Entertainer • Zayn Malik

By wersacie

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A inocência nem sempre joga do lado certo, e na maioria das vezes, se deixa levar pelos encantos da luxúria... More

Often
The Hills
Six Feet Under
Back To Sleep
Heaven or Las Vegas
Reminder
Crazy In Love
Fetish
Lights Out
Bang Your Line
Common
Love To Lay
Bad Guy
All That
Lonely Night
Say It
Sexual Healing
Pray
Reflections
Vegas Lights
Good Thing
Someone That Loves You
Gorilla
Put It On Me
I'm With You
Photograph
Mirrors
Flawless
In Your Eyes
Lies In The Dark
Female Robbery
Grenade
Code Blue
You Don't Own Me
Acquainted
Monster
Don't Blame Me
Escape From LA
Harder To Breathe
Sail
Earned It
Money Make Her Smile
Ghost
Beggin For Thread
Slow Dancing in a Burning Room
Nothing Without You
Trouble
2 Cigarettes
House of Memories
Afraid
Control
Beautiful War
Broken Home
Obsessive
Save Your Tears
In The Night
Horns
I Put A Spell On You
I Don't Wanna Live Forever
Blurred Lines
Star Girl
What Is Love?
The Good, the Bad and the Dirty
There You Are
Fix You
Scary Love
Demons
I Am Not a Robot
Clumsy
With You
Memphis
Human
Pills N Potions
Teenage Millionare
Next Level
I Ain't Worried
Lights Down Low
Homemade Dynamite
Baby One More Time
Love In Portofino
Love/Hate Letter To Alcohol
Iris

Lonely Heart

507 48 12
By wersacie

Skyler Payne P.O.V

Primeiro de novembro de 2014.

Iriam se completar duas semanas desde que Liam fora para o Canadá.

Em meu aniversário e ele não se deu nem ao trabalho de me ligar, com isso, era óbvio que eu não esperava que ele aparecesse em meu quarto durante a madrugada com a notícia mais inesperada:

— Nosso pai está morto, Skyler.

No mesmo instante meus olhos se encheram de lágrimas e talvez eu tenha chorado tudo o que segurei durante meus quinze anos de vida em uma única hora, até que meu irmão, que me abraçava e acariciava minha cabeça quebrou o silêncio que era interrompido às vezes, apenas por meus soluços.

— Não chore, ele está em um lugar melhor agora.

Empurrei Liam separando nosso abraço de forma brusca e neguei com a cabeça.

— Não estou triste seu idiota! Estou aliviada! — gritei entre soluços, tentava respirar com dificuldade — Eu não espero que ele esteja em um lugar melhor depois de ter me feito viver no inferno durante esses dez dias que você simplesmente desapareceu e me abandonou! — por mais que Liam fosse muito mais alto do que eu, o empurrei mais uma vez.

— Eu não te abandonei... — ele negou, mas deixou que eu estapeasse seu peito diversas vezes.

— Você foi para outro país sem nem me deixar um recado! Me deixou aqui sozinha com... ele — murmurei a última palavra com desprezo, ela era ácida quando se tratava de Anthony — Tem ideia de quantas vezes eu ouvi o quanto ele queria que eu estivesse morta enquanto me dava uma surra? Tem ideia de quantas vezes eu corri pro seu quarto para chorar e me sentir perto da única pessoa que eu pensava que me amava? — parei de estapear meu irmão quando meus braços roxos e doloridos se queixaram do esforço que eu exigia que eles fizessem naquele momento — Liam, sinceramente? Anthony não estar mais neste mundo é a melhor notícia que alguém poderia ter me dado, pois agora a única pessoa que me culpará por alguma coisa, será eu mesma. Afinal se eu não tivesse nascido, você ainda teria mãe.

[...]

Dias atuais.

— Você ouviu alguma palavra do que eu disse?

Fui retirada de meu transe após Liam socar a mesa em que tomávamos café da manhã, fazendo talheres, copos e taças tilintarem. Passei meus olhos por meu irmão antes de pousá-los em Hailey, a loira me fitava de modo tão preocupado do outro lado da mesa que suas sobrancelhas quase formavam um acento circunflexo perfeito em sua testa.

— Wilden dançou a valsa dele para o juiz, e com isso a mídia será autorizada a transmitir o julgamento — respondi despreocupada, ao fundo de meus pensamentos eu ainda pude ouvir meu irmão reclamando pelos últimos dez minutos — E você quer que eu faça o quê, Liam?

— Ele orquestrou tudo Sky — Hailey começou a falar após pousar sua taça de água sobre a mesa — Irá fazer com que o advogado de acusação exponha a sua vida pessoal, e a de Zayn, para todo o país...

— Tem ideia de como a difamarão após o depoimento? — Liam se queixou ao retirar o celular do bolso do terno pela vigésima vez para conferir a tela de bloqueio.

— Tenho — dei de ombros enquanto cortava a waffle afogada em mel que estava em meu prato — Já falam a mesma coisa antes mesmo de saber que Zayn gosta de Knife play, este depoimento não mudará nada. Está preocupado com o que falarão de mim, ou em ouvir detalhes da minha vida sexual com o seu antigo melhor amigo? Se quiser já posso começar agora mesmo e te preparar psicologicamente — brinquei.

Louis riu, Hailey tentou esconder com o guardanapo, mas riu também. Liam me encarou com tanta seriedade que acabei me juntando aos dois.

— Agora falando sério, irmãozinho — larguei os talheres para segurar a mão de Liam que mais uma vez ia de encontro ao celular no bolso — Se acalme. Os jornalistas irão assistir à gravação tantas vezes para escrever suas matérias que irão perceber que as provas contra Zayn são unicamente baseadas na vida sexual dele, Benjamin e Louis irão assegurar que Wilden não pegue outro caso tão cedo e todos perceberão que discutir minha vida sexual logo será entediante, afinal ainda há um assassino solto em Las Vegas.

— Vendo por esse lado, Sky está certa — Hailey me abriu um pequeno sorriso antes de levar uma garfada de crepe até a boca.

— Relaxa cara — Louis falou mesmo tendo a boca ocupada por um mini croissant — Já te desapontei como amigo ou advogado?

— Não — meu irmão assentiu e terminou sua frittata de lagosta.

— Não irei perguntar se já te desapontei porque já sei a resposta — afirmei ao limpar minha boca e pousar na mesa o guardanapo de pano que anteriormente estava em meu colo — Mas posso te garantir que não irei fazer isso dessa vez.

Ao terminar de falar, me levantei e fiz meu caminho até meu quarto para terminar de me arrumar e assim poder seguir até o tribunal onde ocorreria o julgamento.

Quando saí do closet pude encontrar Liam de pé em frente a estante que havia em meu quarto, seu olhar era distante enquanto encarava um porta-retrato que exibia uma foto minha e de meu último cavalo de competição, na moldura estava colada a medalha que recebi por ter vencido em primeiro lugar um concurso de saltos.

Liam Payne P.O.V

04 de março de 2013.

— Eu não ligo que aquele cavalo maledetto tenha morrido Liam, muito menos se Skyler está triste por isso — meu pai deu de ombros após beber um gole do bourbon que um dos mordomos havia servido a ele, seu ódio era visível quando começava a xingar em italiano e isso normalmente acontecia quando minha irmã era o assunto.

— Skyler só tem quatorze anos. Acha mesmo que ela é merecedora de tanto ódio? — no instante em que o olhar raivoso de meu pai se dirigiu a mim, percebi que deveria ter ficado quieto.

— Aquela garota é desprezível. Tenho vergonha de chamar de filha alguém que chora por um animal tolo! — Anthony elevou o tom de voz e bateu com o copo sobre a mesa do escritório — E trate de fazê-la parar com este choro insolente ou eu irei.

— Comprarei outro cavalo para ela...

— Não ouse! Não a quero mais competindo com essas tolices! — berrou enquanto me apontava um dedo.

— Skyler ama fazer hipismo, não tire isso dela.

— Ela foi a razão de eu ter perdido a mulher que mais amei na vida. Eu não ligo.

Me retirei do escritório sem dizer uma única palavra e segui para o quarto de Skyler, onde tinha certeza absoluta que minha irmã estaria chorando por Hades, seu cavalo de seis anos que havia morrido por Gurma Equina.

Desde que Sky passou a entender o desprezo que nosso pai tinha por ela, começou a me pedir que arranjasse modos para que evitasse ficar em casa, foi aí que aulas de hipismo, piano, violino e ballet foram tomando o tempo dela, e aos poucos Anthony foi tirando isso da filha caçula.

Primeiramente, ele a impediu de tocar piano — que era a maior paixão dela — mesmo tendo um na sala de estar. Nossa mãe costumava tocar quando eu era pequeno e a semelhança física de Skyler com Audrey fez com que meu pai não a deixasse chegar se quer, perto, do instrumento. Algumas vezes até dizia que ela não sabia tocar, mas assim como eu, ele reconhecia que entre nós três, Skyler era a única que tocava piano tão bem quanto minha mãe.

Depois, a impediu de tocar violino sem razão aparente, e agora com Hades morto, apenas restava o Ballet.

Conforme abri a porta me esquecendo de bater por estar tão absorto em meus pensamentos, pude vê-la se assustar, entretanto, relaxou ao notar que não era nosso pai quem estava entrando.

— O que ele disse? — minha irmã limpou o rosto, seu nariz estava vermelho e pequenas bolsas se formavam embaixo de seus olhos inchados de tanto chorar.

— Não vamos falar disso agora, Sky.

— Fale Liam, ele me odeia, isso não é novidade — a afirmação da garota apertou meu coração.

— Pediu que eu te acalmasse e te avisasse que não irá mais competir.

— Obviamente não foram com essas palavras — ela balbuciou antes de esconder o rosto com as mãos e voltar a chorar.

— Sinto muito — suspirei ao me sentar ao lado dela e envolver sua estatura em um abraço.

[...]

Fiquei com Skyler até que ela dormisse, ao sair do quarto da garota, pude ouvir do topo da escada a voz de meu pai, ele conversava com alguém pelo telefone.

— Não irei demorar muito, não posso ser visto em um lugar como aquele.

Claro que eu sabia o tipo de lugar no qual Anthony Payne não poderia ser visto, mas preferi me certificar pessoalmente de minha hipótese.

Assim como por Skyler, meu pai nutria um certo desgosto por mim, não tão intenso, mas ainda preferia que Deckard Shaw, filho de seu amigo Jeremy Shaw, estivesse em meu lugar.

Segui o Audi A8 que levou meu pai até uma boate chamada "Heaven" em uma área não muito "familiar" de Las Vegas e estacionei em uma distância considerável, esperando-o entrar no lugar para sair do carro e fazer o mesmo.

A boate era tomada por uma iluminação que oscilava entre vermelho, roxo e azul, gaiolas pendiam do teto e dentro delas estavam dançarinas nuas, ou apenas de fio dental, elas estavam suspensas do chão apenas o suficiente, de modo que homens ainda pudessem jogar diversos dólares no chão dos cubículos onde dançavam.

Mordi meu lábio inferior ao correr meus olhos pelo corpo de uma mulher que esbarrou propositalmente em mim, ela sorriu e piscou conforme se afastava.

Eu não era de ferro e o lugar era uma tentação.

Recobrei o foco e me perguntei a razão de alguém ter trago meu pai até este lugar. Conforme caminhava entre o mar de corpos, encarei a stripper que estava na gaiola mais próxima.

Ela estava sentada enquanto deslizava as mãos por seu corpo de uma maneira tentadora. Diferentemente das outras, essa se esquivava quando alguém estendia a mão para tocá-la, parecia que estava desconfortável, não estava tentando instigar ninguém.

Quando meu olhar se cruzou com o dela, a garota saltou da gaiola e desfilou devagar até mim. Não pude evitar encarar seu corpo com luxúria, ela era linda, mas realmente não parecia querer fazer o que estava fazendo para os homens que a circundavam.

— Me paga uma bebida? — ela sorriu, pousando a mão em meu peito.

Alguns homens reclamaram pela garota ter parado seu show, reparei que todos deveriam ter mais de cinquenta anos e apenas jogavam notas de dois ou cinco dólares.

— Qual é o seu nome? — a envolvi pela cintura, trazendo-a para perto.

— Josephine.

Skyler Payne P.O.V

Ao me aproximar de meu irmão, o som de meus saltos batendo no chão chamaram a sua atenção e ele aparentou retornar para o mundo real.

— O que foi? — perguntei enquanto fechava o único botão de meu blazer.

— Se lembra do dia em que Hades morreu? — Liam se virou brevemente para mim, antes de tornar a encarar a foto.

— Claro que lembro — respondi enquanto semicerrava meus olhos e tentava enxergar através do crânio de meu irmão para descobrir o que se passava em seu cérebro para me perguntar aquilo.

— Foi neste mesmo dia que descobri sobre o tráfico de mulheres de Deckard e conheci Josephine... — Liam falava nostálgico, não pude me conter a torcer o nariz quando ouvi o nome de sua ex-namorada.

— Se tem essa garota envolvida, realmente o dia foi bem ruim — rebati sem demonstrar nenhuma empatia pela memória de meu irmão.

— Não fale assim — me repreendeu ao se virar para me encarar — Eu disse a Anthony que te daria um cavalo novo e ele disse para eu não fazer isso... Eu deveria ter comprado mesmo assim, sabia como você amava competir, deveria ter o impedido de também tirar isso de você, deveria ter te protegido mais...

Até quem ouvisse a conversa do corredor perceberia o quanto as palavras de Liam estavam pesadas por culpa, era como se ele não estivesse falando comigo e sim admitindo para si mesmo que havia falhado em algo muito importante.

— Liam... — comecei, mas ao notar que não tinha muito o que falar, me aproximei receosamente e o abracei com força.

— Me desculpe Sky.

— Você foi, e é o melhor irmão que eu poderia ter — neguei com a cabeça enquanto acariciava o ombro de Liam — Tinha sua vida, seus próprios problemas e mesmo assim tomava minhas dores e procurava sempre interferir no que Anthony queria fazer comigo, eu nunca vou poder te agradecer o suficiente, sei que fez minha vida melhor de todas as maneiras que podia... E desde quando me contou pela primeira vez sobre Josephine e eu pude ligar os pontos... Quero te pedir desculpas por ter batido em você após ter me deixado sozinha em meu aniversário de quinze anos. Entendi que você havia saído do país pois Anthony e Zayn te acusavam de ter matado Josephine e só retornou quando Anthony morreu... Você sempre me consolou quando precisei, me desculpe por não ter feito o mesmo por você.

— Esqueça isso — Liam segurou em meu rosto e acariciou minhas bochechas com os polegares — Você é minha irmã e eu te amo muito, Skyler, sempre farei de tudo para te proteger, e se estou tão preocupado hoje, é exatamente por isso. Odeio saber que outra onda de ódio contra você se formará.

— Toda onda se quebra — abri um sorrisinho ao segurar os pulsos de meu irmão carinhosamente e me afastar aos poucos — Vai dar tudo certo, eu prometo isso a você.

— Eu espero que dê — ele encarou a foto mais uma vez e colocou as mãos nos bolsos da calça social.

Ao descer a escada, chamei Hailey que teclava devagar algumas notas de "That's Amore" de Dean Martin no piano da sala, para irmos embora, afinal já eram oito da manhã e o julgamento se iniciaria em uma hora, Sheldon, um de nossos motoristas nos levaria, Louis e meu irmão iriam em seus próprios carros.

— Você está bem mesmo? — Hailey enfatizou a última palavra ao fechar a porta do carro.

— Estou sim — me virei para a loira e abri um pequeno sorriso — Sabe que não me importo nem um pouco de dar esse testemunho.

— Não sei como pode estar tão calma enquanto sabe que todo o país estará assistindo a esse julgamento, eu estaria surtando se precisasse depor, sabe que odeio falar em público.

— Se eu perder a calma, sabe que esse julgamento terminaria com uma condenação, a minha — ri junto à minha melhor amiga — Vou usar de todo o meu autocontrole para não mandar Wilden para o inferno junto com seu advogado de acusação, mas pelo que conheço de Barnes, ele deixará esse advogado sem muitos argumentos para me tirar do sério.

Como não havia muito trânsito durante esse horário em Vegas, o trajeto que normalmente duraria de trinta a trinta e cinco minutos, durou apenas vinte. Não me surpreendeu o mar de fotógrafos na entrada do tribunal, muito menos a aparição repentina de Dedrick e Deman ao meu lado e de Hailey para nos ajudar a atravessar os repórteres desesperados que não haviam conseguido um lugar no julgamento e por isso enfiavam câmeras e microfones em frente a nossos rostos.

•••
O julgamento vem aí meus amores...
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