Capítulo 82

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- Jon, vem - Sophia gritou enquanto se sentava na banheira medindo a temperatura da água.

- Eu não quero tomar banho - cruzou os braços e a loira riu.

- Você tem que tomar, porquinho - tirou a cueca do menino e o colocou dentro da banheira, Jon sorriu - viu só? esta quentinha.

- Está bom - brincou com a espuma - quando ele vai nascer?

- No começo do ano que vem - sorriu - você quer muito brincar com ele?

- Eu quero, vamos jogar videogame, vamos jogar os joguinhos de tabuleiro - Jon sorriu.

- Ele vai jogar sim - passou o shampoo na cabeça do menino.

- Soph, onde está seu marido?

- Está viajando - engoliu seco massageando a cabeça de Jon - você quer conhecê-lo?

- Eu quero - pausou - podemos nos falar pelo computador, como eu faço com meu vovô.

- Podemos sim - deu um sorriso sem vida - feche os olhos, vou enxaguar a sua cabeça.

Assim o menino fez, fechou os olhos e Sophia enxaguou sua cabeça tirando o excesso de espuma, voltou a por condicionador fazendo a mesma coisa, Jon gostava dos carinhos de Sophia.

- O quê vamos fazer depois do banho?

- Vamos dormir - encostou na parede descansando - você precisa cochilar um pouco.

- Eu não quero dormir - fez bico.

- Mas precisa dormir, depois o senhor fica muito chato - brincou se levantando, buscou a toalha e enrolou Jon na mesma.

Sophia terminou de vestir Jon, o pôs pra dormir e saiu indo em direção à cozinha, falou com Rita que preparou uma salada de frutas pra mesma, precisava comer. Voltou pra sala, sentou-se no sofá procurando canais que a distraíssem antes de Jon acordar, escutou um barulho na porta e viu Antônia passar com duas sacolas de shopping.

- Querida - sorriu indo até a mesma - como você está?

- Estou bem, e a senhora? - se levantou encostando na barriga.

- Estou bem sim - largou as sacolas - onde está Jon?

- Dormindo, ele comeu e dei um banho nele - sorriram - está tudo sob controle.

- Certo, ótimo - encarou Sophia - preciso que faça um favor pra mim.

- Claro - cruzou os braços.

- Quer saber? esqueça isso - sorriu negando com a cabeça - pode ir pra casa se quiser, eu cuido de Jon.

- A senhora não vai precisar de mim?

- Não querida - abraçou a mesma - cuide desse menino, você precisa descansar.

E precisava mesmo.

Saiu da casa de Antônia com alívio na mente mas um peso em seu ventre, Kevin não tinha parado de chutar, estava agitado demais. Pegou um táxi querendo chegar rápido em casa, demorou alguns minutos pra chegar.

- Olá - encarou os dois rapazes com uma caixa grande parados a porta.

- Você é Sophia Abrahão?

- Sim - mostraram a prancheta pra ela.

- Assine aqui, é a sua entrega de carrinho - lembrou-se na hora, tinha comprado um carrinho pra Kevin mas Saily não conseguiu levar.

- Obrigada - colocaram a caixa dentro do apartamento e logo saíram.

Lá estava ela, sozinha novamente.

Tomou um banho rápido, vestiu uma roupa confortável e decidiu cozinhar pro jantar antes que Saily chegasse. Voltou pra sala encarando a caixa, tentou montar o carrinho e conseguiu depois de nove tentativas, aquilo era cansativo demais. Respirou fundo olhando ao redor, já tinha feito tudo que tinha conseguido e agora sim, precisava de descanso. Botou os pés no sofá relaxando, fechou os olhos mas o barulho do celular a incomodou.

- Você está recebendo uma ligação da penitenciária de Seattle, digite dois para continuar.

- Oi, meu amor - sorriu.

- Oi, meu amor - a imitou, sentiu ele sorrir - como você está?

- Cansada, Kevin está acabando de me chutar.

- Menino bagunceiro - riu leve - você foi trabalhar?

- Fui sim, sua mãe me dispensou mais cedo.

- Que milagre, não sei o que está dando nela.

- Pare, não fale assim dela.

- Defendendo a sogrinha - riu - parei.

- Você é muito bobo - suspirou - precisava de você aqui.

- Eu precisava estar aí - pausou.

- Chegou o carrinho dele, demorei uma eternidade pra montar.

- Você montou sozinha?

- Sim, deveria ficar orgulhoso de mim.

- Eu estou, acredite.

- O quartinho dele está incrível - sorriu - precisa ver.

- Logo vou estar aí, e ele vai estar dentro do berço, chorando enquanto a gente faz amor.

- Micael! - escutou ele rir - isso não tem graça.

- Tem sim, muita graça - terminou de rir - meu amor, não fique brava.

- Não estou - cerrou os olhos - eu te amo.

- Eu também te amo - pausou - preciso ir agora, meus créditos vão acabar.

- Vou te visitar, estou com saudade.

- Vem mesmo, eu te amo.

- Eu te amo - a ligação foi desligada.

Com tantos eu te amo, Sophia dormiu bem mais tranquila ali no sofá.

BranquinhaWhere stories live. Discover now