O tribunal era enorme, Sophia quase se cansou ao subir todas aquelas escadas, estava sem fôlego e animada. Seguiu o advogado que entrou por uma sala restrita, deixou sua maleta em uma mesa qualquer e arrumou o terno mais uma vez antes de encarar Sophia.
- Fique ao meu lado e não fale nada, tudo bem? - ela assentiu - vamos.
Entraram na grande sala onde discutiriam as acusações, na frente o lugar do júri estava vazio pois o mesmo chegaria, ao lado dele também estava vazio já que Micael iria chegar, apenas Sophia ocupava o lugar dos testemunhas e o advogado que encarava as paredes perdendo a paciência.
Escutaram barulhos diversos e olharam a grande porta, Micael passou por ela junto com dois guardas que o acompanhava, estava algemado e com o uniforme de detento, Sophia queria chorar, sorrir, abraçar e beija-lo bastante mas a justiça não deixava. Não demorou muito pra que o júri chegasse junto com mais dois homens do estado, todos se colocaram aos seus lugares.
- Estamos aqui diante ao júri para decretar o destino de Micael Borges, acusado por tráfico de drogas - um dos homens se levantou falando alto, andou até Micael - você jura diante de Deus que não falará mentiras durante esse julgamento?
- Eu juro - Micael disse fraco ao encostar no microfone, aquelas algemas estavam o matando.
- Onde você estava na noite treze, no último pagamento do mês em um sábado?
- Não me lembro.
- Não se lembra?
- Protesto, meu cliente não pode ser pressionado - o advogado em fim fez seu trabalho - Micael, onde você estava naquele sábado? certeza de que não se lembra?
- Estava no clube.
- Fazendo o quê? - o advogado caminhou até ele o encarando.
- Vendendo e me divertindo - olhou Sophia querendo sorrir.
- Por quê estava traficando?
- Porque não consegui nenhum outro emprego e precisava de dinheiro pra manter minha faculdade.
- Então você estuda? - o homem voltou a falar.
- Meu cliente faz faculdade a três anos e tenho todo direito de defendê-lo.
- Defendê-lo?
- Sim, precisou do dinheiro para pagar a mensalidade.
- Um emprego seria muito bom.
- Não há empregos em Seattle - encarou o homem com sangue nos olhos, queria salvar Micael.
- Como você explica isso?
- Meu cliente está sendo pressionado, quero régias diante do júri.
- Silêncio - o júri bateu o martelo tirando todos do transe - como você responde a essas acusações? - encarou Micael.
- Não sou culpado, quero justiça.
- Você estava traficando para conseguir dinheiro e pagar as mensalidades da faculdade e ainda quer justiça? oras meu júri, isso é...
- Silêncio - voltou a bater o martelo - vamos dar uma pausa de vinte minutos enquanto pensamos sobre o acusado.
A sala voltou a ficar em silêncio, Sophia encarou Micael andando até ele mas foi barrada por um dos guardas.
- Onde pensa que vai?
- Falar com meu namorado - fechou a cara - me deixe falar com ele, por favor.
Se entreolharam e deu passagem a Sophia que quase pulou em cima do mesmo.
- Que saudade de você, do seu cheiro - beijou os lábios da mesma - queria te abraçar mas as algemas não deixam.
- Eu te abraço, não tem problema - voltou a beija-lo - vai ficar tudo bem, nós vamos pra casa.
- Se aquele palhaço parasse de me detonar eu já tinha saído daqui - disse baixo.
- Você não pode mentir, jurou a Deus e ao júri.
- Se eu não mentir nunca irei sair daqui.
- Mas se mentir vai ser um crime cometido.
- Estou fodido, tem certeza de que esse advogado é bom?
- Tenho, paguei três mil dólares por ele - pausou - tem que ser bom.
- Onde conseguiu três mil dólares?
- Segredo - o beijou novamente sentindo cada centímetro de sua boca e língua - eu te amo tanto.
- Quando eu sair nós vamos trancar a faculdade e casar de uma vez.
- Vamos, e que se dane minha mãe e meu pai.
- Como foi o almoço com ela? não tivemos tempo de conversar.
- Ela odiou a ideia de estarmos noivos - respirou fundo - não posso fazer nada, eu disse que eu te amo e você me ama mais ainda.
- A cada dia te amo mais - cheirou seu cabelo.
- Quero ser feliz ao seu lado, sem regras e preocupações.
- Isso vai acabar em breve, você vai ver.
- Eu te amo, Micael.
- Eu te amo, Sophia - iniciaram mais um beijo meloso.
Ficaram algum tempo conversando sobre o quanto se amavam até o júri entrar no local novamente junto com o homem irritante e o advogado de Micael.
- Todos sentados, por favor - bateu o martelo novamente - discutimos sobre sua sentença - encarou Micael abrindo um papel todo enrolado e lacrado - eu, júri protetor das leis e de acordo com o estado decreto Micael Borges a sentença com 2 anos e meio de prisão por tráfico de drogas, encaminhado e preso ao presídio estadual de Seattle.
- MAS ISSO NÃO PODE ACONTECER - o advogado berrou enquanto Sophia se colocava a chorar, segurou os cabelos nervosa, Micael arregalou os olhos - MEU CLIENTE É UMA VÍTIMA DISSO TUDO.
- SILÊNCIO - bateu o martelo novamente - as leis do estado dizem que você é culpado, tráfico de drogas é mais inapropriado que tudo diante dos crimes cometidos - encarou Micael que não tinha uma cara boa - levem ele de volta, e assim termino o nosso julgamento.
- MICAEL, NÃO - Sophia gritou - MICAEL, MÊ SOLTE, QUE INFERNO - um dos guardas a seguraram enquanto via Micael sendo levado - MICAEL - gritou mais uma vez se remexendo no colo do guarda que a segurava - MICAEL!
O último grito lhe deu náuseas e ânsia de vomito, o local que estava tinha ficado pequeno e zonzo diante de seus olhos, as mãos molengas perderam o sentido e a voz pareceu sumir.
Logo tudo escureceu em sua mente, não sabia onde estava mais.
ŞİMDİ OKUDUĞUN
Branquinha
RomantizmSophia, uma garota cuja está na faculdade se arrisca ao alugar um quarto em um apartamento nobre junto com sua amiga que acabou de conhecer. Rodeada de drogas, festa e sexo acaba conhecendo Micael, o novo dono de seu coração e destruidor de suas ino...