Skyler Payne P.O.V
— Eu preciso de ar, encontro vocês na suíte presidencial, ao final da festa — falei e me afastei de ambos, indo apressada em direção à porta do banheiro enquanto alisava meu vestido.
Agora a chave estava na porta, trancando-a, e tudo havia sido um plano dos dois. Neguei com a cabeça e mesmo assim, saí de lá.
Não tive nem um minuto sozinha, pois assim que saí, Liam veio ao meu encontro, tendo um homem ao seu lado, algo me dizia que eu conhecia seus olhos sedutores, exageradamente azuis, de algum lugar.
— Skyler, se lembra do Tom?
— Tom...? — arqueei uma sobrancelha.
— Sky? Meu deus como ela está... bonita — o tal "Tom" falou surpreso.
— Hiddleston — Liam falou o sobrenome do mesmo, e nesse momento o reconheci.
Eles eram amigos quando éramos mais novos, minhas lembranças de Tom eram breves, por isso não me recordei dele.
— Oh meu Deus! Quanto tempo — sorri.
Nesse momento me perguntava se não era um tanto errado eu estar o achando atraente, afinal, ele me conhece desde minha infância, e era bem mais velho do que eu e meu irmão.
— Então Tom, o que acha de levar Skyler para dançar?
Arqueei uma sobrancelha ao ver Liam me jogando para Tom, ele sabia que eu estava acompanhada de Harry, mas não me surpreendia em vê-lo querendo me arranjar alguém de seu agrado.
— Me concede uma dança, Sky? — ele me deu o braço.
Sem jeito, porém interessada, aceitei e entrelacei meu braço ao dele, indo até os outros, que dançavam como tontos.
Não me lembrava a idade dele, mas provavelmente ele era mais velho que Zayn e Harry, por mais que sua beleza fosse ao mesmo nível.
O perfume marcante de Thomas, exalava em minhas narinas, me deixando em um leve êxtase, causando até uma discreta excitação em mim.
— Então, com quantos anos está? — ele pousou uma mão em minha cintura, e com a outra, segurou minha mão.
— Irei fazer vinte e um.
— Vinte e um? — ele pareceu travar por alguns segundos.
— O que foi? — perguntei.
— Temos muitos anos de diferença — ele levantou as sobrancelhas — Estou com trinta e oito.
— Dezessete anos... É, realmente — umedeci meus lábios.
O que Liam tinha na cabeça? Estava tão desesperado em me afastar de Harry assim?
Não podia negar que Tom era maravilhoso, mas não entendia a necessidade de meu irmão querer nos juntar hoje.
— Está na faculdade?
— Não, apenas ajudo meu irmão com o cassino, e o hotel. E você? O que faz?
— Sou CEO da Northwestern Mutual, uma empresa de investimentos, sabe?
Realmente Liam sabe escolher seus amigos.
— Você ficou no sexto lugar do "Top 20" da liga de "Melhores CEOs" da Forbes, não ficou?
— Fiquei — ele sorriu orgulhoso.
— Então meu irmão tem amigos que sabem usar a cabeça de cima e não só para fazer apostas? Que milagre — brinquei.
Thomas riu, e por meio segundo, me vi fitando os lábios dele, que percebeu, então desviei o olhar, deixando um breve silêncio se instalar entre nós.
Ele me levou pela mão até uma das mesas, e de longe podíamos observar Liam nos encarando, Tom parecia desconfortável com a atitude de meu irmão, eu estaria mentindo se dissesse que também não estava, porém, iria o tentar, afinal, meu tempo com Harry, e até Zayn, foi uma péssima influência para minha inocência.
A diferença de idade entre nós dois me excitava, não era proibido, afinal eu tenho vinte anos, mas mesmo assim eu estava com um desejo incessante por ele, justamente por Hiddleston não demonstrar muito interesse por mim.
Cruzei minhas pernas e corri meu pé por sua perna, passando-o por sua panturrilha, vendo a postura dele mudar.
— Você não mora aqui em Vegas, mora? — arqueei uma sobrancelha e sorri de canto.
— Não, eu moro em Atlanta, vou ficar algumas semanas aqui, faz tempo que não tiro "férias".
Ele afastou um pouco a perna, mas mesmo assim, persisti em minha ação, vendo-o suspirar pesadamente.
— Irá ficar no hotel?
— Sim, apesar que Liam insistiu que eu ficasse em sua casa.
— Sinceramente? Seria bom ter novos rostos naquela casa, apesar que meu irmão passa o dia trabalhando aqui e raramente volta durante a noite, pois sempre está "ocupado", se é que me entende.
Eu não poderia ir para casa hoje, já que havia feito o "favor" de marcar de encontrar Styles e Zayn na suíte presidencial após a festa.
— Posso considerar o convite — ele sorriu, e nesse mesmo momento me senti úmida — Mas hoje ficarei por aqui.
Sorri.
— Certo.
[...]
Após me esquivar da festa, fui até o corredor de elevadores, apertando o andar da cobertura, onde ficava a suíte presidencial.
Ao chegar no andar, digitei a senha padrão da porta, adentrando o quarto, e pude ver apenas Zayn sentado na cama.
Quando revirei os olhos e fui sair do cômodo, Harry apareceu na porta, colocando as mãos sobre os batentes da porta me impedindo de sair, e com isso, sorriu malicioso.
Não resisti e retribuí o sorriso, além de que estava lá, mais por ele do que por Zayn.
— Quem era aquele que estava com você?
Zayn perguntou enquanto eu andava em direção à ele, mas um som me fez virar de costas, as duas garotas estavam também entrando no quarto.
— Tem certeza que quer me questionar sobre qualquer coisa enquanto elas estão aqui e você não tem a mínima moral? — cruzei os braços, rindo ironicamente.
— Sky...
— Se elas continuarem aqui, eu vou embora — dei de ombros.
— Não acha que quer demais, Skyler? — uma delas se manifestou.
— Não se dirija a mim, enquanto eu não me dirigir a você, Skyler da décima camada da Deep Web — olhei para ela com desgosto.
— Garotas... — Harry apontou com a cabeça para a porta, o que me fez sorrir satisfeita.
Elas saíram, e a porta foi fechada.
— Pode dizer agora, quem era aquele? — Zayn persistiu.
— Um amigo.
— Amigo? Você flerta com amigos?
— Eu faço o que eu quiser.
— Você era mais dócil.
— Vocês dois me ensinaram a não ser — sorri ao sentir Styles atrás de mim e olhei minhas unhas — Eu não decidi continuar com isso tudo, para ser interrogada por você, Malik, não espere que eu irei ficar submissa, como antes, afinal, sei que estou aqui como Josephine, não é?
Eu não iria perdoar ele ter gemido outro nome enquanto estava comigo.
— Você sabe que esse jogo é, e sempre foi, meu, não sabe? — ele se levantou e andou lentamente em minha direção, colocando uma de suas mãos em minha cintura, nesse momento, eu estava entre os dois.
— Não, nesse jogo quem dá as regras agora sou eu.