Original Sin

By xlarrax

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A história toda se passa no século passado Onde as coisas eram bem diferentes Alay uma jovem comum teve a vid... More

1-SINOPSE
CAP-2
CAP-3
CAP-4
CAP-5
CAP-6
CAP-7
CAP-8
CAP-9
CAP-10
CAP-11
CAP-12
CAP-13
CAP-14
CAP-15
CAP-16
CAP-17
CAP-18
CAP-19
CAP-20
CAP-21
CAP-22
CAP-23
CAP-24
CAP-25
CAP-26
CAP-27
CAP-28
CAP-29
CAP-30
CAP-31
CAP-32
CAP-33
CAP-34
CAP-35
CAP-36
CAP-37
CAP-38
CAP-39
CAP-40
CAP-41
CAP-42
CAP-43
CAP-44
CAP-45
CAP-46
CAP-47
CAP-48
CAP-49
CAP-50
CAP-51
CAP-52
CAP-53
CAP-54
CAP-55
CAP-56
CAP-57
CAP-58
CAP-59
CAP-61
CAP-62
CAP-63
CAP-64
CAP-65
CAP-66
CAP-67
CAP-68
CAP-69
CAP-70
CAP-71
CAP-72
CAP-73
CAP-74
CAP-75
CAP-76
CAP-77
CAP-78
CAP-79
CAP-80
CAP-81
CAP-82
CAP-83
CAP-84
CAP-85
CAP-86
CAP-87 (FIM)

CAP-60

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By xlarrax

Benjamin: Pelo amor de Deus, nós estamos esperando há mais de 20 minutos. – Se queixou, encostado no balcão da recepção

Pablo: Eu não vou deixar ela fugir, não de novo. – Ele olhou uma lista que estava atrás do balcão, e saiu, rumando o quarto de Alay.

Um dos homens contratados por Pablo seguiram Guilherme, e encontraram Alay. Pablo não hesitou em ir até lá, e Benjamim insistiu em ir também. Os dois subiram as escadas como em um vôo.

Pablo: Alay, abre essa porta! Eu sei que você está ai! – Chamou, após minutos batendo na porta. Nessa hora Dulce começou a chorar – Vamos, Lay.

Nessa hora ouviram um gemido sufocado, fraco de Alay. “Pablo...” ela chamou. O loiro se desesperou. Ela não estava bem.

Benjamin: Sai. – Pediu, rápido, e deu um pontapé com tudo na porta, que abriu com força.

A cena foi nauseante. Alay estava amarrada, amordaçada na cama, com a perna ferida em vários pontos, e a cobra em cima da cama. Enquanto Pablo observava, o animal feriu Alay com mais uma mordida. Pablo foi ajudar a esposa rapidamente. Jogou puxou a cobra com tudo, e jogou no chão. Benjamin esmagou a cabeça do animal com uma pisada.

Pablo: Tire Dulce daqui. – Ordenou, e Benjamim assentiu, tirando a criança rapidamente de lá. – Alay. – Murmurou, desamordaçando ela.

Alay não respondeu. Ele fez o óbvio. Abaixou-se á perna de Alay, e começou a sugar os ferimentos. O único gosto ali era do veneno. Nem um vestígio do sangue da Morena. O rosto de Pablo estava contorcido na mais completa dor. Meu Deus, não. Ele ia, de ferimento em ferimento, sugando até conseguir sentir o gosto doce do sangue, depois cuspia fora. Ele checou a perna dela, até todos os ferimentos estarem limpos. Quando a Alay, estava afogada na mais completa escuridão. Tentava caminhar, mas suas pernas eram pesadas. Tentava gritar, mas não havia voz. Sem contar a queimação absurda que sentia por todo o corpo. Até que, de longe, uma voz foi lhe chamando.

Pablo: Lay, acorde. – Ele segurou o rosto da Morena, olhando-a. Estava fria, mole. O único sinal de que estava viva era sua respiração. – Acorde. – Pediu de novo. – Que diabo, eu te amo. – Murmurou, desesperado.

Alay: Al...Pablo. – Ela conseguiu murmurar, perdida na escuridão.

Pablo: Você está viva. Ah, Deus. – Ele deu vários beijos no rosto dela.

Alay: Era tudo mentira... – Murmurou, ainda de olhos fechados.

Pablo: Não importa, eu amo você. – Disse, com os olhos cheios d’agua, erguendo o rosto dela. A morena tinha os olhos entreabertos, fraca.

Alay: Eu estou morrendo. – Constatou em um sussurro, quando não tinha mais forças pra falar. Então a escuridão a engoliu novamente.
Pablo entrou em desespero quando Alay desmaiou novamente. Pense, seu idiota. Um médico. Era disso que ela precisava. Ele carregou o corpo mole da esposa, e saiu como um raio pelo corredor do hotel. Em poucos minutos, entrava no hospital mais caro da cidade (Obviamente, era onde os Deville se tratavam quando adoeciam), levando ela no colo. Uma enfermeira levou Alay, e deixou Pablo sozinho.

Rafael: E então? – Perguntou, entrando na sala onde Pablo estava, acompanhado por Larra – Benjamin chegou em casa com Dulce, e disse que Alay estava ferida. O que houve?

Pablo: Uma cobra. – Murmurou, lembrando-se do animal. – Eu vou matar quem prendeu ela ali. – Disse pra si mesmo – Vou matar com as minhas mãos.

Larra: Prendeu? – Perguntou, confusa.

Pablo: Prendeu. Estava amarrada a cabeceira da cama, e amordaçada. Alguém fez isso com ela.

Rafael: Mas quem?

XXXX: Senhor Deville? – Chamou, entrando na sala. O médico era novo em Seattle, por isso não conhecia o rosto de Pablo.

Pablo: Aqui. – Respondeu, se erguendo da cadeira – Minha mulher?

Médico: Ficará bem. – Pablo suspirou, sentindo um alivio violento se apossar dele – Está dormindo, agora. Foi muita sorte ela ter sobrevivido. A maioria dos ferimentos está na perna direita, mas eu verifiquei, e está tudo limpo. Eu sedei ela, pra evitar a dor dos procedimentos, por isso ainda está adormecida.

Pablo: Quando ela acorda?

Médico: Daqui à umas... 5 horas, por ai. – Pablo assentiu.

Pablo: Eu posso ver ela?

Médico: Agora, não. As enfermeiras estão cuidando dos outros ferimentos dela, aproveitando seu sono. Ela tem a boca ferida, e os pulsos também, ao que parece forçou eles demais. Mas logo o senhor será liberado para vê-la. – Pablo assentiu, e o médico, após pedir licença, saiu.

Pablo: Obrigado, meu Deus. – Murmurou pra si mesmo. Mas nessa hora, um gritinho animado e inocente inundou a sala. Pablo se virou, com o coração pulando de saudade. Benjamin entrava no hospital, trazendo uma Dulce que só faltava bater no tio, querendo ir pro colo do pai. A menina dava gritinhos, pulava, ria, batia palmas. Pablo sorriu de canto. Sonhou tanto em ver aquele sorriso novamente.

Pablo: Dulce. – Murmurou pra si mesmo, enquanto avançava pra filha.

Benjamin entregou a menina a Pablo, que se agarrou com força ao pai. Pablo aspirou o cheiro da filha, como se dependesse disso pra viver, enquanto a acolhia em seu peito. A saudade era tanta que fazia ele querer gritar. Ele encheu o rostinho e o pescoço de Dulce com beijinhos estralados, fazendo ela rir.

Pablo: O que foi? – Perguntou, sorrindo, enquanto a filha ria nos braços dele. Dulce tapou os olhinhos com as mãos por um momento, e depois destampou-os depressa, fazendo carinha sapeca, e tocou o peito de Pablo.

Pablo se derreteu com isso. – É, o papai está aqui, minha sapeca. – Dulce bateu palminhas, enquanto Pablo beijava ela de novo.

O sorriso de Pablo se fechou ao ver a expressão da filha. Ela varria a sala de espera do hospital, com um olhar ansioso e curioso. Procurava a mãe.

Pablo: A mamãe não está aqui. – Respondeu, acariciando os cabelos da menina, que estavam com um penteado fofinho – Não está, meu amor. – Dulce fez bico – Não, não chore. Nós vamos ver ela daqui a pouco, sim? – Dulce continuou com bico – Mas não pode chorar. – Avisou, olhando-a. Era incrível. A cor dos olhos de Dulce era minuciosamente idêntica ao seus. Era como se olhar num espelho pequeno e moreno. Dulce abraçou o pai de novo, e ele ninou ela. Passara tanto tempo imaginando o momento que poderia nina-la de novo, que agora que podia faze-lo, era surreal.
Assim que foi liberado, Pablo se postou ao lado de Alay em seu leito, e de lá não saiu. A Morena tinha a aparência fraca, débil. As horas se passaram, e ela não se movia, apenas respirava. Seus cabelos estavam soltos, no travesseiro branco. Ela vestia uma camisola amarela-clara, do hospital. Pablo segurou a mão dela pelas horas a fio. Parecia não piscar os olhos, enquanto observava a esposa. Pediu pra levarem uma Dulce irritada pra casa, não achava bom que ela ficasse no hospital muito tempo. Os cantos da boca de Alay estavam vermelhos, e seus pulsos tinham grandes curativos. A madrugada e a chuva reinavam lá fora, quando Alay começou a falar.

Alay: Era mentira. – Sussurrou, virando o rosto levemente pro rosto pro lado. Pablo encarou ela, atentamente.

Pablo: Calma. – Pediu, acariciando lhe o cabelo.

Alay: Lorena. – Sussurrou novamente, franzindo a sobrancelha.

Pablo: Já acabou. – Acalmou, ainda acariciando-a.

Alay: Não adianta, era mentira. – Murmurou, atordoada.

Pablo: O que era mentira, meu amor? – Tentou acalmar, vendo a agitação dela.

Alay: Tudo. O filho. A mãe do Pablo. Era mentira. – Ela se balançou de novo, com uma expressão de dor no rosto.

Pablo: Calma, Lay. – Ele beijou a testa dela. Alay se aquietou por um instante, e ele a observou, pensativo. Uns minutos depois, a morena abriu os olhos, e o encarou fixamente.

Alay: Não. – Ela recuou, se encolhendo na cama, ao focalizar Pablo em sua frente.

Pablo: Calma. Está tudo bem agora. – Acalmou ela, segurando-a pelo ombro. A pele dela queimou sob o toque dele. Já ele tinha vontade de possuí-la ali mesmo.

Alay: Não está bem. Você me encontrou. – Concluiu, se sentando. Sua cabeça estava um pouco pesada, pelos remédios – Dulce. Cadê a minha filha?! – Perguntou, assustada

Pablo: Lay, calma. Dulce está em casa, Larra está cuidando dela. Ela está bem. – Alay suspirou, relaxando na cama. – Porque fugiu, Alay? – Perguntou, sentando-se nos pés da cama, ainda segurando a mão dela.

Alay encarou Pablo, sentindo o coração pular. Pensou no que Lorena dissera. Ele terminou com ela. Sua vontade era de pular em seu pescoço, e se entregar a ele de todas as formas possíveis. Mas ela não o fez.

Pablo: Maldição, você ainda deve estar confusa. – Constatou, quando ela não respondeu – Vou pedir a enfermeira pra lhe trazer algo pra cabeça, deve ajudar. – E se levantou, mas ela segurou sua mão. Pablo olhou primeiro pra as mãos dos dois, pra as duas alianças se segurando, e depois encarou-a.

Alay: Não estou confusa. – Respondeu, puxando-o de volta. Pablo se sentou novamente. As mãos dos dois pareciam não querer se soltar, por isso continuaram juntas.
Alay: Pablo, eu preciso te... – Interrompida

Enfermeira: Com licença. – Pediu, entrando no quarto. Pablo se levantou, enquanto a enfermeira examinava a mulher.

Alay gemeu ao ter as pernas descobertas. A cada mordida da cobra, ficara um ponto roxo grande em volta. Doeu quando a enfermeira verificou o curativo.

Pablo: Cuidaremos disso, também. – Murmurou pra ela, ao perceber a vaidade ferida da esposa. Alay sorriu de canto, e suspirou.

Enfermeira: Logo poderá ir para sua casa, senhora Deville. – Anunciou, sorrindo bondosamente, e cobrindo Alay novamente. Pablo observou a loira, e viu ela abaixar o olhar pra as mãos, com o pensamento distante.

A Enfermeira deu uma porção de remédios pra Alay, que bebeu em silêncio. Em seguida, saiu, deixando marido e mulher a sós novamente.

Pablo: E então...? – Perguntou, se sentando ao lado dela na beira da cama. Alay queria muito pegar a mão dele novamente, mas não tinha coragem pra isso. – Se você quiser descansar mais, podemos conversar depois. Deve estar confusa ainda. – Acalmou, observando-a.

Alay: Não, não estou. – Mentiu. Sua cabeça estava pesada, e doía fracamente. Estava tonta, e enjoada. Só que isso não podia ser prorrogado – Eu preciso que me escute. Antes de qualquer coisa. Eu quero te dizer o que aconteceu comigo. Eu preciso.

Pablo: Está tudo bem. – Ele pegou a mão dela, e ela sorriu por dentro com isso. Pegou a mão do marido e segurou-a com carinho, enquanto tomava coragem pra falar – Me diga. Quem te fez aquilo? – Perguntou, sério.

Alay: Foi ela. Lorena.

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