subúrbio na zona norte do Rio de Janeiro, Alice, uma fã fervorosa da franquia The Legend of Zelda, desaparece sem deixar rastros. Embora esteja ciente de que vive em uma cidade em que casos como este não passam de páginas de jornais...